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ADRA entra em ação após ciclone em Moçambique

O país ainda estava se recuperando de desastres anteriores quando o ciclone Eloise o atingiu.


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Propriedades foram destruídas pelas fortes chuvas, incluindo mais de 20.000 hectares de plantações agrícolas e milhares de lares. (Foto: Distribuição)

No dia 23 de janeiro, o ciclone tropical Eloise atingiu a costa de Beira, a quarta maior cidade de Moçambique em número de habitantes. O país já havia enfrentado inúmeros desastres anteriores, incluindo os ciclones Idai e Kenneth em 2019, a tempestade tropical Chalane em 2020, além da pandemia da COVID-19 e as rebeliões na região de Cabo Delgado. A equipe de resposta à emergências da ADRA, a agência humanitária adventista, reagiu imediatamente.

Eloise atingiu o continente como uma tempestade de categoria 1, seguida de fortes chuvas de 200 milímetros em 24 horas. Os relatórios meteorológicos locais previram que as chuvas continuariam por uma semana, afetando Manica e partes de Inhambane Zambézia. Esperava-se que o ciclone tropical Eloise atingiria o sul de Zimbábue, norte da África do Sul, o sul de Moçambique, Essuatíni e o leste de Botsuana, com alta precipitação cumulativa em algumas áreas.

“Nove feridos foram relatados, com um deles em condição crítica na província de Sofala. Nenhuma morte foi relatada”, disse Rumbidzai Musengi, coordenador de resposta de emergência da ADRA em Moçambique. “Propriedades foram destruídas pelas fortes chuvas, incluindo mais de 20.000 hectares de plantações agrícolas e milhares de lares. Os afetados foram evacuados pelas autoridades a centros de acomodações temporários", contou.

Em 23 de janeiro de 2021, Eloise atingiu o continente como uma tempestade de categoria 1, seguida de fortes chuvas de 200mm em 24 horas. (Foto: ADRA África)

A ADRA mobilizou equipes de ajuda e assistência nos distritos de Chibuto, Guijá e Massangena de Gaza. Dois distritos em Inhambane, incluindo Panda e Funhalouro, já estavam recebendo auxílio através do projeto Lean Season Assistance em parceira com o Programa Alimentar Mundial. Em Moçambique, o projeto provê assistência alimentar aos fazendeiros que vivem com o abastecimento alimentar baixo até as próximas safras e colheitas.

A ADRA também está coordenando com a Igreja Adventista do SétimoDia em Vilanculos e com outros parceiros um rápido levantamento das necessidades que precisam ser supridas assim que o ciclone e as chuvas diminuírem. “Nossa equipe está procurando dar uma resposta maior à medida que colocamos os recursos junto com o apoio da rede mundial da ADRA”, disse David Masinde, diretor da ADRA no país.

Moçambique foi assolado pelas enchentes severas da tempestade tropical de Chalane em dezembro de 2020, na qual mais de 9.300 famílias precisaram da ajuda do governo. Muitos receberam comida por uma semana e água potável. Durante esse tempo, a ADRA forneceu 200 tendas para pessoas que procuravam abrigo em Beira.

Enquanto os centros de acomodação forneceram abrigo improvisado para acomodar as necessidades de moradia, a ADRA forneceu produtos não-alimentares, incluindo máscaras, mosquiteiros, pratos e copos para 200 famílias em Beira para atender às necessidades imediatas.

Musengi explicou que reerguer-se dos ciclones anteriores não foi rápido o suficiente para proteger o povo de Beira do impacto da tempestade tropical Chalane. “Com o ciclone mais recente, a situação tornou-se pior para aqueles em áreas recém-reassentadas e em tendas e abrigos de lona”, afirmou.