Apesar dos avanços na promoção da diversidade religiosa, ainda é possível deparar-se com episódios de preconceito, discriminação e violência motivados por diferenças de crenças. Neste contexto, é indispensável discutir e implementar ações que assegurem o respeito à religião de cada pessoa.

A liberdade religiosa e o combate à intolerância religiosa são questões fundamentais que permeiam a sociedade atualmente. A garantia do direito de cada indivíduo escolher, praticar e manifestar sua fé livremente é um pilar essencial dos direitos humanos e da democracia.

Com o intuito de debater a abordar o direito irrestrito à liberdade religiosa e formas de combater a intolerância religiosa, a Comissão Especial de Liberdade Religiosa da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO) promoveu uma reunião ordinária na manhã da última terça-feira (1º).

Durante a reunião, os participantes discutiram propostas e iniciativas para promover a liberdade religiosa em Goiás. A Igreja Adventista do Sétimo Dia foi representada pelo pastor Thiago Maillo, diretor da Rede Educacional Adventista e de Liberdade Religiosa da Associação Brasil Central, e pelo advogado geral do campo, Dr. Arthur Albuquerque, além de membros das Igrejas adventistas locais.

O pastor Thiago Maillo apresentou um panorama histórico da Igreja Adventista do Sétimo Dia. “Nós, como adventistas cristãos, acreditamos na liberdade. Deus nos criou livres e uma iniciativa como essa é importante para reforçar a liberdade que temos e precisamos ser reconhecidos pelo Estado e pela sociedade”, pontuou.

O presidente da comissão, Walter de Paula Silva, destacou a importância de parcerias para a construção de políticas públicas e projetos que visem combater a intolerância religiosa, a qual afeta a todos. Ele ressaltou também que o espaço é aberto a outras religiões. O diretor-tesoureiro da OAB-GO, Eduardo Cardoso Júnior, representou a presidência no evento.

O advogado Arthur Albuquerque abordou os principais desafios enfrentados pela Igreja Adventista do Sétimo Dia no que diz respeito à liberdade religiosa. Ele explanou sobre as hostilidades sociais e as restrições governamentais. Albuquerque elencou ainda que essa discussão é importante sob duas perspectivas: “para levar conhecimento à comunidade, pois, muitas vezes, o direito é desrespeitado por falta de conhecimento, e também para que a sociedade entenda que somos organizados enquanto Igreja para garantir esse direito”, acrescentou.

A advogada Cristiane Morais, membro da comissão, foi quem incentivou a oportunidade de falar do adventismo na OAB-GO, ela enfatizou a relevância da liberdade religiosa, destacando a conexão entre o Livro Bíblico de Daniel, capítulo 6, e o Art. 5º, VI da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que assegura a inviolabilidade da liberdade de consciência e crença, bem como o livre exercício dos cultos religiosos e a proteção aos locais de culto e suas liturgias.

Veja na galeria abaixo fotos do encontro: