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Igreja Adventista promove o dia do “Sim” e celebra a união civil de 50 casais

Em parceria com o Cartório Civil do Capão Redondo, casamento comunitário é gratuito e recebe mais de 700 convidados


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Casais que vivem há mais de 20 anos juntos também fizeram questão de regularizar a união civil

São Paulo, SP… [ASN] Cerca de cinquenta casais realizaram o sonho de subir ao altar para dizer o tão esperado “sim” à pessoa amada, durante o casamento civil comunitário que aconteceu no último domingo, 26, na Igreja Adventista da Alvorada, zona sul de São Paulo.

Na abertura do programa, um momento dedicado à reflexão e orientações para a vida a dois foi apresentado aos participantes. “O casamento foi instituído por Deus e deve ser uma benção na vida do casal. Porém, para dar certo, é necessário muito diálogo, respeito, amor. E isso implica em abrir, muitas vezes, mão das próprias vontades para entender e atender as necessidades do outro”, aconselha o pastor Henrique Gonçalves.

A cerimônia civil que teve início pela manhã, contou com a presença de mais de 700 convidados, entre familiares e amigos. “Sei quanto esse momento é importante na vida de todos que estão dando esse passo. Mas ver a alegria da minha irmã que esperou 10 anos para estar aqui com meu cunhado, não tem preço. É emocionante para mim que acompanhei a história e a luta deles”, conta Mônica Maria Cabral.

Parceria

Em sua sétima edição, o evento tem a parceria do Cartório Civil do Capão Redondo. “Milhares de casais ainda precisam regularizar a união, e a proposta dessa parceria é justamente ajudar as pessoas que não têm condições financeiras a normalizarem sua situação perante a lei. A igreja tem contribuído muito com a comunidade, com a gente. E esse trabalho realizado de forma organizada dá credibilidade, fortalece a ação”, afirma o juiz de paz, Márcio Ribeiro do Nascimento.

Além do juiz, o serviço de ajuda ao público teve a participação da escrevente Marina Gerevini que deseja oficializar a união com seu parceiro. “Faz seis anos que participo desse projeto. Tenho muita admiração pela igreja e também pela iniciativa. Vejo a alegria dos casais, das mulheres em realizar o sonho de casar. Confesso que a cada encontro fico emocionada e esperançosa de que em breve viverei essa emoção também”, afirma.

Como manda a tradição

Ainda que a cerimônia tivesse apenas efeito civil, e o uso do vestido de noiva e o terno não fosse obrigatório, alguns casais aproveitaram a oportunidade para se apresentar com o traje tradicional. “Acordei muito cedo para me preparar para essa ocasião única e fiz questão de casar de branco”, explica Karina Souza de Jesus que preferiu não ser vista antes da cerimônia pelo noivo Luiz de Oliveira Almeida. “Foi novidade pra mim. A Karina fez um mistério e quando a vi, ela estava linda”, elogia Almeida.

Sonho realizado

Celso Rodrigues dos Santos e Silvana David dos Santos estão juntos há 25 anos. Por conta de diversos fatores, o casal não conseguiu regularizar a situação no civil e acabou se acomodando. “Até que tentamos, mas nunca dava certo e aí chegou a hora em que não fomos mais atrás”, recorda Santos acometido por um Acidente Vascular Cerebral, AVC há três anos. “Foi complicada a recuperação, mas agradeço a Deus por ter uma esposa companheira. Estar aqui hoje é uma vitória”, reconhece.

Após o susto, eles decidiram organizar algumas questões que estavam pendentes. “Conseguimos resolver duas coisas que estavam nos incomodando bastante: a união civil e a vida religiosa. Tem um tempo que estamos estudando a Bíblia com amigos adventistas e queremos fazer parte da cerimônia do batismo e um dos requisitos é estar regular no civil. Hoje estamos muito felizes em celebrar esse momento tão esperado e importante, agora só falta a segunda parte para ficarmos completos”, afirma Silvana.

Projeto

A iniciativa surgiu em 2011 e funcionava junto ao programa de incentivo e apoio à saúde e bem-estar da sociedade, o Mutirão da Cidadania. “Desde o início do projeto centenas de pessoas oficializaram a união civil. Por ser um serviço que teve uma constante demanda, hoje ele atua separado ao Mutirão e tem o apoio dos Ministérios da Família e Pessoal da Igreja. também vemos nesse trabalho uma forma de alcançar pessoas para que elas aprendam mais sobre a Bíblia, sobre Deus”, explica Renato Passos, coordenador do programa social.

Inscrição

Para participar do programa social é possível se informar no próprio Cartório Civil do Capão Redondo ou com a liderança da Igreja da Alvorada, Rua Celavisa,77. “É importante enfatizar que o casamento comunitário é um serviço social sem efeito religioso, que a igreja disponibiliza junto ao cartório da região para ajudar os casais que vivem juntos em situação de vulnerabilidade a regularizarem a união civil e estarem de acordo com a lei”, ressalta o pastor da Igreja da Alvorada, Alberto Oliveira. [Equipe ASN – Danúbia França]

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Buquês de diversos tamanhos e cores deram um toque ainda mais especial à cerimônia civil