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Igreja alerta sobre proliferação do mosquito da dengue no período de quarentena

Nos Estados da Bahia e Sergipe, período de chuva requer alerta quanto aos cuidados para evitar proliferação do mosquito.


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Documento alerta para risco de igrejas fechadas devido a suspensão temporária das atividades se tornem focos de multiplicação do mosquito (Foto: Divulgação).

Atenta aos decretos governamentais e também seguindo recomendações de especialistas em saúde pública, a Igreja Adventista do Sétimo Dia segue há quase uma semana cumprindo a determinação de distanciamento social. Nos Estados da Bahia e de Sergipe, são cerca de 214,5 mil adventistas que se mantêm em suas casas; quase 3 mil templos continuam com atividades presenciais de culto temporariamente suspensas, além de reuniões e treinamentos.

Além disso, os Pequenos Grupos foram orientados a permanecer inativos, funcionando por meio de reuniões virtuais, aguardando a possibilidade de voltar à normalidade dos serviços de culto e adoração. Nesse cenário, uma preocupação mobilizou líderes da Igreja para esses dois Estados nordestinos: a multiplicação do mosquito Aedes Aegypt nesse período de chuvas na região, e o aumento de doenças como dengue, zika e chikungunya.

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“Estamos com as igrejas fechadas neste momento, quando ocorre o período de chuvas. É um momento de alerta para outro grande problema do País, que é a proliferação de arboviroses urbanas, doenças transmitidas pelo Aedes Aegypt. Por meio deste mosquito ocorrem a infecção e o surgimento de doenças”, lembrou o pastor Stanley Arco, presidente da União Leste Brasileria, sede da Igreja Adventista do Sétimo Dia para Bahia e Sergipe, em circular compartilhada com lideranças regionais da denominação.

Segundo Stanley, o fato de os templos estarem fechados precisa despertar um alerta em pastores e líderes. “Precisamos tomar o cuidado para que, com as chuvas, as igrejas não se transformem durante o período de isolamento em focos de multiplicação deste mosquitos e proliferação de doenças como dengue, zika e chikungunya”, declarou.

A sede da Igreja para o território também entende que as famílias adventistas estão em casa neste momento, preocupadas com o impacto do coronavírus. Mas esta apreensão precisa ser despertada também para a possibilidade de outros perigos e ameaças.

O Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, informou que até 16 de março de 2020  foram confirmados 390.684 casos prováveis de dengue no País (1). Com relação aos dados de zika, foram notificados 1.395 casos prováveis. Sobre os dados de chikungunya, foram notificados 11.453 casos prováveis. Ao lado do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, Bahia é um Estado que se destaca na quantidade de casos. Neste ano, até o momento, foram confirmados 106 óbitos provocados por arboviroses no Brasil.

Combate ao Aedes Aegypti

Diante desta preocupação, a circular recomenda orientar os pastores e líderes a combater também a proliferação do mosquito Aedes Aegypti.

“A principal forma de se prevenir contra as doenças transmitidas pelo mosquito é manter o monitoramento constante, evitando a água parada, que permite a proliferação do inseto. Como as famílias da igreja estão isoladas respeitando determinações de distanciamento social, aconselho que o assunto seja discutido entre pastores e anciãos para determinar alguém a fazer uma visita quinzenal à igreja para tomar cuidados necessários”, descreve trecho do documento.

A orientação é para que em cada templo sejam realizadas as seguintes ações:

  • Manter bem fechados os tonéis e caixas d’água;
  • Manter as calhas sempre limpas;
  • Manter lixeiras bem tampadas;
  • Deixar ralos limpos e com aplicação de tela;
  • Limpar e preencher pratos de vasos de plantas com areia;
  • Retirar água acumulada das áreas no entorno do terreno da igreja.

“É importante manter a higiene e evitar a água parada durante o ano todo, pois o mosquito pode sobreviver por um até ano, segundo especialistas. Mas, nos períodos chuvosos, esta atenção precisa ser redobrada. E com as igrejas permanecendo com atividades suspensas por tempo indeterminado, esta preocupação precisa ser ainda mais intensa”, finaliza o documento.


(1) Boletim Epidemiológico # 51, Março de 2020. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde.