Núcleos Sociais se unem à Igreja Adventista para quebrar o silêncio
Núcleos da ADRA sediaram ações da campanha Quebrando o Silêncio em cidades do oeste paulista.
São José do Rio Preto, SP... [ASN] Os membros da Igreja Adventista no oeste paulista se uniram em uma campanha contra o abuso e a violência. Foram distribuídos 50 mil folhetos e 24 mil revistas em toda região. Para chamar a atenção da cidades sobre o perigo, os membros promoveram passeatas e carreatas no dia 24 de agosto. Os núcleos da ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) em algumas cidades se uniram para anunciar a paz.
Em Presidente Prudente o coral de crianças do centro da ADRA se apresentou. Os participantes acompanharam uma encenação sobre o tema violência e palestras sobre o tema. A festa foi seguida por um fórum com o defensor público da infância e juventude, Orivaldo Ginel.
Em São José do Rio Preto a Igreja Adventista na região norte se uniu ao centro da ADRA para quebrar o silêncio. Foi realizada uma carreata com 60 carros decorados com balões brancos no bairro Parque Cidadania. Enquanto a carreata era realizada, os Clubes de Desbravadores e Aventureiros da cidade entregaram panfletos e outros materiais explicativos sobre o tema.
A ação foi seguida pela apresentação do coral de crianças do núcleo, de um Clube de Desbravadores e outra do Clube de Aventureiros. A ideia de fazer toda é a movimentação é chamar a atenção da comunidade para o centro da ADRA, onde a partir da segunda quinzena de setembro será realizada uma série de estudos da Bíblia (Profecias para o Tempo do Fim).
Segundo a coordenadora do Conselho Tutelar na região norte de Rio Preto, Marciany Roberta, o Conselho atende mais de 700 ocorrências por mês e destas pelo menos 35% são relacionadas ao abuso sexual. “É muito importante alertar a população sobre a denúncia de casos assim. Só assim podemos diminuir os números alarmantes”, destaca.
Dados
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) mais de 70% das mulheres em todo o mundo sofrem algum tipo de violência ao longo da vida. Os números foram divulgados em 2011, e destacam que mulheres com idade entre 15 e 44 anos apresentam maior risco de sofrer violência sexual e doméstica do que de serem vítimas de câncer, acidentes de carro ou malária.
Entre as crianças os números também são alarmantes. O Ministério da Saúde divulgou que o abuso sexual é o segundo tipo de violência mais comum entre crianças de 0 a 14 anos no Brasil. Os dados de 2011 apontam que 64% de todas agressões acontecem dentro da residência onde a criança vive, sendo os agressores pessoas próximas aos pequenos. A pesquisa ainda concluiu que 22% das agressões são dirigidas a crianças com menos de um ano. [Equipe ASN, Suellen Timm]