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Adventistas promovem a I Corrida pela Liberdade Religiosa do DF

Adventistas promovem a I Corrida pela Liberdade Religiosa do DF

Evento reuniu 100 corredores de diversas religiões


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Atletas profissionais, amadores e de "primeira viagem" participaram da competição [Fotos: Marcos Oliose]

Por Pâmela Meireles

 Apesar de abrigar uma população que professa diversas religiões, o Brasil ainda enfrenta situações relacionadas à intolerância religiosa. Para alertar sobre o tema, a Igreja Adventista do Sétimo Dia da Asa Norte promoveu a I Corrida pela Liberdade Religiosa do Distrito Federal. Cem corredores participaram da competição que aconteceu no último domingo, 19 de agosto.

Crianças não ficaram de fora

Desde o início do ano, o assunto vem sendo trabalhado na congregação. Através de uma pesquisa online aplicada aos membros, foi constatado que as pessoas não sabem seus direitos em relação à liberdade de crença e culto e como se defender em casos de intolerância. “Em parceria com o Ministério Jovem, resolvemos fazer essa corrida que é uma forma de alcançar também o público externo”, explica a advogada Elisabete Albuquerque, diretora de Liberdade Religiosa da Asa Norte.

“Os jovens são bastante atingidos principalmente dentro das universidades. Por isso a gente entrou com essa parceria, para poder ajudar a comunidade jovem da Igreja”, diz Calil Gibran, diretor do Ministério Jovem da Asa Norte. Lizzi Araújo é um exemplo disso. A estudante de Agronomia teve que adiar o sonho da formatura por causa da intolerância de um professor. “Eu usava saia para ir para a faculdade.

E, por isso, o professor identificou que eu era evangélica, e ele não gostava de pessoas evangélicas. Então, ele começou a me perseguir. E, por causa disso, tive que ficar mais um semestre fazendo apenas uma matéria. Devido aos problemas que enfrentei com ele, eu reprovei”, conta.

Vencedoras da categoria feminina

Durante a programação, foram recolhidas assinaturas para um abaixo-assinado de apoio ao projeto de lei que visa o combate à intolerância religiosa nas escolas públicas do Distrito Federal. O advogado Bernardo Pablo Sukkienik, presidente do Observatório da Liberdade Religiosa, explica que o objetivo é preparar as próximas gerações para conviver com a diversidade. “Também há o aspecto repressivo para quando surgir algum incidente relacionado à intolerância religiosa”, diz.

O evento contou com a participação de diversos públicos, incluindo corredores profissionais. Leonardo Padilha venceu a competição masculina em primeiro lugar e destaca a relevância da temática. “Sou católico e acho muito importante a iniciativa da Igreja Adventista, pois cada um tem que respeitar a religião do outro, não importa qual seja”, conclui.