Igreja vota ajustes financeiros para enfrentar impacto de pandemia
Os ajustes financeiros são resultado de uma atitude responsável e cuidado da organização adventista diante dos efeitos econômicos da pandemia.
O impacto financeiro global sobre as organizações, por conta da pandemia do Covid-19, é inegável. Analistas preveem efeitos diretos sobre as finanças de vários países. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta um crescimento global bem menor em 2020, dependendo dos desdobramentos quanto a fábricas fechadas e trabalhadores parados em função das medidas de distanciamento social recomendadas.
A Comissão Diretiva da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul, ciente do cenário, votou, nesta quarta-feira, 1, ajustes financeiros na sua operação em oito países para se adequar à realidade. As decisões representarão uma redução significativa em relação aos custos gerais da igreja em nível sul-americano. "Somos muito conscientes do nosso papel na evangelização e não vamos reduzir a ênfase e o foco no ensino e na pregação da mensagem bíblica. As mudanças procuram suspender temporariamente alguns custos administrativos e reduzir outros, que permitirão mantermos um trabalho adequado nesta hora", afirma Marlon Lopes, diretor financeiro da instituição para esse território.
Para a tomada da decisão, foram analisados pelo menos três cenários possíveis de atuação no momento de crise. "A Igreja Adventista avaliou as possibilidades, está preparada para enfrentar a crise em um primeiro momento e tem planos alternativos para as etapas seguintes. Lidamos com o assunto de maneira cuidadosa e responsável. E, agora, a prioridade é manter o funcionamento da igreja nos seus diferentes níveis, dando atenção especial à linha de frente com os templos locais e a pregação do evangelho que não podem ser afetados", comenta o pastor Erton Köhler, presidente da Igreja Adventista na América do Sul.
Visão geral dos ajustes
De maneira geral, os delegados da Comissão Diretiva, reunidos por videoconferência, decidiram aprovar ajustes válidos para os meses de abril, maio e junho de 2020. Tratam-se de 51 ações, que incluem redução de gastos, suspensão e cancelamentos de eventos, produção de materiais, além da decisão de manter a maior parte dos funcionários no trabalho em sistema de home office.
O pastor Erton Köhler explica, ainda, que o voto tomado pela Comissão Diretiva da Igreja em nível sul-americano definiu linhas gerais para reduções. Isso significa que as sedes regionais, ao avaliarem a situação local, aprofundarão seus estudos e realizarão diminuições maiores nas despesas.
Em relação aos auxílios para os templos locais, foi votado que cada União ou Campo (sedes administrativas adventistas) estude as melhores maneiras de apoiar as igrejas.
Fundo de emergências
A Comissão Diretiva definiu um valor elevado de recursos a serem repassados aos campos, Uniões e instituições. O recurso faz parte do Fundo de Emergências da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista e servirá para atender, também, às necessidades de muitos templos e a manutenção da pregação do evangelho. Em alguns locais, os cultos estão suspensos, há pelo menos três semanas, com diminuição das receitas necessárias para a manutenção.