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Progressos na Inglaterra - Parte 2

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Olá amigos. Em nossa jornada através do Grande Conflito, vimos a vida de homens corajosos que estavam dispostos a sacrificar a própria vida para que pessoas pudessem ter a Bíblia em no próprio idioma. Na semana passada, aprendemos sobre William Tyndale, que foi estrangulado até a morte e depois queimado na fogueira por traduzir a Bíblia para o inglês.

Mas embora Tyndale tivesse partido, as sementes da verdade que ele havia semeado por meio da Palavra de Deus continuaram vivas, encorajando outros, como John Knox, a seguir o trabalho.

Quando Knox foi levado perante a rainha da Escócia e acusado de heresia, ele declarou corajosamente que a verdadeira religião não veio do estado, mas da Palavra de Deus.

A rainha respondeu-lhe dizendo: "Interpretais as Escrituras de uma maneira, e eles [os ensinadores católicos, romanos] interpretam-nas de outra; a quem deverei crer, e quem será juiz?" (O Grande Conflito, página 251).

Esta era uma questão muito importante – uma que ainda é relevante para nós hoje; quando há opiniões divergentes sobre o significado de um texto da Bíblia, como podemos saber qual é a verdade?

A resposta de John Knox ressoa ao longo dos séculos até nós hoje: "Crereis em Deus, que claramente fala em Sua Palavra", respondeu o reformador, "A Palavra de Deus é clara por si mesma; e se aparecer qualquer obscuridade em um lugar, o Espírito Santo, que nunca é contrário a Si mesmo, em outros lugares explica a obscuridade de maneira mais clara, de modo que não poderá ficar dúvida a não ser para os que obstinadamente se conservem na ignorância" (O Grande Conflito, página 251).

Em outras palavras, não precisamos ficar confusos sobre o que a Bíblia diz. Se o abordarmos com o coração aberto e humilde, pedindo que o Espírito Santo nos guie, o significado do texto ficará claro.

Por causa da fidelidade de John Knox e de outros como ele, a Reforma gradualmente se consolidou na Escócia. Na Inglaterra, o estabelecimento do protestantismo como religião nacional diminuiu, mas não acabou totalmente com a perseguição. Em vez do papa, o monarca do país foi colocado como chefe da igreja estatal. O grande princípio da liberdade religiosa ainda não era compreendido, e as pessoas não tinham permissão para adorar de acordo com sua consciência.

Todos eram obrigados a aceitar as doutrinas e observar as formas de adoração prescritas pela igreja estabelecida. Aqueles que não concordavam sofriam perseguições. Milhares de pastores foram expulsos de seus cargos. O povo foi proibido, sob pena de pesadas multas, prisão e banimento, de comparecer a quaisquer reuniões religiosas, exceto aquelas sancionadas pela igreja oficial.

João Bunyan, um poderoso pregador, foi preso por pregar a Palavra de Deus. Trancado por 12 anos, o testemunho de Bunyan não pôde ser interrompido. Ele começou a escrever livros, incluindo o livro cristão popularmente influente, O Peregrino. Publicado em duas partes — a primeira em 1678 e a segunda em 1684 — este incrível livro vendeu mais cópias do que qualquer outro livro além da Bíblia.

"Por mais de dois séculos aquela voz da cadeia de Bedford tem falado com poder penetrante ao coração dos homens," escreve Ellen White. "O Peregrino e Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, escritos por Bunyan, têm guiado muitos à senda da vida" (O Grande Conflito, página 252).

Cem anos depois de Bunyan, durante um período de grande escuridão espiritual, Deus levantou outros para levar a luz, incluindo os irmãos John e Charles Wesley. Em meados do século XVIII, a grande doutrina da justificação pela fé, tão claramente ensinada por Lutero e outros reformadores, havia quase se perdido de vista, e a ideia de confiar nas boas obras para a salvação voltou a fazer parte do pensamento religioso dominante.

Os irmãos Wesley eram membros da igreja estabelecida, mas buscavam sinceramente a Deus. Eles aprenderam que poderiam ganhar o favor de Deus por meio de uma vida virtuosa e observando as ordenanças da igreja. Desejando estar bem com Deus, eles tentaram viver uma vida de abnegação, mas ainda não tinham paz.

Então, após serem ordenados ao ministério, João e Carlos Wesley foram enviados em missão para o que eram então as colônias britânicas na América. A bordo do navio estava um grupo de Morávios, descendentes da primeira Igreja Protestante estabelecida por João Huss no início do século XV.

Durante a viagem, irromperam violentas tempestades e o navio foi jogado de um lado para o outro no mar agitado. Ao ser confrontado com a possível morte, João Wesley sentiu profundamente que não tinha a certeza da paz com Deus. Por outro lado, ele notou que os morávios exibiam perfeita calma e confiança, mesmo quando o mar batia no navio e partia a vela mestra em pedaços. Enquanto outros gritavam, os morávios continuaram a cantar.

Mais tarde, Wesley perguntou a um deles, "'Não ficastes com medo?" Ele respondeu: "Graças a Deus, não!'" Ainda curioso, Wesley continuou, "'Mas não ficaram com medo vossas mulheres e crianças?" Respondeu brandamente: "Não, nossas mulheres e crianças não têm medo de morrer'" (O Grande Conflito, página 255).

Amigos, hoje, Deus deseja nos dar esse mesmo tipo de paz. Enquanto as tempestades da vida nos atingem, e às vezes talvez tudo pareça perdido, ainda podemos ter paz no meio da tempestade. Jesus nos promete em Isaías 43:1-3: "Não tenha medo, porque eu o remi; eu o chamei pelo seu nome; você é meu. Quando você passar pelas águas, eu estarei com você; quando passar pelos rios, eles não o submergirão; quando passar pelo fogo, você não se queimará; as chamas não o atingirão. Porque eu sou o Senhor, seu Deus, o Santo de Israel, o seu Salvador" (Isaías 43:1-3 NAA).

Você gostaria de ter esta paz que Jesus lhe oferece agora? Nesse caso, convido você a inclinar a cabeça enquanto oramos.

Pai amoroso, agradecemos a maravilhosa oportunidade de descansar confortavelmente em Sua proteção e cuidado e perceber que nosso futuro está completamente seguro em Suas mãos. Ajude-nos a descansar nas promessas

encontradas em Sua Palavra e no conhecimento de que o Senhor tem tudo sob controle. Então, Senhor, abençoe todos aqueles que estão ouvindo e assistindo agora, e que eles sintam a paz do céu. Em nome de Jesus, pedimos. Amém.


Ted Wilson é o presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.