Loma Linda implementa tratamento inovador para a doença de Parkinson
Novo sistema promove estimulação cerebral para controlar anormalidades que provocam tremores e rigidez
Por Genesis Gonzalez, Loma Linda University Health News
Um novo e inovador sistema de estimulação profunda do cérebro (DBS, sigla em inglês), chamado Vercise, foi implantado com sucesso em um paciente com 81 anos, portador da doença de Parkinson, no Centro de Saúde da Universidade de Loma Linda (LLUH, sigla em inglês), o primeiro procedimento desse tipo a ser realizado no sul do Estado da Califórnia e o quarto em solo norte-americano para tratar a enfermidade.
O neurologista Khashayar Dashtipour e o neurocirurgião Miguel López-González, da LLUH, realizaram o implante inovador do dispositivo Vercise no início de fevereiro.
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O procedimento envolve o implante de um fio fino, chamado de sonda, na região-alvo do cérebro do paciente. Neste caso, ele recebeu eletrodos em cada lado do cérebro, incluindo a bateria. O estímulo elétrico é liberado pela sonda, o que ajuda a controlar a atividade cerebral anormal que provoca tremores, rigidez ou movimento lento.
“Esse aparelho abre mais portas aos pacientes de Parkinson que precisam de estimulação cerebral profunda”, explica Lopez-Gonzalez. “Com o tempo, poderemos monitorar o progresso do aparelho e esperamos determinar se isso será mais benéfico.”
Avanço
Em dezembro de 2017, a Food and Drug Administration (FDA), agência federal do Departamento de Saúde do governo norte-americano, aprovou o aparelho da Boston Scientific, o terceiro a ser legalizado nos Estados Unidos para a realização de DBS.
O aparelho recarregável foi homologado pela primeira vez na Europa depois de vários testes clínicos. Ele tem sido usado para aumentar a precisão e evitar os efeitos colaterais comuns da terapia DBS que afeta o cérebro além do alvo pretendido. Ele oferece uma corrente constante de múltiplas fontes, permitindo um controle flexível da estimulação que se adapta às fisiologias, variações de impedância e progresso da doença dos indivíduos.
“Pela primeira vez, a bateria tem 15 anos de vida”, destaca Dashtipour. “Com o risco crescente de cirurgia após certa idade, nosso paciente não terá de passar por cirurgia no período de três a cinco anos, como com outros aparelhos.”
Dashtipour conseguiu, com sucesso, ligar o aparelho apenas três dias depois do procedimento e ajustar os níveis de acordo com o conforto do paciente. Seu objetivo é mantê-lo “em boas condições”, e espera-se que o paciente experimente nenhum ou mínimos efeitos colaterais.
Problema mundial
Aqueles que sofrem de distonia ou movimento anormal e recebem a prescrição de vários medicamentos são considerados os candidatos principais para o implante Vercise, que foi projetado para dar tanto aos médicos quanto aos pacientes um maior controle sobre a corrente aplicada aos eletrodos individuais, independentemente da resistência na extremidade do fio.
De acordo com a Fundação Parkinson, essa desordem neurodegenerativa afeta aproximadamente um milhão de pessoas nos Estados Unidos e 10 milhões no mundo inteiro. A doença é uma desordem progressiva do movimento que, inicialmente, afeta os neurônios produtores da dopamina em uma área específica do cérebro. Ao longo do tempo, a doença provoca tremores, lentidão de movimento, rigidez dos membros e dificuldades de equilíbrio.
Instituição religiosa sem fins lucrativos em Loma Linda, Califórnia, Estados Unidos, a LLUH é a organização guarda-chuva para suas organizações centrais e afiliadas, como a Universidade de Loma Linda, Centro Médico da Universidade de Loma Linda Hospital Infantil da Universidade de Loma Linda.
A LLUH, que dirige, patrocina, apoia e harmoniza as atividades dessas e de outras organizações centrais e afiliadas, serve à Igreja Adventista do Sétimo Dia em sua missão de “tornar o ser humano integral” física, intelectual, emocional e espiritualmente. O propósito global da organização é continuar o ministério de cura e ensino de Jesus.