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Projeto leva alunos em viagens a dez países sem sair da escola

Durante o ano, os alunos do segundo ano do ensino fundamental passarão a conhecer dez países através de contos.


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As turmas se reunem na biblioteca semanalmente para ouvirem as histórias. (Foto: Ariany Nascimento)

O conto é uma história curta com poucos personagens e grandes lições. Em sua grande maioria, o conto é de origem folclórica e fictícia com o intuito de ensinar valores considerados essenciais para a sociedade. No Colégio Adventista de Porto Alegre, o conto já faz parte da rotina dos alunos. Uma vez por semana, os alunos do segundo ano se dirigem à biblioteca para ouvir contos especiais. Neste ano, as turmas farão uma viagem ao mundo em dez contos, tema criado e desenvolvido pela bibliotecária do colégio, Fernanda Reis.

Ao entrarem na biblioteca para a primeira história da série de contos, os alunos logo perceberam bagagens, uma caverna, penas, pássaros e um morcego. Ao se assentarem, não se continham e já perguntavam sobre a decoração. A bibliotecária assistente, Suellen Herman Borges, iniciou a hora do conto mostrando a eles um passaporte que cada um receberia para as viagens do ano. A cada país que aterrissarem, os alunos receberão o carimbo oficial daquela nação. O primeiro carimbo que receberam foi do México e a viagem não podia ser mais divertida.

Os contos foram escolhidos pelas bibliotecárias do colégio, Fernanda Reis e Suellen Borges (apresentada na foto). (Foto: Ariany Nascimento)
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Além de conhecer sobre a cultura de cada país, seus alimentos típicos, roupas e paisagens, através dos contos, os alunos conseguem ir além e aprender sobre o que é visto como mais importante naquele lugar. Um projeto integrador, “A volta ao mundo em 10 dias”, promove não apenas a história e cultura de países diferentes, mas também incentiva a leitura de novas histórias e abre os olhos de cada aluno para um mundo divertido e essencial.

“A maior importância é inserir os alunos dentro desse ambiente de leitura, não obrigando eles a lerem, mas ensinando a prática da leitura. Através dos projetos, eles se tornam curiosos e leem mais”, diz Fernanda.

Os alunos são envolvidos nas histórias e participam com muita curiosidade. (Foto: Ariany Nascimento)

O projeto foi criado baseado no livro de Júlio Verne, “A volta ao mundo em 80 dias”. Fernanda achou mais que propício realizar uma viagem com os alunos através de histórias que contam um pouco sobre a cultura de cada país.  Fernanda já é bibliotecária há dez anos e, durante este período, criou dezenas de projetos para cativar os alunos e incentivar a leitura cada vez mais. Suellen trabalha junto com Fernanda e ficou responsável pela viagem dos alunos ao redor do mundo.

“Ver a reação de cada aluno é a melhor parte de contar essas histórias para eles. Eu consigo ver como estão envolvidos na história e sempre querem mais no final”, conta Suellen.

Os alunos não querem perder uma história, principalmente agora que a viagem começou. A professora Rockelly Rodrigues diz que os pais sempre relatam das diversas histórias que seus filhos escutam na hora do conto e depois contam a eles em casa. Davi Ribeiro, de 7 anos, amou o tema do projeto e se identificou muito com a moral da história que ouviu no primeiro dia.

“É legal ouvir histórias assim que ensina sobre muitas coisas. Essa falou sobre o bullying e que não podemos rir de outras pessoas. Eu quero muito saber das próximas histórias que vamos ouvir”, relata Davi.

A Escola Adventista de Rio Grande introduziu o programa preparadas para a viagem. (Foto: EARG)

Os países que receberão as turmas deste ano serão México, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França, Japão, África, Egito, Rússia e Brasil. O Colégio Adventista de Porto Alegre não foi a única unidade escolar a usar o projeto este ano. A coordenadora das bibliotecas para a educação adventista no sul do Rio Grande do Sul, Elenara Veleda, decidiu abrir o projeto para todo o campo e as demais bibliotecárias amaram a ideia.

"Todo projeto que incentiva a leitura tem o meu apoio e esse eu achei que todas as escolas iriam se beneficiar dessa ideia. Quando a Fernanda compartilhou o projeto em uma reunião das bibliotecárias, eu vi os olhos delas brilhando. Todas amaram", fala Elenara.

A biblioteca de Osório já decolou para os Estados Unidos onde a história virá dos indígenas da terra. (Foto: CAO)