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Frente Parlamentar Mista amplia apoio à liberdade religiosa no Brasil

Frente Parlamentar Mista amplia apoio à liberdade religiosa no Brasil

Primeira reunião ocorreu em Brasília nesta terça-feira e contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados.


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Em sua primeira reunião, representantes de entidades religiosas, apoiadores e políticos participaram da solenidade da Frente Parlamentar Mista Pela Liberdade Religiosa. (Foto: Márcia Ebinger)

Brasília, DF... [ASN] Apesar de ocupar o posto de nação que mais apoia a liberdade religiosa em todo o mundo, o Brasil ainda enfrenta situações que tem exigido mais atenção do poder público e órgãos dedicados ao tema. Mas se depender da recém criada Frente Parlamentar Mista Pela Liberdade Religiosa, esses desafios devem se tornar menores ao longo do tempo. Isso é o que foi sublinhado no primeiro encontro da bancada, que aconteceu na Câmara dos Deputados, em Brasília, na manhã desta terça-feira, 11 de agosto.

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Formada por 207 deputados e 12 senadores, ela foi estabelecida em fevereiro deste ano pelo deputado federal Moroni Torgan (DEM-CE) e conta com o apoio da Associação pela Liberdade Religiosa e Negócios (ALRN), da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania (Ablirc) e da Seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP). Também cooperam diversas entidades empresariais e religiosas, incluindo a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

O intuito é assegurar que a população tenha direito à realização de cultos religiosos e liturgias, e propor caminhos para que dificuldades e complicações relacionadas com a temática sejam solucionadas.

Torgan justifica que a razão fundamental da existência da bancada é que as pessoas possam acreditar livremente naquilo que bem entenderem, mas para que também respeitem aquilo que outros acreditam. “E tirar qualquer divergência que exista entre religiões, qualquer preconceito, qualquer atitude que não seja de amor. O amor e o respeito são fundamentais para que se possa acreditar livremente”, assegura.

Em defesa da liberdade

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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, compareceu ao evento e demonstrou seu apoio à Frente. (Foto: Márcia Ebinger)

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também compareceu à reunião e endossou o discurso. De acordo com ele, essa é uma das Frentes mais importantes criadas nesse ano legislativo. Assim como os demais, Cunha pontuou a necessidade de se respeitar as crenças de todos. “A Frente terá o total apoio nosso para que promova os debates e faça as denúncias que tiver que fazer daqueles que não cumprem o respeito às crenças dos outros”, exclama ao lembrar que ele mesmo, como evangélico, deve ter a mesma postura.

Neste primeiro encontro, parlamentares, representantes de denominações religiosas e apoiadores de organizações fizeram o uso da palavra para expressar a importância de se debater o tema de forma mais ampla, o que agora será possível. Dentre eles estiveram o pastor Rafael Rossi, diretor de Comunicação da Igreja Adventista do Sétimo Dia para oito países sul-americanos; pastor Hélio Carnassale, diretor de Liberdade Religiosa da mesma instituição; e Euler Bahia, reitor do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp).

Veja no vídeo abaixo o posicionamento da Igreja Adventista do Sétimo Dia em relação à liberdade religiosa:

O advogado Ricardo Cerqueira Leite, presidente da ALRN, espera que com essa iniciativa a questão seja melhor assimilada pela sociedade, já que muitos confundem liberdade religiosa, religiosidade e religião. “Liberdade religiosa é um direito de todas as pessoas. Espero que, por meio do Congresso, se possa ouvir e refletir sobre o tema”, enfatiza.

Ele lembra que um dos temas que precisam ser mais debatidos é a questão dos dias de guarda das diversas religiões, como o sábado, observado pelos judeus e adventistas do sétimo dia, que frequentemente está associado a questões trabalhistas. Além disso, muitos fiéis enfrentam dificuldades com concursos públicos e aulas que caem nos dias que são sagrados para eles. “A Frente Parlamentar existe para ouvir a sociedade e agir dentro de seus interesses. É uma grande oportunidade para avançar”, avalia. [Equipe ASN, Jefferson Paradello, com informações de Márcia Ebinger]