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Pastores recebem capacitação para trabalho com as novas gerações

Iniciativa visa fortalecer o conhecimento dos líderes da região Norte do Pará com as demandas contemporâneas desse público.


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Pastor Udolcy Zukowski, líder de desbravadores e aventureiros para a Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista. (Foto: Divulgação)

Na busca por fortalecer o papel dos pastores para as novas gerações, um programa de capacitação pastoral foi realizado de 15 a 18 de abril como uma resposta à necessidade de atualização e aprimoramento nessa área. Cerca de 54 pastores da Igreja Adventista no Norte do Pará participaram desse programa, denominado Pastori.

De acordo com um dos organizadores da capacitação, pastor Luís Antônio Jr., a construção desse programa surgiu da própria necessidade dos pastores em se fortalecerem com conhecimento, adaptando-se às demandas contemporâneas. “Ao se depararem com a proposta do programa, os participantes perceberam a importância não apenas de se manterem atualizados, mas também de se desenvolverem e se capacitarem para servir de forma mais eficaz à igreja e aos seus membros”, disse o coordenador do Ministério Jovem na região Norte do Pará.

Para fortalecer a liderança dos pastores com as novas gerações, foram convidados os pastores Uldocy Zukowski, Sósthenes Andrade e Herbert Cleber; o palestrante Miro Fonseca; a psicóloga Mayane Costa e a pedagoga Janaína Batista. Uldocy Zukowski e Sósthenes Andrade coordenam os ministérios de desbravadores e aventureiros, respectivamente, na Divisão Sul-Americana e na União Norte Brasileira da Igreja Adventista.

“Esse conhecimento é importante pois os pastores aprendem sobre o funcionamento e a cultura dos clubes de desbravadores e aventureiros. Inclusive, ajudando na evasão juvenil nesses ministérios”, afirmou o pastor Sósthenes Andrade.

Imersão em desbravadores e aventureiros

O palestrante Miro Fonseca esteve presente no evento agregando conhecimentos sobre os ministérios de desbravadores e aventureiros. (Foto: Divulgação)

Adventista desde criança e desbravador há 23 anos, o palestrante e coordenador geral da União Sudeste Brasileira, Miro Fonseca, trouxe estratégias de trabalho com os clubes de desbravadores e aventureiros para os participantes do Pastori.

Miro reforçou o papel vital dos clubes, ao longo do tempo, na formação de líderes na igreja. Desse modo, ele apresentou uma metodologia desenvolvida com o clube de desbravadores e aventureiros na cidade de Montes Verdes-MG, o CVO: visibilidade, credibilidade e oportunidade.

Esse sistema defende que os clubes devem impactar positivamente as comunidades locais onde estão inseridos. “Ao alcançar pessoas fora da igreja, como pais, empresários e autoridades locais, podemos não apenas conquistar sua admiração, mas também seu apoio. Sempre ressaltando que os clubes são projetos filantrópicos e dependem do apoio externo para se manterem”, afirmou.

Essa estratégia, segundo Miro, além de demonstrar a importância dos clubes nas comunidades, torna a Igreja Adventista cada vez mais conhecida e contribui para salvação e serviço cristão.

Possibilidades de inclusão

Janaína Batista conversou com os participantes sobre as características do Transtorno do Espectro Autista. (Foto: Divulgação)

Para falar com os participantes sobre inclusão na perspectiva dos clubes de desbravadores e aventureiros, a pedagoga Janaína Batista abordou as características de uma pessoa com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desse modo, ela apresentou os diferentes níveis do TEA, estabelecidos pelo DSM-5. Assim como, identificar quando uma criança ou adolescente precisa de um diagnóstico para o transtorno, o que facilita uma melhor qualidade de vida para eles. Além disso, é importante que os líderes conversem com as igrejas, para que saibam acolher essas famílias, dada a complexidade do desafio.

“Discutimos a importância de uma rotina visual dentro dos clubes de aventureiros e desbravadores para ajudar os autistas a lidar com a ansiedade e evitar crises. Nosso objetivo é proporcionar alívio e boas lembranças para eles, não sofrimento”, explicou Janaína.

Desbravadores na prática

Pastores aprendem na prática como construir um abrigo adequado às condições do ambiente. (Foto: Divulgação)

Com o objetivo de fazer os participantes imergirem na cultura dos desbravadores, foram desenvolvidas quatro atividades instrutivas. Cada uma focada em habilidades essenciais para a sobrevivência e a orientação em ambientes naturais.

“Nós e amarras”, a primeira delas, ensinou técnicas de amarração que podem ser cruciais em situações de sobrevivência ou resgate. Em seguida, “Sinais de pistas” que mostrou como interpretar sinais naturais e a navegar com segurança em terrenos desconhecidos. Em “Fogos e fogueiras”, eles aprenderam a selecionar materiais apropriados para acender fogo e a construir fogueiras de forma eficiente e segura. E por fim, “Abrigos” com instruções de como escolher e construir abrigos adequados às condições específicas do ambiente, levando em consideração fatores como clima e presença de animais selvagens.

Renan Manaças, um dos instrutores responsáveis pelas atividades, esse conhecimento é importante porque têm aplicação direta no cotidiano e podem ser cruciais em situações de emergência, como acampamentos ou eventualmente se em caso de desaparecimento em áreas remotas. “Essas instruções capacitam os pastores, que atuam como instrutores, a compreender e transmitir os conhecimentos necessários aos aventureiros e desbravadores”, acrescentou.

As instruções oferecidas nos clubes, como os Desbravadores, Aventureiros e classes da IDBV, desempenham um papel fundamental no desenvolvimento dos participantes, conforme seus cartões de progresso e idade. Além de preparar os jovens para futuras responsabilidades, essas instruções capacitam também os líderes religiosos, que atuam como instrutores, a compreender e transmitir os conhecimentos necessários às crianças.

Pastor Sósthenes Andrade falando aos pastores durante cerimônia espiritual de encerramento do Pastori. (Foto:Divulgação)