Ex-aluno doa seu tênis a menino de rua

40 alunos participaram da distribuição de sopa durante a noite de sábado(23)

Por Fabiana Lopes | Brasil

29 de junho de 2018

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Por Fabiana Lopes

Alunos do Projeto CASA distribuíram roupas e alimentos na Praça de Cascadura.

Solidariedade é um tema muito trabalhado num dos projetos desenvolvidos no Colégio Adventista de Jacarepaguá. No último sábado, dia 23 de junho, 40 alunos que participam do projeto CASA (Comunhão, Amor, Solidariedade e Amizade) distribuíram 150 quentinhas com sopa e agasalhos a moradores de rua na Praça de Cascadura.

A população que mora nas ruas da Cidade do Rio de Janeiro é maior do que o número de habitantes de 3.187 dos 5.570 municípios brasileiros. Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, 14.279 pessoas vivem nas ruas da capital carioca. Os dados são da planilha de abordagem de 2016. Os números indicam que a população de rua quase triplicou em três anos. (Fonte: O Dia)

Durante o sábado, os alunos estiveram no projeto CASA, junto com professores e amigos. E ao final do dia, foram motivados a irem para as ruas a distribuir alimentos e agasalhos, que foram recolhidos pelos alunos com amigos e familiares.

A escolha desta ação se deu pelas baixas temperaturas que a capital fluminense tem enfrentado nos últimos dias. "Para quem está na rua, ao relento, certamente a dificuldade é ainda maior. Como seres humanos, precisamos nos importar com o nosso próximo e fazer algo por ele", destacou o capelão do CAJ, pastor Victor Elias.

Victor Alves é ex-aluno do CAJ e gosta de participar do projeto. Ele conta que durante a distribuição uma criança se aproximou e perguntou se eles teriam um sapato, pois ele precisava de um. Mas nas doações havia apenas roupas, não calçados. E neste momento Victor tomou uma decisão que, segundo ele, 'mudou para sempre a minha vida'.

“Naquele momento eu fiquei num dilema entre dar meu tênis preferido ou ajudar o menino. Eu tenho outros três em casa e achei que o correto seria dar o meu pra ele. Às vezes a gente tem muito e as pessoas não têm nada. Espero poder fazer isso muito mais vezes, para que possamos alcançar muito mais pessoas para a terra de Jesus. Não vou esquecer a alegria no rosto do Bruno quando tirei o tênis e dei pra ele, quase não acreditou”, finalizou Victor.