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Projeto da Educação Adventista arrecada mais de 1 tonelada de ração

O Projeto AUmigo Solidário recebeu doações ao longo do mês e destinou o que foi arrecadado a ONGs que acolhem animais resgatados.


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Mais de uma tonelada de alimentos foram arrecadados e doados. (Foto: Karen Boock)

Outubro é o mês em que se celebra o Dia Mundial dos Animais, e o Colégio Adventista de Ji-Paraná (CAJI) aproveitou a data para colocar em prática um gesto de cuidado e solidariedade. Em um país onde milhões de animais são abandonados todos os anos, o projeto AUmigo Solidário uniu alunos e funcionários na arrecadação de ração para ajudar cães e gatos resgatados.

Durante todo o mês, a escola recebeu doações de pacotes de ração e sachês, e o resultado foi surpreendente: mais de uma tonelada de alimentos arrecadados. Ao final da campanha, as doações foram destinadas a ONGs que cuidam de animais resgatados, e o colégio promoveu uma feira de adoção, onde 11 cachorros e 3 gatinhos encontraram um novo lar.

Projeto AUmigo Solidário incentiva compaixão pelos animais

O pastor Alessandro Vasconcelos, capelão do Colégio Adventista de Ji-Paraná e idealizador do projeto, explicou que a iniciativa nasceu de um propósito especial. Segundo ele, “inspirados no amor que devemos ter pelas criaturas de Deus e também pelo Dia Mundial dos Animais, surgiu esse projeto”. Alessandro contou que a motivação também veio de uma experiência pessoal: “lá em casa, nós temos dois pets, e um deles é uma cachorrinha adotada, que foi resgatada. A gente sabe que existem muitos outros que precisam de ajuda”.

Ele destacou ainda o papel da escola nesse tipo de ação. “Como Colégio Adventista, conseguimos ter um impacto real na sociedade, trabalhando junto com pessoas que ajudam esses animais”, afirmou. Para o pastor, o projeto vai além da solidariedade: “a importância disso é que conseguimos demonstrar amor pelas criaturas que Deus fez e também ensinar esse valor aos nossos alunos. Esse é um dos grandes objetivos da Educação Adventista.”

Entre os alunos que participaram da ação, Gabriela Pérola se destacou não apenas pelas doações, mas também pelo entusiasmo em contribuir. “Eu tenho o sonho de ser veterinária, então acho que isso já vai me ajudar no futuro. Além de trazer o que o projeto pedia eu também incentivei meus amigos a participarem”, relata a aluna.

Crianças e adolescentes foram incentivados a desenvolver e empatia pelos animais. (Foto: Karen Boock)

Amor que se multiplica

Durante a feira de adoção promovida pelo colégio, 14 animais encontraram um novo lar, sendo 11 cachorros e 3 gatinhos. Altair Machado foi um dos adotantes soube do evento por meio da esposa, que viu a divulgação na internet.

Ele conta: “Eu tinha três gatos, mas infelizmente uma pessoa sem coração envenenou dois deles. O que sobrou ficou muito tristinho, e eu pensei em adotar um companheiro pra ele. Mas, quando cheguei aqui, vi dois irmãozinhos e percebi que não dava pra separar. Aí decidimos levar os dois. Agora eles vão ter um lar e uma família”, disse ele emocionado.

Altair e sua família deram a oprtunidade de um novo lar para dois gatinhos durante a feira de adoção. (Foto: Karen Boock)

Dedicação que salva vidas

Os projetos beneficiados pelas doações foram a ONG Amparo Animal e o Projeto Faísca, ambos dedicados ao resgate e cuidado de cães e gatos em situação de vulnerabilidade.

A dra. Rosana Pereira, fundadora da Amparo Animal, médica veterinária e ativista da causa animal, contou que sua trajetória começou ainda na época de estudante. “Desde a faculdade, eu já trabalhava voluntariamente com ONGs. Quando cheguei a Ji-Paraná, há 20 anos, senti a necessidade de reunir pessoas que também amassem os animais, para fazermos juntos o que eu já fazia sozinha: resgatar, tratar e doar”, explicou.

Hoje, a Amparo Animal mantém dois abrigos — um na cidade e outro em um sítio — que acolhem cerca de 100 animais. “Não recebemos recursos públicos, vivemos apenas de doações e do bazar beneficente que realizamos. Gastamos, em média, de quatro a cinco mil reais por mês só com ração. Por isso, o apoio do colégio é de enorme importância para a continuidade do nosso trabalho”, destacou.

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Cuidado que transforma

Já Anita Neitzkem, fundadora do Projeto Faísca, ressaltou a importância do envolvimento das novas gerações em ações solidárias como essa. “A nova geração tem uma sensibilidade e uma compaixão muito maiores, e esse tipo de incentivo é o que garante a continuidade dessa causa”, afirmou.

Ela contou que o projeto gasta cerca de 160 quilos de ração por mês, e que a ajuda recebida fará grande diferença. “Essas doações representam alimento, vida e esperança para os animais. É uma economia que nos permite investir em outras ações, como o resgate e a castração de novos animais de rua”, completou.

Com o sucesso do projeto, muitos animais foram beneficiados e os alunos vivenciaram, na prática, valores como empatia, cuidado e responsabilidade. O AUmigo Solidário mostrou que pequenas atitudes podem gerar grandes mudanças — tanto na vida dos animais quanto no coração de quem aprende a amar e cuidar deles.