Mutirão de Páscoa fez a diferença para a vida de Tatiane
Nova edição do Mutirão de Páscoa ajudará pessoas que estão em situação de vulnerabilidade e que sofrem, principalmente devido à pandemia.
De joelhos, por volta das 4 da tarde, Tatiane de Oliveira Araújo, 37 anos, estava simplesmente desesperada. A prece a Deus era a súplica de quem não enxergava uma solução imediata na vida. Recém saída da prisão, onde permanecera por sete meses, Tatiane se deparou com uma casa sem comida e uma pandemia em curso.
No dia 24 de abril de 2020, data que ela não esquece, o comércio da pequena cidade de Engenheiro Coelho, no interior de São Paulo, já sofria com as restrições. Nesta hora, uma voluntária da Ação Social Adventista, a dentista Simone Di Giaimo, foi a resposta divina. O socorro foi muito bem-vindo em atendimento às orações da mulher que mantém em uma mesma casa dois filhos, o filho de um primo e uma nora grávida. Era uma das muitas iniciativas do Mutirão de Páscoa, criado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia para reduzir o sofrimento pelos quais milhares de pessoas passaram durante a pandemia do ano passado.
Simone e o esposo Roberto já entregam marmitas e legumes e verduras há algum tempo. Mas, em 2020, precisaram intensificar o trabalho, especialmente entre março e junho. No dia em que Tatiane orava, o casal missionário estava com 120 marmitas prontas para entregar. “De maneira impressionante, sobraram algumas e foi exatamente nesta hora que chegamos até a casa da Tati. Ela é uma guerreira”, comenta a dentista. Tatiane fica emocionada quando lembra do significado daquele dia especial. Ela reconhece como foi abençoada e hoje, também, participa e ajuda outros. “Eu não tinha o que comer e nem como comprar”, lembra.
Nova edição em 2021
A boa notícia, entre tantas informações que entristecem em 2021, é o retorno da campanha conhecida como Mutirão de Páscoa. No ano passado, o trabalho da Ação Solidária Adventista na América do Sul foi responsável por 1.621.436 pessoas atendidas, com 4 milhões de quilos de alimentos doados. Boa parte deste auxílio é resultado direto da organização solidária voluntária que ajudou pessoas como Tatiane.
A nova edição do Mutirão de Páscoa tem uma lógica muito simples. “Com a proximidade da Páscoa, e diante de uma pandemia com efeitos devastadores, o melhor presente que podemos dar, aos vulneráveis e que passam por necessidades, é alimento, roupas, doação de sangue, visitas de apoio e orações”, explica o coordenador sul-americano, pastor Herbert Boger Jr.
A meta estabelecida é de, em média, 5 quilos de alimentos doados por cada pessoa envolvida na campanha. O coordenador comenta, ainda, que o prazo para o término desta campanha tem sido geralmente cerca de 20 dias depois da Páscoa.