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Passeata na Paulista celebra 20 anos do projeto Quebrando o Silêncio

Iniciativa faz parte do Dia da Campanha Quebrando o Silêncio, previsto no calendário oficial do Estado de São Paulo.


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Participantes exibiram faixas e entregaram materiais de orientação (Foto: Adilson Alves)

Com mensagens de combate à violência contra mulheres, crianças e idosos, e munidas de milhares de balões brancos, cerca de 10 mil pessoas, segundo informações da Polícia Militar, se concentraram no dia 27 de agosto na Avenida Paulista, na capital de São Paulo, para promover a paz por meio de uma passeata (assista aqui). Eles levaram adiante o projeto educativo Quebrando o Silêncio, uma iniciativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia que há 20 anos ocorre anualmente em oito países da América do Sul.

A intenção é orientar e conscientizar a população no combate e prevenção à violência doméstica e psicológica contra pessoas vulneráveis. Num trajeto de um quilômetro e meio, a passeata teve início próximo à estação de metrô Trianon Masp e foi concluída na altura da esquina com a rua Treze de Maio.

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Coordenado pela professora Telma Brenha, diretora do Ministério da Mulher para o Estado de São Paulo, a passeata celebrou as duas décadas de existência do Quebrando o Silêncio e reuniu membros da Igreja Adventista de várias regiões, além de contar com a apresentação musical da turma do Nosso Amiguinho e do Grupo Cristal.

De cima de um trio elétrico, Telma deu ênfase ao projeto educativo. “Neste ano quisemos comemorar os 20 anos do projeto de forma diferente, com uma grande passeata. Foi relevante tudo o que aconteceu, porque em uma campanha pública como esta, muitas pessoas puderam entender como funciona o Quebrando o Silêncio. Pudemos ajudá-las a entender que podem quebrar o silêncio e dizer não à violência”, afirmou.

Grupo buscou levar mensagem de ânimo e esperança para vítimas (Foto: Adilson Alves).

Herança para novas gerações

Entre adultos e jovens, a passeata teve a participação de desbravadores, que promoveram fanfarras, e de aventureiros. “Estamos trabalhando com as novas gerações. Ver crianças e juvenis participando conosco foi muito importante porque podemos ensiná-los, desde cedo, sobre os assuntos enfatizados no projeto”, complementa Telma.

Clubes de Desbravadores de várias regiões do Estado chamaram a atenção com fanfarras (Foto: Adilson Alves).

Para o aventureiro Murillo Santos, de 10 anos, participar da passeata foi empolgante. “Eu aprendi que a violência faz mal pra todo mundo. Eu quero me tornar um adulto que não pratica a violência. Esse projeto é importante, por isso estou aqui hoje”, comenta o pequeno.

Por volta das 17h30, a passeata chegou ao fim, marcada por agradecimentos, pela música “parabéns pra você” e por balões brancos de gás hélio que subiram ao céu em símbolo de paz.

Trio elétrico percorreu trajeto próximo aos participantes (Foto: Adilson Alves).

Previsto no calendário oficial do Estado de São Paulo

Em outubro de 2019, o Dia da Campanha Quebrando o Silêncio entrou para o calendário do Estado de São Paulo, a partir de uma propositura sancionada pelo governador com a Lei 17.186/2019

Contribuição

O Quebrando o Silêncio é uma iniciativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia, promovida desde 2002 em oito países da América do Sul (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai). O projeto é desenvolvido ao longo de todo o ano, mas uma das suas principais ações ocorre sempre no quarto sábado de agosto, com ações de conscientização social sobre este tema para reforçar a importância da denúncia para combater os atos de abuso e agressão domésticos.

Adventistas percorreram cerca de um quilômetro e meio (Foto: Adilson Alves).

Violência psicológica

A cada ano, o Quebrando o Silêncio aborda um tema diferente sobre violência. Em 2022, a temática é voltada à violência psicológica. Levantamentos feitos por diferentes órgãos ligados à saúde e à segurança constatam que a violência psicológica é o tipo de abuso mais recorrente, antecedendo, em muitos casos, outras formas de agressão. Está presente nos lares e ambientes acadêmicos e de trabalho, sob a forma de ofensas, chantagens e ameaças. Por não ser um ato físico, esse tipo de agressão ainda é muito velado e subnotificado aos órgãos de segurança. No entanto, é reconhecida como crime em diversos países, dado o seu potencial danoso à vítima. 

Telma Brenha, líder do Ministério da Mulher para o Estado, com a turma do Nosso Amiguinho (Foto: Thiago Spalato).

No Brasil, a lei 14.188/2021 criminaliza a violência psicológica contra a mulher. De acordo com o artigo 147-B, constitui-se como tal crime qualquer ato que cause “dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação”. 

Acesse o site quebrandoosilencio.org para conhecer mais sobre o projeto.

Veja mais fotos da passeata em prol do Quebrando o Silêncio realizada na Avenida Paulista: