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Professores adaptam dinâmica das aulas durante pandemia

Para garantir a transmissão dos conteúdos aos alunos, a superação, dedicação e amor dos professores têm estado cada vez mais presentes nas videoaulas


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O quarto dos filhos da professora Graciela também tem sido o estúdio improvisado para gravação das videoaulas. (Foto: reprodução)

Tecido verde pendurado na parede, iluminação especial e celular para gravação de aulas, dois filhos e esposo, tudo isso dentro de casa. Esta é a nova realidade de Graciela, que é professora do Grupo 5 da Educação Infantil no Colégio Adventista de Itabuna, e que agora, durante a pandemia, tem dividido o ambiente da casa com o trabalho. "Foi bem difícil, mas depois conseguimos adaptar o nosso tempo, fazer uma rotina bem legal que atendesse meu filhos e o trabalho. Meu horário de aula é à tarde, quando publico os vídeos, no mesmo horários de aula dos meus filhos. Depois vou para o quarto deles, onde montamos tipo um estúdio, e gravo as aulas. À noite me dedico à rotina da casa e família e pela manhã edito os vídeos", descreveu Graciela.
Durante a pandemia, a rotina dos professores mudou para que a transmissão dos conteúdos para os alunos não fosse interrompida, sempre prezando pela segurança e saúde. Nas unidades escolares da Rede Adventista no sul da Bahia, por exemplo, as aulas têm acontecido de forma virtual desde março e os 119 professores desta região foram se adaptando à nova realidade. Mas não foi apenas o ambiente das aulas que passou por transformação, a forma de ensinar também precisou ser adaptada. "Na sala de aula tudo era interativo. Tínhamos o retorno das crianças no mesmo instante. Com as videoaulas, tivemos que pensar em como passar o conteúdo para eles de maneira agradável e que eles prestassem atenção", contou a professora, que tem usado recursos de edição de vídeo para dinamizar as aulas. "Todo esse esforço vale super a pena. O desenvolvimento deles é muito gratificante", completou Graciela.

A professora Jessica Santos tem usado elementos do dia a dia de sua própria casa para dinamizar as aulas online. (Foto: reprodução)

Jessica Santos é especialista em Alfabetização e Letramento e atua como professora há 8 anos. Em suas aulas online para a turma do 1º ano do Ensino Fundamental na Escola Adventista de Teixeira de Freitas, para reter a atenção dos seus alunos, ela busca elementos do dia a dia de sua própria casa para contextualizar os temas das aulas. “A gente tem criado estratégias para aliar a teoria à pratica. Se é aula de ciências envolvendo terra, a gente já faz o cultivo de alguma planta. Se é aula de pintura, a gente faz alguma atividade para trabalhar os recursos do corpo... Tenho feito isso com todos os conteúdos”, disse Jessica.

Aprender para ensinar

José Reis é professor há 30 anos e, para ele, dar aulas online tem sido uma experiência diferente. Para continuar lecionando a disciplina de matemática na Escola Adventista de Teixeira de Freitas de forma virtual, ele tem recebido ajuda da equipe da Escola no processo de transmissão online das aulas. Apesar das dificuldades iniciais, a nova realidade foi uma oportunidade para aprender. “Em todas as situações a gente aprende. Não é porque tenho 30 anos de carreira que sei tudo. A gente está aprendendo a cada dia. Tem que ter amor no coração pra ser professor”, comentou José Reis.

O professor José Reis, que tem 30 anos de profissão, foi surpreendido com homenagens em vídeo de alunos e ex-aluno. (Foto: Reprodução)

Ao final da conversa de nossa equipe de jornalismo com o professor José Reis, ele foi surpreendido com homenagens de quem faz todo esse processo fazer sentido: os alunos. Todos eles lembraram da passagem bíblica de Provérbios 22:6, que o professor costuma compartilhar nas aulas. Uma das mensagens foi enviada por Altair Carvalho, ex-aluno de José e que, atualmente, é estudante de Arquitetura. "Ele foi uma das pessoas que mais impactou vidas enquanto leciona em uma instituição adventista. Realmente ele é uma pessoa que faz a diferença, que tem uma presença marcante. Ele tem uma metodologia incrível, algo que se consegue com anos de profissão. Ainda me lembro de alguns conselhos que ele passava no momento da meditação. Esse é um dos momentos que mais faz falta quando a gente sai da Escola Adventista", contou Altair.

"Você não faz na expectativa de ser o tal, você faz o seu trabalho porque você ama o que faz. Quando você ama o que faz, tudo é natural. Quando ouço tudo isso, me emociono. É muito gratificante saber que o que gente faz, Deus tem nos ajudado a alcançar esses alunos", falou José sobre as mensagens que recebeu.

Acompanhe essas histórias no programa Revista Novo Tempo desta sexta-feira, 16, na TV Novo Tempo, a partir das 18h45.