Presidente da Igreja fala sobre estilo de vida adventista
Brasília, DF... [ASN] Entre os dias 28 de fevereiro e 9 de março, nossa igreja estará envolvida em uma “santa convocação”: um chamado para 10 dias de oração, terminando, no sábado, com 10 horas contínuas de jejum e oração na igreja. Serão momentos de...
Brasília, DF... [ASN] Entre os dias 28 de fevereiro e 9 de março, nossa igreja estará envolvida em uma “santa convocação”: um chamado para 10 dias de oração, terminando, no sábado, com 10 horas contínuas de jejum e oração na igreja. Serão momentos de forte busca pelo Espírito Santo, repetindo a experiência do pentecostes e buscando poder para concluir a obra iniciada pela igreja cristã.
Dentro desse ambiente de reconsagração, será lido, por toda a igreja, o documento que resgata nossa visão do estilo de vida bíblico pregado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. Esse documento foi votado pela Divisão Sul-Americana como um convite especial em face dos momentos desafiadores que o mundo está enfrentando.
Uma leitura rápida ou tendenciosa desse documento (reavivamentoereforma.com) pode passar a impressão de que são temas pequenos demais para desempenhar um papel de tanto destaque na vida da igreja. Mas as questões são muito mais importantes do que podem parecer. Por isso, gostaria de ampliar um pouco mais alguns desses temas.
1. Comunhão. Esta é a base que envolve os dois primeiros pontos tratados pelo documento, reconhecendo que verdadeira transformação só acontece como resultado de profunda consagração. Por isso, a vida espiritual não pode ser reservada apenas para o sábado. Precisamos ser adventistas nos sete dias da semana, dedicando a primeira hora de cada dia para estar na presença do Senhor.
2. Comportamento. Estamos sendo fragilizados por pessoas que vivem uma fachada de piedade na igreja e um comportamento totalmente secularizado fora dela. Isso enfraquece o poder da verdade, torna a vida cristã uma grande falsidade, causando crise espiritual e apostasia. Pior ainda: desanima as novas gerações que acabam tendo a percepção de que a religião é um grande faz de conta. Como eles querem autenticidade, vão buscá-la fora.
3. Diversão e mídia. Quais são os lugares que estamos frequentando? Eles combinam com nossos princípios? Os anjos de Deus podem nos acompanhar? Estádios de futebol, boates, cinemas e outros lugares do gênero combinam com nosso preparo para o Céu? Os filmes ou programas de TV que costumamos ver, os sites que visitamos ou as redes sociais das quais participamos, a música que ouvimos e o que lemos – esses hábitos estão nos fortalecendo na jornada? Não existe território neutro. Ou nossas escolhas nos levam para Deus ou nos afastam dEle.
4. Aparência pessoal. Essa é uma área polêmica, para a qual também há um “assim diz o Senhor”. O princípio bíblico envolve modéstia e decência, com bom gosto (1Tm 2:9, 10; 1Pe 3:3, 4). Não podemos abrir a porta para a idolatria ou escravidão do corpo. Nosso desafio deve ser manter o exterior e investir no interior. Esse cuidado precisa ser mais amplo, envolvendo a questão das joias, mesmo as mais discretas ou baratas, unhas coloridas, ou tudo aquilo que fuja da discrição (1Tm 2:9; 1Pe 3:3). “Trajar-se com simplicidade e abster-se de ostentação de joias e ornamentos de toda espécie está em harmonia com nossa fé” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 366).
5. Sexualidade. O sexo é uma bênção dada por Deus. Não deve ser tratado de forma negativa, desde que envolva a pessoa certa, na hora certa e da maneira certa. Ou seja, dentro do casamento, entre um homem e uma mulher. Formas alternativas de sexo estão fora do plano e da bênção de Deus. Sexo não é uma questão de opção ou atração, mas um presente de Deus. Por outro lado, precisamos respeitar os limites divinos escolhendo alguém que possua a mesma fé e mantendo os votos assumidos no casamento. No entanto, para aqueles que sofrem tentações ou que têm caído em qualquer área do comportamento sexual, a promessa de vitória em Deus é animadora: “Tudo posso nAquele que me fortalece” (Fp 4:13).
6. Alimentação. Temos orientações claras nessa área, mas muitas vezes as deixamos em segundo plano. Não podemos esquecer que “a verdadeira religião e as leis da saúde andam de mãos dadas” (Ellen G. White, Beneficência Social, p. 127).
7. Sábado. O sétimo dia da semana “é a pedra de toque da lealdade” (Ellen G. White, Eventos Finais, p. 225). Precisamos resgatar a santidade dos momentos entre o pôr do sol de sexta e o pôr do sol de sábado. É tempo para o crescimento espiritual e para ser dedicado à causa de Deus. Cuidado com trabalhos, mesmo que pareçam justificáveis, viagens ou outras atividades de interesse pessoal!
As questões abordadas acima são simples, mas profundas e relevantes. Elas nos preparam para a vida do Céu. Como você vai encará-las? Qual será sua decisão? [Texto de autoria do pastor Erton Köhler, presidente da Igreja Adventista para a América do Sul]