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Professor de escola pública estimula alunos a orar

Professor de escola pública estimula alunos a orar

Givanildo Moreira sempre fala de Deus dentro e fora de sala de aula e ganha apoio de outros professores


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Por Vandilson Junior

Professor Givanildo nunca começa uma atividade sem oração.

Professor Givanildo nunca começa uma atividade sem oração.

Na sequência do filme “Deus não está morto”, um trecho da Constituição norte-americana é retratado de maneira dramática. Nos Estado Unidos, a oração dentro das escolas públicas é proibida por lei. Os professores são orientados a não falar de Deus e de nenhuma religião dentro do ambiente escolar.

No Brasil, a situação é diferente. O ensino religioso está previsto na Constituição e também nas Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O artigo 33 das Diretrizes diz que o ensino religioso faz parte da formação básica do cidadão e que é uma disciplina com horários normais nas escolas, respeitando a diversidade cultural religiosa do País.

Alunos da Escola Estadual Geraldo Veloso sempre oram junto com o professor Givanildo.

Alunos da Escola Estadual Geraldo Veloso sempre oram junto com o professor Givanildo

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em setembro deste ano que o ensino religioso nas escolas públicas pode ser confessional. Ou seja, as aulas podem seguir os ensinamentos de uma religião específica. No entanto, a disciplina é facultativa – o estudante escolhe se quer cursar ou não, e não será prejudicado em notas e frequência. Dos 11 ministros do STF, seis votaram a favor do modelo educacional.

No Estado do Pará, o professor adventista Givanildo Moreira tem dado sua contribuição. Ele dá aulas de Química na Escola Estadual Dr. Geraldo Veloso, em Marabá e conta que não começa as atividades com os alunos sem orar. “A gente sempre faz rodas de conversa, damos as mãos e oramos. Nunca começamos um projeto sem antes colocar Deus em primeiro lugar. E mostramos essa importância de um Deus que fez tudo por nós. Cristo foi até a cruz. Nós temos levado essa mensagem para os jovens”, conta Moreira.

Fé e respeito

Surama Cunha, diretora da Escola Estadual Dr. Geraldo Veloso.

Surama Cunha, diretora da Escola Estadual Dr. Geraldo Veloso

Nessa escola, a maioria dos professores são cristãos e apoiam a iniciativa da oração. É o caso da diretora da unidade, Surama Cunha. “A escola é um espaço cultural, onde recebemos alunos de diversas religiões. É um lugar onde se deve cultivar o respeito para com o próximo, independente da sua religião. O papel principal da escola, além do ensino e aprendizagem, é incluir também a questão do respeito ao próximo, porque isso é algo salutar para a vida desse aluno”, afirma.

Lindely é uma estudante adventista que sempre fala de Deus na escola.

Lindely sempre fala de Deus na escola

A estudante Lindely Carvalho defende a importância de enfatizar a presença de Deus até mesmo nesse ambiente. “Principalmente nos debates sobre criacionismo e evolucionismo, é aonde geralmente nós temos mais contato com a teoria criacionista e falamos sobre Deus. Então, os momentos de debate e defesa das teses, apresentação de argumentos, todas essas coisas corroboram para que estejamos, de certa forma, ajudando os nossos colegas a conhecerem um pouco sobre o nosso Jesus tão maravilhoso”, explica.

Para o diretor-geral da Educação Adventista no sul do Pará e especialista em Liberdade Religiosa, Henilson Erthal, a função primordial da educação é formar cidadãos de bem. “Onde nós temos educadores adventistas na rede pública, surge a possibilidade para se compartilhar não as nossas doutrinas, mas os nossos valores mais essenciais. O que mudará, certamente, o comportamento e a visão de mundo de muitos alunos. Mas, que bom que enquanto nós temos liberdade [religiosa], nós podemos fazer o nosso trabalho. Tanto quanto missionários institucionais, como por meio desses missionários voluntários que trabalham nas nossas escolas públicas”, destaca.