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Professora aplica prova sobre medos e fake news para ajudar alunos

Docente percebeu que alguns deles apresentavam medo e ansiedade, e encontrou na atividade uma forma para que pudessem se expressar sobre o assunto.


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A professora Patrícia Storch segura a prova que entregou aos alunos do 6º ano do ensino fundamental (Foto: Davner Toledo)

Em um mês em que a saúde mental recebe destaque a partir da campanha Setembro Amarelo, alunos do Colégio Adventista de Vitória, no Espírito Santo, trabalharam temas como medos, fake news e ansiedade dentro de disciplinas específicas. Uma professora de Língua Portuguesa, além de introduzir os assuntos em forma de debates, levou o conteúdo para a prova bimestral.Para resolver as questões, no dia 23 de setembro os estudantes precisaram interpretar uma charge sobre fake news e o texto “Medo”, da autora Ana Lúcia Santana. “Começamos a trabalhar o assunto por enxergar que muitos deles [os alunos] tinham medos e ansiedades que poderiam levar ao isolamento e depressão. Ao conversar sobre isso em sala de aula, conseguimos deixá-los mais à vontade para se expressar”, explica a docente Patrícia Storch.

Ela conta que, ainda, sugeriu aos alunos uma atividade diferente, com o objetivo de incentivá-los a valorizar a vida. “A pergunta foi: e se você tivesse 24 horas de vida, o que faria? Muitos falaram que curtiriam a família, iriam viajar, entre outras atividades. Mas não é preciso ter poucas horas de vida para encontrar algo que lhe dê prazer. É possível ser feliz hoje. Esse foi o recado”, aponta Patrícia.

Saúde emocional

De acordo com um relatório do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa), 56% dos alunos brasileiros têm problema com estresse. Além disso, as crianças do Brasil ficaram em segundo lugar no ranking das mais ansiosas antes de uma prova, mesmo quando se preparam para ela.

Para a psicopedagoga e analista comportamental Maria Tereza Samora, quanto mais cedo as crianças e adolescentes forem estimuladas no sentido de autoconhecimento e gestão de suas emoções, sofrerão menos com problemas de ansiedade, estresse e até mesmo depressão. “Eles precisam estar em contato com técnicas que os ajudem a lidarem com os sentidos e situações negativas”, comenta.

Segundo Maria Tereza, há algumas técnicas que podem ajudar os pais no auxílio às crianças e adolescentes. Ela dá seis dicas:

Jejum de eletrônicos – Reduza o tempo em que a criança usa smartphones, vídeos games e tablets. Eles podem gerar ansiedade e impaciência.

Rotina – Para ajudar a diminuir o uso de eletrônicos, crie uma rotina para que a criança tenha horários. Adicione atividades prazerosas e desconectadas como cozinhar, passear, conversar e ouvir música.

Atividades ao ar livre – Ter um tempo de qualidade em meio à natureza é um infalível remédio para aliviar o estresse e gastar energia. Separe, no mínimo e se possível, 30 minutos do dia para isso.

Exercícios de respiração – Em momentos de tensão e estresse, alguns truques podem ajudar, como respirar pausadamente, brincar de bolha de sabão ou olhar fixamente para um ponto, respirando devagar.

Atenção – Escutar e demonstrar amor, através do contato físico, fará com que seu filho ou sua filha se sinta compreendido(a) e protegido(a), diminuindo o nervosismo.

Ajuda profissional -  Observe o comportamento dele(a). Isolamento, nervosismo em excesso, queda brusca de rendimento acadêmico e insônia podem ser sinais de que algo está errado. Procure um profissional da psicologia, psiquiatria ou até mesmo converse com o pediatra.