Calebes realizam ações sociais e levam pessoas ao batismo no Arquipélago do Marajó
Atuação de voluntários no Norte do País ajudou centenas de pessoas a ter mais contato com a Bíblia e sua mensagem.
Neste ano, voluntários do projeto Missão Calebe foram desafiados a realizar a iniciativa na Ilha do Marajó, no Norte do Brasil. Essa imensa ilha abriga quatro distritos (Breves, Portel, São Sebastião da Boa Vista e Soure), um subdistrito (Gurupá), além de igrejas que pertencem a outros distritos. No comando de Paraíso, que atende seis templos adventistas no interior de Breves, três equipes se deslocaram, por seis horas de navio, da cidade de Santana, no Amapá, às comunidades ribeirinhas do Mututi, Limão e Salvadozinho.
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No dia 28 de julho, um casamento comunitário foi realizado no Mututi, com a presença do Cartório de 2º Ofício de Breves. Ali, 27 casais participaram da cerimônia que recebeu 300 pessoas. Foram 39 batismos durante a conclusão de uma programa de evangelismo de 17 noites realizada pelos jovens.
Hospedados na Vila Maranata, habitada por famílias adventistas, os Calebes fizeram as visitações de canoa a motor, nos rios e ilhas da região. Sua presença contribuiu para o reavivamento da igreja local. No templo adventista do Limão, que completou um ano em junho, duas pessoas foram batizadas. Mesmo não sendo possível ligar o motor de luz na ocasião, o pastor Ribamar Diniz pregou sobre a “Luz do mundo” e, no rio, realizou a cerimônia sob a luz dos celulares e das estrelas.
No Rio Salvadozinho, um grupo de voluntárias ficou na residência do casal adventista Adelson Corrêa Cardoso e Michele Furtado Cardoso, que sonham com uma igreja na localidade. Para assistirem aos cultos, eles atravessam, em sua frágil embarcação, cada sábado, o perigoso Canal do Vieira até o Limão. Ali, Maria do Carmo de Andrade, Terezinha da Luz Monteiro e Socorro Viana ministraram estudos bíblicos, preparando pessoas para um evangelismo que será realizado no mês de agosto. O alvo é estabelecer uma nova congregação no Marajó.
De vila em vila
No distrito de Portel, seis pontos de evangelismo foram organizados pelo pastor Samuel Miguel. A série de estudos resultou em 66 batismos, agendamento de cinco casamentos comunitários e uma ação social na Colônia de Pescadores de Bagre, atendendo 100 pessoas com dois médicos e um dentista. Natalino Lopes dos Santos, líder de uma igreja evangélica, aceitou as doutrinas bíblicas apresentadas pela Igreja Adventista, apesar da forte oposição.
Ele afirmou que passou a vida toda achando que estava certo, mas, ao estudar, disse que “é aqui que eu quero estar e aqui eu vou ficar”. Quando a equipe de Calebes chegou à sua comunidade, no interior de Curralinho, vendo a estrutura do evangelismo, se ofereceu para ajudar, independente do que seria realizado.
No distrito de Soure, cidade turística do Marajó, dirigido pelo pastor Jair Presciliano, o projeto também alcançou resultados. “Em função da Missão Calebe, penetramos em duas comunidades com potencial para duas novas congregações no município de Salvaterra. Batizamos 10 pessoas", afirma Presciliano. Salvaterra conta com 54 vilas, havendo templos adventistas em apenas quatro delas.
No subdistrito de Gurupá, sob a liderança do pastor Ademar Callejas, 27 pessoas foram batizadas. A região recebeu a visita do presidente da Missão Oeste do Pará, sede administrativa da Igreja para a localidade, pastor Renato Seixas, que visitou várias congregações. A cidade de Ponta de Pedras, atendida pela Associação Norte do Pará, também realizou a Missão Calebe, segundo o pastor Rinaldo Ramiro, com os jovens à frente dos estudos bíblicos.
No município de Afuá, a Veneza marajoara, as duas igrejas adventistas realizaram evangelismo, batizando 13 pessoas. Uma delas já não batizava ninguém há mais de dois anos e o projeto animou os membros. Com o batismo de 30 pessoas no distrito de São Sebastião da Boa Vista, pastoreado por Jesunias Bezerra, e 43 em Breves, liderado por Luís Cunha, o destaque da Ilha do Marajó nessa edição do projeto foi o batismo total de 320 pessoas, comprovando que o adventismo está se expandido no maior arquipélago flúvio-marítimo do mundo.