Projeto da ADRA livra funcionário público das drogas
Marcos Roberto Pinto encontrou na comunidade terapêutica Pró-Vida a ajuda necessária para abandonar o uso de drogas.

Marcos Roberto, ao centro, na companhia do diretor regional da ADRA na Bahia, Luiz Fernando e da coordenadora do Pró-Vida, Vasti Rainer
Brasília, DF... [ASN] No ano de 1987, a Organização das Nações Unidas (ONU) elegeu 26 de junho como o Dia Internacional de Combate ao Tráfico e Uso de Drogas. Segundo o Relatório Mundial sobre Drogas, divulgado em 2013 pela instituição, o número de dependentes químicos cresceu no Brasil. O consumo de cocaína, por exemplo, atingiu cerca de 3,3 milhões de habitantes em 2011. Procurando diminuir estes números, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) criou o projeto Pró-Vida, que funciona na cidade de Cachoeira, na Bahia, e que já beneficiou aproximadamente 800 pessoas.
A história do funcionário público Marcos Roberto Pinto é o exemplo de alguém beneficiado pela iniciativa. Por meio da influência de amigos, ele foi apresentado às drogas quando ainda era jovem. Seus primeiros vícios foram o fumo e o álcool. Em pouco tempo, tornou-se um usuário de drogas, aprofundando cada vez mais o consumo de maconha e cocaína. Casou-se e constituiu uma família, mas seu salário era quase sempre voltado à sua dependência. “Eu recebi um salário de um mês de trabalho e comprei uma lata de leite Nan. Foi a única coisa que comprei para minha família com quase dois mil reais”, contabiliza.
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Preocupada com a situação do filho, Irailde Corrêa o convidou para morar em sua casa. Pela influência de sua mãe, Marcos realizou quatro tratamentos para deixar o vício, mas nenhum teve resultado. “O meu fundo do poço foi chegar aos 57 quilos por ser usuário de crack. Pensei que ia morrer”, avalia.
Luz no fim do túnel

Palestras sobre cuidados de higiene, saúde, família e relacionamentos fazem parte das atividades semanais, além de aulas de espanhol e inglês
A mudança de vida ocorreu quando surgiu a oportunidade de realizar o tratamento no Pró-Vida. Por meio do trabalho no campo, relacionamento e atividades espirituais, sua saúde foi reestabelecida. “Senti que algo estava acontecendo porque não senti abstinência, senti alegria”, relata. Hoje, o ex-viciado se vê livre das drogas, é um bom esposo e um pai responsável. Quando é convidado para dar palestras, compartilha sua experiência de vida com jovens e adultos.
No ambiente da comunidade terapêutica Pró-Vida, os usuários têm a oportunidade de realizar atividades de laborterapia, na qual dedicam tempo para cuidar do campo e cultivar alimentos que serão consumidos no próprio local. Também entram em contato com pessoas preparadas para auxiliá-los em suas necessidades psicológicas, físicas e emocionais.
Outros projetos na área de recuperação de dependentes químicos também são mantidos pela ADRA. O Vidas Transformando Vidas, localizado em Campo Grande, no Rio de Janeiro, já beneficiou aproximadamente 140 pessoas. O projeto Comunidade Terapêutica Pedra Fundamental, em Juiz de Fora, Minas Gerais, já possui a estrutura necessária para receber 30 indivíduos, mas ainda não está funcionando, pois faltam recursos para a sua manutenção.
A ADRA já ajudou muitas pessoas a se recuperarem do vício, mas deseja ajudar muito mais. Para saber mais informações e fazer parte da iniciativa por meio de doações, acesse: http://adra.org.br/projetos-bahia/pro-vida-comunidade-terapeutica/ [Equipe ASN, Jéssica Fontella e Bárbara Oliveira]
Conheça mais detalhes sobre a vida de Marcos Roberto Pinto no vídeo abaixo.