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Igreja usa atividades lúdicas para falar sobre violência psicológica

Igreja usa atividades lúdicas para falar sobre violência psicológica

Ações sociais, piquenique e palestras envolvendo toda a família foram desenvolvidas para chamar atenção da comunidade


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Piquenique realizado em espaço de estudo bíblico para crianças (Foto: Divulgação)

Acreditando que através das crianças é possível educar e mudar o futuro que o projeto “Eu vou morar no céu” foi desenvolvido durante 30 dias nas igrejas das zonas Norte e Leste de Manaus. A ação faz parte do projeto Quebrando o Silêncio, que em 2022 fala sobre a violência psicológica.

Segundo a diretora do Ministério da Criança e Adolescente para o Norte do Amazonas, Aline de Oliveira, "o principal objetivo é levar as crianças a sonharem com o céu, um lugar perfeito e sem qualquer tipo de violência, só assim eles serão felizes”, detalha.

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O método tem dado certo. Na igreja do Monte das Oliveiras, a pequena Lara Lohana, de 10 anos, perdeu até as contas de tudo que já aprendeu em pouco tempo que começou a participar das atividades no local. “Eu venho sozinha, meus pais ainda não vieram a igreja, mas eu peço para eles orarem comigo antes das refeições e eles, mesmo não entendo, fazem por mim, e tudo que eu aprendo aqui falo para eles”, conta a pequena.

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Lara de 10 anos começou a participar do Clube de Desbravadores há um mês (Foto: Divulgação)

Uma tarefa nada fácil é prender atenção dos pequenos. Para isso um piquenique foi montado no meio da sala para que eles aprendam sobre o tema se divertindo. E assim foi em vários pontos da cidade. De acordo com a diretora do Ministério da Mulher para o Norte do Amazonas, Meiryanny Rezzuto, "a ideia este ano foi envolver a família toda nesse projeto. Todos os anos os homens ficavam olhando e muitas vezes não se envolviam. Este ano, eles foram peças fundamentais”, explica.

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Meiryanny Rezzuto, líder do Ministério da Mulher para o Norte e Leste do Amazonas (Foto: Divulgação)

Durante todo o mês de agosto foram realizadas passeatas, caminhadas, feira de saúde, oficinas e palestras em escolas da rede pública e privada de ensino do Amazonas. A estudante de 16 anos, Cristiane Oliveira, cursa o 1º ano do ensino médio e ficou impactada com tudo que ouviu da psicóloga e advogada que palestraram. “Muita coisa que eu ouvi aqui, nem sabia que era violência. Percebi que sofro violência psicológica em casa, na escola e nem sabia. Agora, com essa informação, vou conseguir procurar ajuda e ajudar outras pessoas também”, afirma.

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Aline Oliveira, líder do Ministério de Crianças e Adolescentes, que desenvolveu o projeto "Eu vou para o céu" (Foto: Divulgação)

A programação foi pensada para atender todos os públicos. Enquanto as crianças participam e aprendem no piquenique, os pais recebem orientações de como lidar com as emoções, com a ira e, principalmente, como identificar e evitar a violência psicológica.

O casal Edvaldo Mendes e Eucimara de Lima se tornaram adventistas recentemente e foram impactados pelo programa que envolveu os adultos e as crianças ao mesmo tempo. “Nosso filho de quatro anos está participando do piquenique e nós, da palestra. Isso é muito importante porque assim ficamos todos alinhados a Deus. Ouvir meu filho me dizer que quer me ver no céu reforça minha vontade e responsabilidade de seguir nos caminhos de Deus para manter ele firme”, detalha o pai.

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Edvaldo e Eucimara com o filho no encerramento das atividades (Foto: Divulgação)

Quebrando o Silêncio

Criado há 20 anos pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, tem feito a diferença na vida da sociedade. A pedagoga Neli Rute, que abriu as portas da Escola Estadual Ernesto Penaforte no São José I, zona leste de Manaus, afirma: “Fiquei feliz em receber o projeto em nossa escola. Nossos alunos sempre nos pedem para falarmos sobre violência e sei que eles aprenderam muita coisa. É importante ter esse apoio da igreja, pois esses jovens de hoje estão muito perdidos nesse mundo de informações”, relata.

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Passeatas foram realizadas nas ruas de Manaus pelo Ministério da Mulher

Se presenciar qualquer tipo de violência, denuncie pelo 188 ou 100, em caso de crianças e adolescentes.