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ONG Suíça incentiva empreendedorismo à famílias carentes no Rio de Janeiro

Projeto Viver Melhor, realizado pela fundação Advent-Stiftung em parceira com a Igreja Adventista, contemplou 26 pessoas em sua décima primeira edição.


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Por Laís Santana

Máquina de costura, roçadeira, carrinho de lanche e batedeira planetária foram alguns dos equipamentos recebidos pelos participantes (Foto: Liziane Possmoser)

Lucirene Soares está desempregada e se esforça para sustentar a casa com a fabricação de bolos, biscoitos e a venda de picolés. Por não ter o equipamento adequado para a produção e armazenamento dos produtos, ela via seu sonho ficar ainda mais distante. “Todo mundo tem um sonho né?! O meu sonho é ter fartura na minha casa. Sonho em dar uma boa alimentação para o meu filho, sem precisar tirar dinheiro de um lugar pra pôr em outro quando aparece uma necessidade”, revelou. Apesar das dificuldades, ela voltou a ter esperança quando recebeu a notícia de que tinha sido contemplada com uma batedeira e um freezer, doados pelo projeto Viver Melhor, realizado pela fundação suíça Advent-Stiftung. “A felicidade por esse dia não cabe em mim! As coisas estão tão difíceis e tudo que a gente quer é uma oportunidade. E eu encontrei a minha oportunidade de alavancar. Agora vou poder produzir mais e melhorar de vida”, comemora. Lucirene foi uma das 26 pessoas contempladas pelo projeto que há 11 anos atende famílias carentes das regiões Central, Norte e Noroeste do estado do Rio de Janeiro, graças a parceria com a Associação Rio Fluminense, sede da Igreja Adventista para essas regiões. A iniciativa tem como objetivo ajudar aqueles que não possuem renda fixa a iniciarem o próprio negócio.

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A organização sem fins lucrativos atua em diversas cidades do Brasil e do mundo. Para Giuseppe Carbone, diretor da fundação, tudo que a Adventi-Stiftung deseja é dar dignidade as pessoas. “Estamos aqui entregando equipamentos para pessoas carentes para que elas possam desenvolver suas habilidades e trabalhar. Muito mais que isso, estamos dando a cada uma delas a oportunidade de mudar de vida. Queremos que essas pessoas melhorem de vida, recuperem sua autoestima, tenham dignidade e independência financeira. Esse é o nosso maior retorno”, destaca.

Nesta edição, os participantes foram contemplados com maquinas de costura, fritadeiras, carrinho de hot-dog, kit para salão de beleza, maquina de sublimação, roçadeiras, frezzres e até lentes fotográficas. José da Silva é fotografo, mas precisou parar de trabalhar depois que perdeu a única lente que possuía em um acidente. Sem condições de comprar equipamentos novos, Silva estava sem trabalhar e começou a passar dificuldades. Até que conheceu o projeto Viver Melhor e teve seu pedido aceito. “Hoje eu estou rindo a toa, sem acreditar que isso está mesmo acontecendo. Meu sustento é a fotografia, por falta das lentes estava sem trabalhar e isso é muito ruim. Agora estou animado para voltar a marcar ensaios e atender mais e mais clientes”, enfatiza.

Para Geovane Felix, pastor geral da Igreja Adventista na região, a parceria com a Advent-Stiftung é a confirmação do compromisso que a Igreja Adventista tem em atender as necessidades do próximo. “Queremos que essas pessoas tenham a certeza de que acreditamos no potencial que elas têm e que possam, de hoje em diante, ver um novo horizonte para suas vidas. Como igreja entendemos que ajudar o próximo é fazer como Cristo fez. Por isso, sempre vamos apoiar iniciativas como essa para que mais pessoas sejam alcançadas”, afirma.

A programação contou com a participação de Renato Ribeiro, representante da Prefeitura Municipal de Itaboraí. Ribeiro avaliou o projeto como positivo para o desenvolvimento econômico de toda região. “Dar a oportunidade para que essas pessoas possam se tornar empreendedoras representa muito para o ciclo econômico de nossa região e aponta para o crescimento mesmo em meio às dificuldades”, destaca.

Os participantes inscritos no projeto passaram por avaliação de perfil socioeconômico, assistiram palestras sobre empreendedorismo e receberam visitas técnicas em suas residências. Depois de receberem os equipamentos de trabalho, eles serão acompanhados por uma assistente social que auxiliará no desenvolvimento profissional de cada um.