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Relatório traça perfil dos pastores distritais adventistas na América do Sul

Levantamento sobre pastores distritais foi apresentado pela Secretaria Executiva da sede adventista durante Comissão Diretiva Plenária.


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Heidinger apresentou, também, informações sobre os pastores localizados em maiores altitudes, com maior região geográfica, entre outras curiosidades. Ministério adventista é diversificado. (Foto: Gustavo Leighton)

A atividade ministerial é considerada a linha de frente de qualquer igreja protestante. No caso da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o fenômeno se repete. Por essa razão, os responsáveis pela Secretaria Executiva da sede sul-americana apresentaram um relatório a respeito do perfil dos pastores distritais adventistas no domingo, 15, durante a Comissão Diretiva Plenária. O encontro administrativo vai até a próxima terça-feira, 17.

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Crescimento de pastores distritais

Ao analisar uma linha histórica apresentada, desde 1971, alguns dados chamam a atenção. Naquele ano, havia apenas 517 pastores distritais ativos na Igreja Adventista no território sul-americano. Em 2020, o número chegou a 3.681, ou seja, um crescimento de 612% em 50 anos. Dados mundiais, por outro lado, mostram um crescimento proporcional menor no mesmo período (272%). Em 1971, eram 7.162 pastores adventistas contra 23.675 em 2020.

A proporção entre número de membros e de pastores distritais é outro dado importante exposto no relatório. Essa relação tem a ver com o tipo de atendimento às pessoas. E, obviamente, com a capacidade de pastorear a própria área geográfica em que a comunidade adventista está inserida.

Na imagem, comparativo entre o crescimento de pastores distritais adventistas na América do Sul (sigla DSA) e em nível mundial (sigla AG). (Foto: Reprodução)

Pastores distritais mais jovens

Hoje, é preciso pensar em pastores adventistas como predominantemente jovens, entre 22 e 45 anos de idade. Pelo menos 62,7% dos ministros adventistas se encontram nessa faixa etária. Já os pastores entre 46 e 65 anos de idade representam 37,3%.

A maior parte dos pastores distritais adventistas (50,9%) atua no ministério há apenas dez anos. Se considerar pastores com ministério entre 11 e 20 anos, o percentual é de 28,2%. Os pastores acima de 20 anos no ministério totalizam 20,9%. Os mais experientes (com tempo de serviço acima de 30 anos) é de apenas 7%.

Definitivamente os dados não deixam dúvidas. Maioria dos pastores distritais adventistas na ativa tem menos até 45 anos de idade. (Foto: Reprodução)

Atenção aos membros

Dentro desse panorama, é muito válido entender como está a atenção dos pastores distritais aos membros. No ano de 1971, no território sul-americano adventista a proporção existente era de 566 membros para cada pastor distrital. Em 2020, essa relação ficou em 698 membros para cada pastor distrital.

Para conhecimento e contextualização, é fundamental saber que pelo menos 54,7% dos distritos estão entre 401 e 800 membros. E 24,3% dos distritos possuem entre 801 e 1.200 membros. Os distritos menores (até 400 membros) representam 12% do total.

Um dos desafios adventistas é o de desenvolver um ambiente de maior cuidado pastoral em relação aos membros. (Foto: Reprodução)

Batismos e congregações

Um cruzamento curioso tem a ver com a questão de batismos por congregações. E isso significa um impacto direto na questão do trabalho pastoral. Os distritos que possuem mais de 20 congregações, de acordo com os dados, precisam de menos membros para cada batismo (a proporção fica em 9,5 membros x batismo). Ao mesmo tempo, distritos com até duas congregações apenas (ou seja, distritos menores em quantidade de congregações) apresentam uma proporção de 28,8 membros x batismo.

Um outro recorte, também conectado a batismos e atendimento a pessoas, mostra diminuição na quantidade de congregações atendidas pelos pastores distritais. Em 2001, a proporção era de 9,4 (quase 10) congregações por pastor. Já no ano de 2020, essa relação ficou em 7,8 (quase 8) congregações por pastor.

Desafio do pastoreio

Para o pastor Edward Heidinger, secretário-executivo da sede sul-americana adventista, as informações devem levar à reflexão sobre o trabalho pastoral. “Os dados levantados ajudam na compreensão sobre como o papel do pastor é significativo nos dias de hoje. Mas, para isso, precisamos saber exatamente quem são e qual é a relação disso com os distritos e membros”, ressalta.

Já o pastor Lucas Alves, secretário ministerial da sede sul-americana adventista, reforça o evidente desafio de um pastoreio maior e melhor. Ele considera muito importante perceber que os pastores devem encontrar condições de estar mais presentes como capacitadores dos membros. “Todos estão envolvidos na missão. Não se trata de uma atividade exclusiva do pastor, por isso essa proximidade entre ministro e membro é essencial”, destaca.

Ainda segundo Alves, é relevante que a Igreja contribua para o desenvolvimento ministerial dentro da realidade de hoje. “Queremos que as necessidades dos membros sejam atendidas de acordo com o preparo maior do ministério em suas diferentes áreas de atuação”, arremata.