Refugiados recebem mais de 6,5 toneladas de alimentos
Para escapar da crise em seus países, eles vêm ao Amazonas e Roraima em busca de melhores condições de vida
Manaus, AM... [ASN] O contexto atual é marcado por um cenário político e econômico de segregação com os estrangeiros que deixaram seus países para buscar condições de sobrevivência em outras nações. Hoje, segundo o Comitê Nacional de Refugiados (CNR), existem mais de 9 mil refugiados cadastrados no Brasil. No Estado de Roraima, que faz fronteira com a Venezuela, país que atualmente sofre uma forte crise econômica, mais de 26 mil venezuelanos passaram em território roraimense só no ano de 2016. Para dar assistência direta a esses grupos de estrangeiros que enfrentam dificuldades em Roraima e Amazonas, a campanha do Mutirão de Natal dessas localidades focou seus esforços na distribuição de mais de 6,5 toneladas de alimentos para venezuelanos e haitianos.
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Segundo o líder da Igreja Adventista para os dois Estados, pastor Wiglife Saraiva, a iniciativa vem para reforçar o cristianismo na prática. “Todos os anos damos as mãos para ajudar o próximo com alimentos. Este ano estamos voltados para os irmãos venezuelanos e haitianos, que estão precisando de um amparo. Amparo este que para nós pode parecer mínimo, mas para eles, é muito. Estes refugiados são nossos irmãos em Cristo e precisam do nosso auxílio”, ressalta.
A comunidade de haitianos que vive em Manaus é assistida pela Igreja Adventista durante todo o ano, inclusive em dezembro, com o Mutirão de Natal. O haitiano Arole Joseph conta, emocionado, como ele e seus colegas se sentem amados. “Nunca pensei que pudéssemos um dia ser acolhidos com tanto amor e cuidado por pessoas de outra nação. Aqui recebemos alimento e atenção. Que Deus continue a abençoar o povo brasileiro e a Igreja Adventista”, declara.
Só na divisa do Brasil com a Venezuela, 4, 5 toneladas de alimentos foram distribuídos. De acordo com o líder de Ação Solidária Adventista (ASA) na localidade, pastor Alberto Pereira, a crise econômica venezuelana tem trazido muitos deles ao Brasil sem perspectiva alguma. “O povo venezuelano está sofrendo. Unimos as nossas forças e os nossos recursos para ajudar estas pessoas que estão fora do seu país. O alimento pode ser pouco para nós, mas para eles, com certeza, fará diferença”, sublinha. [Equipe ASN, Luciana Santana]