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Horário de verão acaba este fim de semana

Relógios devem ser atrasados em uma hora de sábado para domingo.


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Na hora de dormir, Daniel e Maria dizem que ainda tem sol (foto: Victor Trivelato)

Na hora de dormir, Daniel e Maria dizem que ainda tem sol (foto: Victor Trivelato)

Brasília, DF…[ASN] O horário de verão 2016 termina à zero hora do dia 21 de fevereiro, ou na passagem do dia 20 para o dia 21. Todos os relógios devem ser atrasados em uma hora nos estados das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.  O horário de verão começou em 2015, à meia-noite do dia 18 de outubro.

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De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o objetivo da mudança durante quatro meses é estimular o uso racional e adequado de energia. Nos últimos dez anos, segundo o ministério, o horário diferenciado tem possibilitado uma redução média de 4,6% na demanda por energia no horário de pico, entre as 18h e as 21h. Nesse período o consumo de energia elétrica é mais alto porque funcionam ao mesmo tempo as iluminações pública e residencial, vários eletrodomésticos e os chuveiros, além das fábricas.

O horário de verão foi instituído no Brasil pelo presidente Getúlio Vargas, em 1931, com a duração de cinco meses. A ideia foi lançada em 1784 pelo político Benjamim Franklin, e o primeiro país a adotar oficialmente o mecanismo foi a Alemanha em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial.

Rotina com as crianças

O engenheiro Sócrates Quispe e sua esposa Fany Lúcia Romero são peruanos e moram no Brasil há pouco mais de um ano. Eles acordam geralmente às 4h40 da manhã para fazer o culto pessoal e depois dividem as tarefas da casa. Um prepara o café da manhã e o outro vai acordar e arrumar os filhos para irem à escola. Antes de saírem, fazem o culto familiar e comem junto com as crianças: Daniel Quispe, 6 anos, e Maria Alessandra Quispe, 4 anos.

Segundo o pai, os filhos ainda não percebem as alterações e nem reclamam quando começa ou acaba o horário de verão. No entanto, durante o início da mudança, na hora de dormir eles argumentam que ainda tem sol. “Isso gera uma certa dificuldade para eles dormirem cedo, às 21h. De manhã, acordam sem muita vontade e dizem que ainda está escuro. Mas como eles gostam de ir à escola é fácil mudar o estado de ânimo dos dois”, explica.

Quispe admite aplicar menos atividades com as crianças nos cultos matutinos durante o horário de verão. Por causa disso, ele e a esposa reforçam o tempo da devoção durante a noite. “Lemos mais materiais e desenvolvemos outras atividades”, conta. Apesar de não gostar do horário de verão, ele afirma que a mudança não deve afetar a rotina. “O principal é ter horários estabelecidos para cada atividade, e Deus tem feito as provisões fisiológicas necessárias para que nosso corpo reaja de acordo com o planejamento pessoal e familiar”, conclui.

Impacto na saúde

De acordo com o médico Marcello Niek, diretor do Departamento de Saúde da Igreja Adventista para oito países da América do Sul, a mudança artificial do tempo durante o horário de verão tem impacto sobre o sono devido à menor incidência de luz. “Isso interfere no processo interno pelo qual o corpo controla o seu ritmo biológico de funcionamento entre o dia e a noite”, explica. Sendo assim, embora as pessoas reajam de forma diferente a essas alterações, a maior parte delas enfrenta sonolência, alteração no nível de concentração, mau-humor e menos disposição para as atividades do dia. Segundo Niek, com o fim do horário de verão os sintomas de privação do sono devem desaparecer e o corpo sentirá, assim, uma sensação natural de descanso. [Equipe ASN, Silaine Bohry]