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Iniciativa adventista influencia bióloga a ser doadora de sangue

Além de ajudar a salvar vidas regularmente há 10 anos, Brunna Eduarda também influencia outras pessoa a fazer o mesmo.


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Campanha Vida por Vidas 2019, iniciativa que estimula a população a doar sangue regularmente (Foto: Divulgação).

Hoje é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. De acordo com a Agência Brasil, apenas 1,6% da população doa sangue no País. Para ajudar a mudar essa realidade a Igreja Adventista criou o projeto Vida por Vidas, que incentiva a doação de sangue. Desde 2005, os jovens adventistas em toda a América do Sul participam ativamente do projeto. No Amazonas, eles são os maiores doadores no Estado. Em parceria com a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM), anualmente são coletadas cerca de 1.800 bolsas.

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A bióloga Brunna Eduarda Neves é doadora há 10 anos e sempre participa do projeto Vida por Vidas. A cada ano, ela realiza três doações, respeitando o período de intervalo indicado para mulheres.

Como foi sua primeira doação?

A primeira vez que doei foi com a minha turma da universidade, que também estava doando pela primeira vez. Foi chamado de “trote solidário”.

Você já viveu alguma experiência de ajuda direta para alguém que precisava de doadores?

Um primo meu foi diagnosticado com leucemia há alguns anos e estava em estágio avançado. Ele foi para o Rio de Janeiro e lá eu tinha um amigo que trabalhava no Ministério Jovem da Igreja Adventista e compartilhei com ele o post da esposa desse primo, informando que ele estava precisando de bolsas de sangue. Um mês depois, minha mãe me ligou dizendo que o meu primo tinha feito uma homenagem aos jovens adventistas no Facebook.

No post, ele falava que não conhecia nenhum dos 23 jovens que doaram, mas que sabia que eles foram enviados por Deus, pois o lema deles era: “Ele deu tudo para você doar um pouco”. E naquele ano era o nosso tema da campanha Vida por Vidas. Eu não sabia que um compartilhamento iria ajudá-lo, muito menos que 23 jovens que nem sabiam quem ele era também iriam se importar.

Nestes 10 anos de doação, o que ainda te motiva a fazer isso regularmente?

Saber que a minha vida pode ajudar a vida de outra pessoa mesmo que a gente nunca venha a se encontrar ou se conhecer.

"O dia da doação é sempre um dia festivo", destaca a jovem (Foto: Arquivo pessoal)

Para você, qual a importância do projeto Vida por Vidas?

O projeto é importante de dois modos. O primeiro é que ele ajuda a quebrar certos tabus irreais que ainda rondam a doação de sangue, pois derruba concepções arcaicas e até mesmo produz conhecimento. E o segundo modo é que enquanto cristãos passamos boa parte de nossa existência se questionando como podemos desenvolver dons, aplicar talentos e até mesmo nutrindo sonhos missionários que sempre nos levam para outro lugar, cultura e costumes.

Mas o Vida por Vidas existe para nos ensinar que Deus usa cada partícula de nosso corpo, nesse caso o sangue, para ilustrar, pregar, ensinar e nos fazer perceber que Ele é quem nos move, independente do que a gente esteja fazendo.

Já incentivou algum amigo ou familiar a doar também?

Sim. Meus amigos de turma da universidade, amigos da igreja e até a minha família.

Que conselho você pode dar para quem deseja ser um doador?

Deixe Deus usar você mais uma vez, agora dividindo uma parte sua, literalmente. A sua doação salva até quatro vidas. Não há como explicar o amor sem ser por meio de ação.

Brunna (esquerda) com amigos da igreja aguardando o momento da doação. (Foto: Arquivo pessoal)