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A Igreja e a liberdade de pensamento no século 21

A Igreja e a liberdade de pensamento no século 21

O escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro “O Pequeno Príncipe”, deu à liberdade de pensamento uma condição exclusiva: “Só conheço uma liberdade, e essa é a liberdade de pensamento”, afirmou. É uma frase oportuna para ser lembrada ne...


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O escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro “O Pequeno Príncipe”, deu à liberdade de pensamento uma condição exclusiva: “Só conheço uma liberdade, e essa é a liberdade de pensamento”, afirmou.

É uma frase oportuna para ser lembrada neste 14 de julho, Dia Mundial da Liberdade de Pensamento. A data remete à Queda da Bastilha, evento central da Revolução Francesa, que marcou o fim do absolutismo que regia privilégios a uma monarquia associada ao clero. Em seguida, foi aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte da França a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

A liberdade de pensamento assegura a qualquer pessoa o direito de manter e defender sua posição sobre fatos, ideias, opiniões, independente das visões dos outros. "Todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento, consciência e religião", descreve a Declaração Universal dos Direitos Humanos, no artigo 18.

Liberdade de Pensamento e a Igreja

Historicamente, a Igreja Adventista do Sétimo Dia se posicionou a favor da liberdade de pensamento. E entende as conexões que existem entre esta e outras liberdades - como a liberdade religiosa e de consciência.  Compreende, ainda, que é preciso defender este direito para todas as pessoas. Ellen White observa esse ponto citando o exemplo dos puritanos, comunidade protestante perseguida na Inglaterra do século 17, por suas convicções religiosas e seu pensamento acerca da forma como a monarquia se relacionava com as confissões.

Perseguidos, eles encontraram liberdade para se estabelecer nos Estados Unidos. Mas falharam em compreender o aspecto central da liberdade: não deve ser um privilégio de um grupo, mas um direito de todos. “A liberdade que eles sacrificaram tanto para assegurar para si mesmos, não estavam igualmente dispostos a conceder a outros”, escreveu Ellen White, no livro “O Grande Conflito”. Ela ainda criticou as relações que passaram a ter com o Estado, buscando favorecimentos. “O regulamento adotado pelos primeiros colonos, de permitir que apenas membros da igreja votassem ou ocupassem cargos no governo civil, levou aos resultados mais perniciosos. Essa medida foi aceita como meio de preservar a pureza do estado, mas resultou na corrupção da igreja”, descreveu.

Quando foi fundada, pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Associação de Liberdade Religiosa Nacional, em 21 de junho de 1889, nos Estados Unidos, a declaração de princípios descreveu: “Acreditamos que é o certo e que deve ser o privilégio de todo homem adorar de acordo com o que dita a sua própria consciência.”

E nos dias de hoje, como devemos perceber a liberdade de pensamento? Para refletir a partir desta pergunta, a ASN convidou líderes do Fórum Regional de Liberdade Religiosa (FORLIR) nas cidades da Bahia onde este serviço da Igreja Adventista, para defesa, proteção e promoção da liberdade religiosa, está constituído. No vídeo abaixo, acompanhe a participação da advogada Raíssa Carmen Castro, coordenadora do FORLIR em Juazeiro; a também advogada Juliana Lima, que coordena o fórum em Vitória da Conquista; o advogado Daniel Henrique da Rocha, coordenador do FORLIR em Itabuna; e a universitária Jacsãn Ferreira de Melo, coordenadora do fórum de Senhor do Bonfim.