Pedagoga envia mensagens bíblicas para mais de 200 pessoas por dia
Há seis anos, Eliéde dedica as primeiras horas do dia para enviar mensagens e estudos bíblicos até para quem não conhece.
Há seis anos, Eliéde Rodrigues dedica suas primeiras horas do dia para enviar mensagens para mais de 200 pessoas em várias listas de transmissão que ela mesma criou para dividir mensagens de esperança e fé. “Minha rotina começa antes das 5h da manhã, porque primeiro tenho o meu momento com Deus. Depois divido as mensagens com as pessoas. Tudo é calculado. Depois que termino, vou fazer atividade física e saio para trabalhar com o coração feliz”, detalha.
A forma de Eliéde começar o dia mudou não apenas a sua vida, mas a de muitas outras pessoas. Com pouco mais de meia década de ministério ela, coleciona histórias. “Conheci uma senhora na feira. Comprava polpas de frutas dela, até que peguei seu número de telefone e passei a mandar mensagens todos os dias. Através dessa forma de estudo bíblico, ela passou a devolver o dízimo. Fiquei tão feliz quando ela me contou”, relata a pedagoga, que também é diretora de escola na cidade de Macujaí, interior de Roraima.
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Na primeira lista de transmissão, criada em 2017, estavam incluídos filhos, genros, noras, irmãos e conhecidos. Logo atingiu um total de 60 pessoas. Hoje, uma das listas conta com 180 pessoas.
Além das mensagens de “Bom Dia, Mulher”, “Reavivados” e “Meditação do dia”, Eliéde também tem um grupo especial de irmãos recém-chegados à Igreja Adventista, os quais recebem dela, diariamente, a Lição da Escola Sabatina.
“Algumas pessoas nem visualizam as mensagens. Outras veem, mas não respondem. Quando comecei, eu ficava triste com isso, mas depois entendi que não era por mim e para mim que fazia isso, e sim por Jesus. Foi quando entendi que o que fazia era o meu ministério”, conta a pedagoga, emocionada.
Outro grupo recebe mensagens diárias diferentes: uma pequena e poderosa frase: “'Eu oro por você!' Essa eu envio para 40 pessoas, que são irmãos que Jesus me deu: são pastores, líderes e amigas que temos um acordo de orarmos uma pelas outras até a eternidade”, explica Eliéde.
Desafio
Mas nem todos os dias são flores para a mulher missionária. “Uma vez anotei errado o número de uma pessoa e ela me respondeu chateada, dizendo para não mandar mais mensagem para ela, pois não me conhecia. Fiquei triste, mas orei por ela mesmo sem conhecê-la”, conta.
No entanto, há pessoas para quem ela já mandou mensagens por engano e que agradeceram. “Enviei para um número errado e a pessoa me agradeceu e ainda contou que se não fosse aquela mensagem, ela teriam feito uma besteira naquele dia. Até hoje mando mensagem para ela e orei por ela quase dois meses de forma especial, depois que ela se separou do esposo”, narra.
Mãe de seis filhos e avó de três netos, ela se orgulha da criação que deu aos filhos, que hoje são envolvidos nas ações da Igreja. Atualmente, ela trabalha como diretora e divide-se entre as atividades de escola, da casa, da igreja e da família, que hoje já cresceu e inclui genros, noras e netos.
Missão renovada
Ela busca sempre inovar as mensagens. Durante a pandemia, leu dois livros e dividiu tudo com os amigos através de publicações nas redes sociais. “Tenho certeza de que alguém leu junto comigo”, acredita. Eliéde resume todo seu trabalho em uma frase: “Tenho uma missão que Jesus me deu: levar o evangelho. E essa foi a forma que encontrei e sou muito feliz com cada mensagem de agradecimento que recebo.”
Ela destaca que não é fácil, principalmente nos fins de semana, mas quando pensa em desistir, lembra de quantas pessoas já conseguiu ajudar e quantas ainda têm para alcançar com suas mensagens.