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Comunidades remotas do Equador recebem ajuda de Agência Adventista

Dados mostram que 720 mil pessoas foram afetadas pelo terremoto que atingiu o país.


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Em várias localidades, população tem sofrido com falta de alimentos e água potável (Fotos: Miguel Roth)

Brasília, DF... [ASN] Os últimos relatórios após o terremoto de 7,8 que sacudiu o Equador em 16 de abril mostram que 720 mil pessoas foram afetadas pela catástrofe e que, até agora, causou a morte de 659 pessoas e o desaparecimento de 63 pessoas. Desse total, 25.629 delas foram deslocadas para outras localidades. O estado de emergência continua em seis províncias e alguns dos mais afetados são: Pedernales, Portoviejo e Manta em Manabí, Muisne em Esmeraldas e Guayaquil na província de Guayas.

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Paulo Lopes, diretor da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) na América do Sul, que vem trabalhando no Equador devido ao desastre, contou à Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN) que os danos mais graves foram verificados na província de Manabí.

Diante dessa situação, a ADRA informou por meio de um comunicado que a população carece de acesso à água, condições sanitárias, entre outros recursos. “É provável que as necessidades de saúde mental sejam elevadas entre os afetados, porque a população tem medo, falta de alimentos, água e roupas. Eles caminham pelas ruas tentando achar um lugar seguro para descansar”, diz o relatório.

De acordo com o Ministério da Economia e Inclusão Social (MIES), aproximadamente 35% dos abrigos foram danificados ou destruídos pelo terremoto na província de Manabí. A remoção de escombros continua sendo uma prioridade. Atualmente, há 25.640 pessoas em abrigos.

Emergência

Um dos problemas mais graves encontrados nas zonas afetadas é a distribuição de água potável, pois há uma contingência dos sistemas móveis de tratamento de água e tanques. O Presidente da República do Equador, Rafael Correa, destacou a necessidade urgente de latrinas para evitar uma crise sanitária.

Em Muisne, o sistema de água potável havia sido suspenso por várias semanas antes do terremoto. Em Pedernales, ele continua em operação, porém com uma capacidade de 30%. Outras áreas recuperaram 100% de seu sistema, embora as áreas afetadas permaneçam onde o acesso é entre 40 e 60%.

Ação da ADRA

No dia 23 de abril, a Agência Adventista começou a distribuir pacotes de alimentos e água potável para 400 famílias na província de Manabí como parte da primeira resposta da ADRA Equador, que teve um orçamento de 50 mil dólares.

A distribuição ocorreu na cidade de San Isidro e em outras 10 comunidades remotas pertencentes ao município. Para chegar a esses locais, os pacotes de comida e água foram transportados por cinco horas em caminhões, de Santo Domingo a San Isidro. Em seguida, motos de quatro rodas transportaram a ajuda para as comunidades remotas, o que levou uma hora e meia de viagem partindo de San Isidro.

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Por sua vez, Lopes anunciou que para a maioria das comunidades mencionadas, esta foi a primeira ajuda recebida desde o terremoto. Nesta semana, a ADRA distribuiu 12 mil litros de água para as comunidades remotas e campos deslocados de San Isidro. Os 20 mil litros restantes serão distribuídos nos próximos dias.

“Quando a ADRA chegou a San Isidro, não havia coordenação nem Comitê de Operações de Emergência no local. As pessoas estavam tentando obter todos os artigos de socorro armazenados em uma escola pela força”, conta Eric Leichner, coordenador regional de emergências para o terremoto no Equador.

A Agência distribuiu cerca de 70 toneladas de alimentos, 2.800 kits de higiene, 26.500 litros de água, além de roupas e colchões em 15 cidades diferentes. Lopes também acrescenta que a partir da quinta-feira, 28 de abril, começará a segunda resposta, que tem um orçamento de 100 mil dólares americanos. Desse valor, 50% virá da ADRA Sul-americana e 50% ajuda da ADRA Internacional (vários países).

Veja algumas imagens na galeria abaixo:

Atualmente, encontram-se ativos vários voluntários da agência humanitária adventista na maior parte das áreas afetadas, ajudando com diversas atividades, incluindo a distribuição de artigos de socorro, assistência na coordenação para a distribuição da ajuda, em avaliações de necessidades e apoiando com a logística, entre outras ações. [Equipe ASN, Cárolyn Azo]