O envolvimento missionário das novas gerações deixa marcas através do discipulado
Adolescentes se reúnem em pequenos grupos semanalmente para estudar a bíblia, fazer novos amigos e executar desafios missionários.
Há 7 anos, na pequena e pacata cidade de Gandú, no interior da Bahia, Marizete Santos de Jesus dava início a um sonho: ajudar adolescentes da igreja a se engajarem de forma apaixonada no evangelismo. Através de treinamentos que a preparavam para ser coordenadora distrital da ação missionária, decidiu montar em sua igreja uma Base Life, como são conhecidos os pequenos grupos e as unidades de ação da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Bahia e em Sergipe.
Durante o último concílio administrativo da União Leste Brasileira, sede adventista para baianos e sergipanos, que ocorreu nos dias 21 e 22 de novembro em Lauro de Freitas, Bahia, Marizete contou sua experiência pessoal com os adolescentes da Base Life Elite Suprema, que estava presente para assistir ao batismo de uma das integrantes durante a programação.
Segundo a coordenadora, a iniciativa tem ajudado muito no crescimento espiritual dos adolescentes na igreja e na vida pessoal. “Sinto que eles permanecem mais ativos no trabalho do Senhor, inclusive em projetos que envolvem a ação solidária. Ver o empenho dessa juventude me ajuda na minha caminhada espiritual também. Só de lembrar que tive um ano muito difícil, onde em 9 meses perdi 5 familiares, eu fiquei desestimulada e triste, porque a morte causa um sofrimento terrível. Porém, ao ver a dedicação deles na pregação do evangelho, aquilo me animou e foi maravilhoso”, comentou.
Missão e conexão
Segundo o dicionário, a palavra base define o que serve de apoio, de princípio ou fundamento. De acordo com Marizete Santos, é exatamente assim que a igreja deve ser. “O nome já diz tudo: o pequeno grupo se torna uma base, um apoio para a vida espiritual deles, por isso a igreja não pode deixar de ter uma base life atuando ativamente com os adolescentes. Isso também é missão”, declarou.
Para atrair mais pessoas para o campo missionário, Eliane Lopes, que lidera as áreas do Ministério da Criança e Ministério do Adolescente para toda Bahia e Sergipe, criou, em 2021, o projeto Fisher (em português, "pescador"). O objetivo do projeto é fazer com que os envolvidos “lancem as redes” para que mais pessoas conheçam a Bíblia e tomem a decisão de seguir a Jesus.
Foi o que aconteceu com a Base Elite Suprema através do Fisher. “A base abraçou a causa e colhemos resultados lindos com mais de 41 pessoas já batizadas, além das 16 que serão batizadas ainda em dezembro para honra e Glória de Deus. E uma delas está aqui hoje neste concílio para firmar seu compromisso através do batismo”, disse Marizete.
Fruto de uma família adventista, Raissa Brandão relata que apesar da família toda ser da igreja, ela ainda não estava frequentando junto com eles. “Eu conheci a base life por meio das meninas com quem já tinha amizade, e através da influência delas comecei a participar do pequeno grupo. De repente me vi fazendo a vontade de Deus, e comecei a sentir o desejo de fazer missão junto com elas. Durante um ano participei ativamente da Base Life e hoje tomei a decisão pelo batismo para selar meu compromisso e continuar trabalhando para Jesus”, comentou.
Diante de seus amigos do pequeno grupo, Raissa pôde testemunhar o quanto o trabalho da base fez a diferença em sua vida. Para Luiz Henrique Batista dos Santos, que frequenta uma base há 4 meses, a amizade de um pequeno grupo de pessoas pode influenciar na sua decisão para ser mais um a discipular pessoas. “Fui convidado pela minha colega Raissa, que acabou de se batizar hoje. Quando visitei pela primeira vez o grupo eu me senti bem acolhido, porque não fui tratado como um visitante, era como se eu já fosse membro da igreja, me receberam com amor e carinho e já me envolveram nas atividades da base. Estou frequentando a igreja e a base e estou gostando de entender e aprender mais sobre os Adventistas e a Bíblia. Hoje vim prestigiar o batismo da minha colega Raissa e se Deus quiser o próximo será o meu”, disse.
Ainda emocionada após a cerimônia batismal, Raissa explicou que o pequeno grupo é essencial para a vida do jovem cristão. “Seja na missão ou no discipulado, ela ajuda a fortalecer a vida cristã que já sei que não é fácil, mesmo antes de ter sido batizada. Ter um grupo que incentive, que apoie e que está ali sempre junto faz toda a diferença, é um ajudando o outro em oração. Me sinto feliz e realizada na missão de discipular pessoas, e já tenho um amigo da Base que está estudando a bíblia comigo e estamos no terceiro estudo bíblico. Então é sobre isso, sobre estarmos juntos salvando e discipulando pessoas”, declarou.
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