Perfil dos adventistas sul-americanos reafirma desafio do discipulado
Adventistas sul-americano colocaram como meta o discipulado para enfrentar desafio de alcançar as novas gerações e evitar saída de membros
Por Felipe Lemos
Se a Igreja Adventista do Sétimo Dia no território sul-americano tivesse 100 membros, pelo menos 7 seriam crianças, 10 adolescentes 29 jovens, 43 adultos e 11 idosos. Seriam 56 mulheres e 44 homens. Esse é o retrato atual dos adventistas na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. No relatório apresentado pelo pastor Edward Heidinger, secretário executivo da Igreja, um dado, no entanto, preocupa, principalmente quando uma das ênfases da Igreja é o discipulado, ou seja, pessoas cuidando para que outras pessoas fiquem firmes na sua fé.
De acordo com as estatísticas apresentadas na manhã de domingo, 5, no Concílio Anual, se a Igreja Adventista tivesse 100 membros, nos últimos cinco anos 10 novas pessoas se tornariam membros por batismo, rebatismo ou profissão de fé. E metade, ou seja, cinco pessoas deixaram a Igreja, sendo 3 por remoção e 2 por desaparecimento.
Heidinger explicou que a remoção é o termo mais apropriado para designar o ato administrativo realizado quando uma pessoa deixa de ser membro por uma decisão da igreja local ou ela mesma pede para deixar de ser membro. Diferente do desaparecimento, que é o abandono da fé. Esses dados, na avaliação do secretário, reafirmam a importância do trabalho intenso para que ocorra o discipulado, ou seja, uma ação permanente para que as pessoas não ocupem apenas listas de registro na denominação. Mas que efetivamente sejam membros ativos, preocupados com o envolvimento na missão de ensinar e viver o evangelho de maneira a influenciar outros.
Veja outros dados que foram apresentados nesta manhã. Levando em conta se a Igreja tivesse 100 membros:
Relatório financeiro
Ainda na manhã deste domingo, o pastor Marlon Lopes, diretor financeiro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, apresentou o relatório sob o ponto de vista do crescimento de dízimos e ofertas. Em termos gerais, houve um crescimento, medido em dólares, nesses dois aspectos na região atendida pela Divisão Sul-Americana. Segundo Lopes, o crescimento de dízimos foi de 8,34% na comparação entre setembro desse ano e setembro do ano passado. Já no caso das ofertas voluntárias, que não tem um percentual especificado para ser doado, o aumento foi de 11,45% no mesmo período.
Quando se faz um comparativo entre o percentual de dizimistas adventistas sul-americanos em relação a outras partes do mundo, o grupo sul-americanos representou, em 2016, 20,91% do total de dízimos devolvidos em todo o mundo.
O pastor Erton Köhler, presidente da Igreja Adventista sul-americana, ressaltou que, mesmo diante de crises financeiras que assolam países como o Brasil e outras nações sul-americanas, foi possível ver a fidelidade das pessoas e as bênçãos divinas. Além disso, Köhler salientou que o momento é de contenção de despesas nas sedes administrativas para que todos os recursos sejam empregados no cumprimento da missão diretamente nas igrejas locais.