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Primeira surda a ocupar um cargo de alto escalão do Governo Federal visita CVS em Porto Alegre

O Centro de Vida Saudável foi criado em 2015 com o intuito de ser um centro de influência para todo tipo de pessoa, oferecendo cursos profissionalizantes, atividades físicas e acompanhamento psicológico.


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Foto: Emanuele Fonseca

Na última terça-feira (05), o Centro de Vida Saudável (CVS) de Porto Alegre recebeu a visita da Priscilla Gaspar, secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Brasil. Ela é a primeira surda a ocupar um cargo de alto escalão do Governo Federal.

O propósito da visita foi conhecer um pouco mais sobre o trabalho que é feito no Centro de Vida Saudável com as pessoas que têm algum tipo de deficiência física. O Ministério das Possibilidades (MAP) e a Associação de Crianças e Adolescentes surdos (ACAS) atendem mais de 1.200 pessoas, cerca de 300 famílias de surdos, com a entrega de cestas básicas e roupas todos os meses.

O CVS também oferece curso de LIBRAS para ouvintes no geral. Principalmente para familiares de surdos, pessoas que trabalham na área da saúde ou com qualquer tipo de atendimento ao público.

“A princípio tínhamos apenas aulas para pessoas sem deficiência auditiva aprenderem LIBRAS, e com isso sentimos a necessidade de um atendimento para essa comunidade, porém com muitas barreiras. E Deus conduziu, trazendo a ACAS. E com isso, uma parceria bem legal pôde surgir com o CVS. Assim podemos atender as suas necessidades sociais (algo super carente na comunidade surda), suas necessidades físicas (alimentos e roupas) e necessidades espirituais”, comenta o diretor do CVS, Richard Dias.

Desafios da Língua Brasileira de Sinais

Durante a entrevista, Priscilla Gaspar destacou a importância da conscientização e o respeito. A secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência compartilhou que o seu maior desafio até hoje é tentar divulgar a LIBRAS para o Brasil inteiro.

“O surdo vive isolado, excluído, porque a sociedade não entende, não se comunica em virtude da diferença linguística. Então, precisamos oferecer acessibilidade e esse é o maior desafio. Hoje nós temos as leis que defendem os direitos dos surdos para terem acessibilidade na sociedade, mas ainda falta muita coisa na prática. Então, estou aqui junto com a comunidade surda para trabalhar, para lutar e para dar mais visibilidade para esse povo e para a língua de sinais”, finaliza Gaspar.