Diarista é presenteada com casa reformada
Nilda e seus cinco filhos moravam em situação precária e foram beneficiados com o projeto da Recolta, uma iniciativa da Igreja Adventista.
Nilda Santos da Silva tem 51 anos e cuida sozinha de cinco filhos. Há 13 anos ela mora em um pequeno sobrado com dois cômodos – cozinha e quarto, localizado no Jardim Colombo, zona oeste da cidade de São Paulo.
Com uma rotina corrida e desgastante, ela sonhava em ter uma moradia que oferecesse o mínimo de conforto, principalmente para os filhos. No entanto, via essa possibilidade longe, uma vez que ganha menos de um salário mínimo, isso quando consegue trabalho como diarista.
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"É uma luta para dar conta de pagar as despesas de casa, ainda mais sozinha. Quando tem trabalho, a gente não recusa de jeito nenhum”, explica Nilda.
O Jardim Colombo faz parte do complexo de Paraisópolis, apontado em 2010 pelo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como a maior favela de São Paulo, com total de 800 mil metros quadrados, o equivalente a 97 campos de futebol.
Localizado em uma das regiões mais ricas da cidade paulistana, o bairro possui alta densidade populacional e sofre com a falta de urbanização, saneamento, investimento em melhorias e geração de emprego.
Surpresa em boa hora
Neste ano, a história de Nilda teve um novo desfecho com uma iniciativa da Igreja Adventista. Por meio da Recolta, projeto social de arrecadação de fundos para a realização de ações em favor de famílias em situação de vulnerabilidade, toda a casa foi reformada. “Foi algo que eu não esperava. Uma surpresa pra todos nós”, assegura a diarista.
Em 2018, ela foi indicada pela arquiteta Ester Carro, que é atuante na comunidade e se tornou responsável pela reforma da casa. “Nós avaliamos o espaço e com o orçamento que tínhamos, trabalhamos para entregar o melhor para essa família. Para arejar e iluminar mais o quarto foi aberta uma janela, colocamos uma escada espiral que dá acesso ao quarto, o teto foi coberto, as paredes rebocadas e pintadas. Mas o lugar que particularmente teve uma mudança significativa foi o banheiro”, esclarece.
Veja o antes e depois da reforma
Durante a obra foi necessário desocupar o pavimento. Nilda foi alojada em outro espaço. “Fui bem assessorada nesse período, mas estava muito ansiosa para ver tudo pronto e entrar para morar. Tive que ter paciência e aguardar mais um pouco. No fim de tudo, o sentimento maior é que não iria me decepcionar”, explica.
A casa ficou pronta e a chave foi entregue em suas mãos. “Deus nos ampara o tempo todo. Sempre batalhei muito para criar meus filhos e dou o que posso, mas na atual conjuntura não conseguiria fazer o que esses anjos fizeram. Esse gesto me fez entender que não importa a minha religião, cor, condições financeiras, há pessoas dispostas a ajudar. Hoje estou mais esperançosa, mais confiante, me sentindo mais amada, mais segura pra abrigar meus filhos e à vontade de receber visitas”, ressalta.
Recolta
Para ajudar outras famílias, a campanha missionária da Recolta terá início ainda neste mês. O projeto de arrecadação de fundos é destinado para apoio a treinamentos, capacitação, além do desenvolvimento de projetos sociais e educativos realizados pela Ação Solidária Adventista (ASA) junto à Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA).
A iniciativa é realizada anualmente nas escolas e igrejas adventistas da zona Sul da capital paulista e em outras regiões do Brasil. “A nossa expectativa é ter o engajamento dos membros, alunos e adeptos, e dessa forma poder ajudar mais gente e ser um agente de transformação na comunidade”, pontua Wilyan Martins, coordenador da ASA.
Metas para 2019
Neste ano, o projeto ajudará a família de Célio e Carla de Sousa, que moram em Embu Guaçu, região metropolitana de São Paulo. O casal tem três filhos, sendo dois acometidos pelo AME - tipo I, síndrome caracterizada por fraqueza muscular grave e degenerativa, que leva à perda dos movimentos dos membros inferiores e superiores.
Há pouco tempo foi construído na residência um quarto especial que precisa ser terminado para atender as crianças. Além disso, alguns aparelhos e equipamentos precisam ser adquiridos para ajudá-los no tratamento.
Para contribuir você pode entrar em contato diretamente com o Célio, por meio dos telefones: 11 4661 – 8079, 97166- 3326 ou através da campanha, com o coordenador Wilyan ou o secretário Paulo: 11 5822-5060.