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Projeto de combate à violência e abuso sexual chega às escolas de União da Vitória

Mais de oito mil alunos entraram em contato com o projeto no interior do Paraná.


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A passeata contou com a participação de 400 pessoas.

União da Vitória, PR... [ASN] Há algumas semanas, o projeto Quebrando o Silêncio tem se destacado na cidade de União da Vitória. Com o apoio da prefeitura e da Secretaria de Educação, os temas da violência e abuso sexual foram trabalhados em todas as escolas e centros de educação municipais, atingindo mais de oito mil alunos. Com o esforço dos pastores locais, Antenor Selmer e Jairo Machado, os professores da rede pública receberam treinamento e também o material da campanha – revista Quebrando o Silêncio infantil e teen – para utilizar em sala de aula. Além desses órgãos, os pastores também apresentaram o projeto ao Conselho Tutelar, às escolas estaduais e à Vara da Família, que aprovaram a ideia.

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“O grito contra a violência deve ser maior, pois cada escola e órgão ajudando faz com que os agressores tenham mais medo e haja menos casos. Também dão condições às vítimas de ter mais força e coragem de denunciar”, acredita Selmer.

O trabalho desenvolvido foi uma parceria entre as igrejas adventistas de União da Vitória e Porto União, cidade pertencente ao Estado de Santa Catarina e que faz divisa com o Paraná.

Para expandir ainda mais a conscientização e o combate à violência, no último sábado, 22 de agosto, foi realizada uma palestra no auditório da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus União da Vitória, ministrada pelo líder da Igreja Adventista do Sétimo Dia no sul do Estado, pastor Williams César, que alertou quanto ao cuidado com crianças e adolescentes e sobre a importância de dar atenção a este mal que pode os rodear. Os participantes também assistiram o filme O Silêncio de Lara, dirigido por Rudy Barros, que retrata o sofrimento de uma adolescente de 14 anos que é abusada sexualmente por um membro de sua família.

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As escolas municipais se envolveram desde o trabalho em sala de aula até a saída às ruas para combater a violência.

A programação contou com representantes da Secretaria da Educação, Conselho Tutelar, juízes, alunos das escolas municipais, além da imprensa local. Após a palestra, uma passeata pelo centro com faixas e carro de som movimentou a cidade. Pessoas ligadas à rede educacional adventista, além de clubes de desbravadores e aventureiros locais, também marcaram presença e apoiaram o projeto.

A professora Patrícia Gavasso leciona na Escola Municipal Amélia Hobi, trabalhou o tema do Quebrando o Silêncio com seus alunos e ainda participou da passeata. Ela acredita que ações como essa fazem a diferença e merecem atenção. “Eu acho que é um projeto muito importante! É um alerta aos pais, comunidade, vizinhos, porque as crianças geralmente têm medo e não falam, achando até que são culpadas. É muito importante que as escolas e a sociedade se mobilizem. Isso precisa acontecer mais vezes”, opina.

Movimentação

O Quebrando o Silêncio, existente há 13 anos, é promovido em oito países da América do Sul. Em 2015, o dia 22 de agosto foi a data de ênfase deste projeto que é realizado ao longo do ano. Em todo o Brasil, ações de diferentes formas marcaram esta data. Não apenas em União da Vitória, mas 194 congregações adventistas do sul do Paraná estiveram envolvidas no combate à violência.

“Temos tentado não deixar restrito somente à Igreja, mas que a comunidade também participe deste projeto, conhecendo a Igreja e ajudando outras pessoas, já que o maior objetivo do Quebrando o Silêncio é ajudá-las”, declara a líder da campanha no sul do Paraná, Keila Marques.

O líder da Igreja no sul do Paraná, pastor Williams César, ainda destaca a importância do envolvimento das congregações e também de todos os departamentos, por fazer parte da difusão do evangelho e do cristianismo. “Nós não vivemos um cristianismo dentro de quatro paredes, aliás, isso é o mínimo que nós fazemos. A maior parte do tempo nós estamos envolvidos na comunidade. Precisamos fazer a diferença! E a pregação do evangelho contribui para a felicidade das pessoas. Precisamos ajudar aqueles que estão sofrendo qualquer tipo de violência para poder denunciar e ajudá-los de forma que eles possam viver melhor”, argumenta.

O trabalho nas escolas de União da Vitória continuará após a passeata. A ideia é que o projeto se estenda e permaneça presente na comunidade. [Equipe ASN, Jéssica Guidolin / Fotos: Andrei Pataquine e Jéssica Guidolin]

Veja as fotos da programação em União da Vitória: