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O poder triunfante da verdade (Parte 2)

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Saudações, amigos. Hoje continuamos com a incrível história de como Deus trabalhou por meio do reformador Martinho Lutero para chamar a atenção das pessoas para as verdades de Sua Palavra. Na semana passada, vimos como o eloquente orador de Roma, Aleandro, procurou subverter a verdade convencendo a grande assembleia nacional na Alemanha, conhecida como "A Dieta", de que Lutero era um herege e deveria ser queimado na fogueira. "Nos erros de Lutero há o suficiente”, declarou ele, para assegurar a queima de “cem mil hereges", proclamou. (O Grande Conflito, página 148).

Embora parecesse que muitos ficaram comovidos com o discurso do legado papal, Deus também se movia naquela augusta assembleia quando um dos nobres, o duque George da Saxônia se levantou e com nobre firmeza apontou como o povo estava sofrendo por causa dos abusos da Igreja Romana. Isso preparou a assembleia para ouvir Lutero falar.

Finalmente perante o concílio

Ellen White descreve a cena: "Finalmente Lutero se achou perante o concílio. O imperador ocupava o trono. Estava rodeado das mais ilustres personagens do império. Nunca homem algum comparecera à presença de uma assembleia mais importante do que aquela diante da qual Martinho Lutero deveria responder por sua fé… Na presença daquela poderosa assembleia de titulares, o reformador de humilde nascimento parecia intimidado e embaraçado" (O Grande Conflito, página 155).

Lutero foi levado para ficar em frente ao trono do imperador. Um silêncio profundo caiu sobre a assembleia lotada. Então um oficial imperial se levantou, apontou para uma pilha de escritos de Lutero e exigiu uma resposta para duas perguntas:

1. Estes são seus escritos?

2. Você retrata as opiniões contidas nesses escritos?

À primeira pergunta, Lutero reconheceu que os livros eram dele. À segunda, ele respondeu: "visto ser uma questão que respeita à fé e à salvação das almas, e que interessa à Palavra de Deus, o maior e mais precioso tesouro quer no Céu quer na Terra, eu agiria imprudentemente se respondesse sem reflexão". Lutero então pediu respeitosamente: "Por esta razão, com toda a humildade, rogo a vossa majestade imperial conceder-me tempo para que eu possa responder sem ofensa à Palavra de Deus" (O Grande Conflito, página 156).

Jesus Cristo: defesa, escudo e torre forte de Lutero

Este foi um pedido sábio, porque ele convenceu a assembleia de que Lutero não agiu por paixão ou impulso. Todos ficaram impressionados com a calma e autocontrole de Lutero. Ao reformador foi dado até o dia seguinte para dar sua resposta final, mas seu coração desfaleceu ao contemplar as forças que se uniram contra a verdade. Nuvens se juntaram ao seu redor e ele ansiava pela certeza de que Deus estaria com ele. Naquela noite, angustiado, ele derramou seu coração ao Senhor, implorando por Sua ajuda e presença divinas. "Sê a meu lado", ele orou, "por amor de Teu bem-amado Jesus Cristo, que é minha defesa, meu escudo e torre forte" (O Grande Conflito, página 157).

Deus permitiu que Lutero percebesse que a tarefa era grande demais para ele; que sua única ajuda vinha de cima. Em seu total desamparo, a fé de Lutero se fixou em Cristo, o poderoso Libertador. Ele foi fortalecido com a certeza de que não compareceria sozinho perante o concílio, e com sua mente firme em Deus, preparou-se para a luta diante dele.

Testemunha de Deus entre os grandes do mundo

No dia seguinte, quando Lutero se apresentou diante da assembleia, não havia sinal de medo ou embaraço. "Calmo e cheio de paz, ainda que extraordinariamente valoroso e nobre, manteve-se como testemunha de Deus entre os grandes da Terra" (O Grande Conflito, página 158).

O oficial imperial agora exigia uma decisão do reformador sobre se ele retrataria ou não o que havia escrito. Em resposta, Lutero respondeu respeitosamente, explicando que suas obras publicadas não eram todas do mesmo caráter - algumas, ele disse, eram sobre fé e boas obras, com as quais todos concordavam. Outras obras expuseram as corrupções e abusos do papado, e a terceira classe de livros apontou certos indivíduos que defenderam os males existentes. Nesta terceira classe, Lutero confessou que havia sido mais direto do que precisava, e que era "um mero homem, e não Deus"

Ele então convidou qualquer um a mostrar-lhe nas Escrituras onde seus ensinamentos estavam errados. “Logo que estiver convicto disso”, ele disse, “retratarei todo erro e serei o primeiro a lançar mão de meus livros e atirá-los ao fogo" (O Grande Conflito, página 159).

A apresentação de Lutero havia sido em alemão, mas agora ele foi solicitado a repeti-la em latim. Embora exausto, ele se apresentou novamente. Dizem-nos que "A providência de Deus dirigiu isto. O espírito de muitos dos príncipes estava tão obliterado pelo erro e superstição que à primeira vez não viram a força do raciocínio de Lutero; mas a repetição habilitou-os a perceber claramente os pontos apresentados" (O Grande Conflito, página 159).

Verdade clara para quem quisesse ver

Enquanto alguns agora podiam ver claramente, outros teimosamente fecharam os olhos para a luz, determinados a não se convencer da verdade. Furioso, o porta-voz da Dieta gritou: "Não respondeste à pergunta feita. ... Exige-se que dês resposta clara e precisa. ... Retratar-te-ás ou não?”

Com voz clara e forte, o reformador respondeu, "Portanto, a menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras...; a menos que eu seja persuadido por meio das passagens que citei; a menos que assim submetam minha consciência pela Palavra de Deus, não posso retratar-me e não me retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a consciência. Aqui permaneço, não posso fazer outra coisa; Deus queira ajudar-me. Amém". Assim se manteve este homem justo sobre o firme fundamento da Palavra de Deus" (O Grande Conflito, página 160).

Hoje, amigos, vocês estão, eu estou, permanecendo no fundamento seguro da palavra de Deus? É a única base que vai durar. Como Jesus explicou em Seu belo Sermão da Montanha, "...aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e bateram com força contra aquela casa, e ela não desabou, porque tinha sido construída sobre a rocha" (Mateus 7:24, 25 NAA).

Convido você a orar comigo agora mesmo.

Oração

Pai nosso que estás nos céus. Nós Te agradecemos pela Rocha Sólida: Jesus Cristo. Nós Te agradecemos por Jesus, que é a Palavra viva. Nós Te agradecemos pela Palavra escrita, que também representa Jesus como a Rocha. E sobre este fundamento, Senhor, a Palavra de Deus, nós permanecemos por meio do Teu poder. Pedimos agora que Tu nos ajudes em qualquer circunstância que possamos enfrentar a descansar com segurança neste firme fundamento da verdade bíblica e nos apoiar completamente em Jesus, pois sabemos que Ele vai nos sustentar. Obrigado por nos ouvires nesta oração. Em nome de Jesus, pedimos. Amém.


Ted Wilson é o presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.