Notícias Adventistas

Institucional

Expedição revive trilha dos pioneiros adventistas no Brasil

Caminho trilhado por pioneiros adventistas em Santa Catarina é revivido em tour religioso. Ideia é resgatar memória na região.


  • Compartilhar:
Vista aérea de um dos locais com recordações de chegada do adventismo ao Brasil no começo do século XX (Foto: Michela Borges)

Natural de Criciúma, em Santa Catarina, Michela Borges Nunes é apaixonada por viagens. Ela criou o blog Mapa na Mão porque muitas pessoas a procuravam para pedir informações, conselhos e dicas de viagem. Então veio a ideia: “Por que não passar essas informações a outros? Por que não ajudar mais pessoas a viajar? Por que não inspirar pessoas a sair de sua ‘bolha’ e colocar os pés na estrada?” Assim o blog, suas redes sociais e o canal no YouTube nasceram em 2016. Além de viajar, que é algo que ela, o esposo e as filhas apreciam muito, Michela preenche um pouco do tempo descrevendo lugares, inspirando e ajudando pessoas a realizar sonhos.

Em conversa com a Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN), ela contou sobre a expedição que foi montada para reviver locais históricos importantes para o adventismo no Estado de Santa Catarina. O primeiro grupo, formado por 20 pessoas, percorreu o roteiro no início do mês de agosto. Veja os detalhes na entrevista a seguir.

Leia também:

Grupo de participantes do tour pioneiro missionário. Intenção é fortalecer memória adventista. (Foto: Michela Borges)

Como surgiu a ideia de organizar uma expedição aos lugares históricos dos primórdios do adventismo no Brasil?

Em um sábado à tarde, eu estava assistindo a um vídeo no canal do YouTube do meu irmão, pastor Michelson Borges, no qual ele relatava partes da história da Igreja Adventista no Brasil. Ele fala, também, sobre os lugares onde tudo começou, onde os pioneiros passaram, onde batismos foram realizados... e pensei: “Por que não conhecer esses lugares e levar outras pessoas também? Afinal, essa história deve ser contada e recontada. Assim, surgiu a ideia em meu coração. Tenho certeza de que o Espírito Santo foi quem plantou essa sementinha. Conversei com o meu irmão sobre a ideia, ele ficou muito feliz e me disse que sonhava com esse tipo de projeto havia anos, mas nunca tinha comentado com ninguém a respeito. Começamos a traçar o roteiro e sonhar com sua execução.

Quais os lugares visitados por vocês?

Florianópolis (Associação Catarinense, sede da Igreja para parte do Estado), Itajaí (porto), Brusque (rio Itajaí-Mirim e Casarão Hort), Blumenau, Gaspar Alto (primeiro templo adventista no Brasil) e Pomerode.

Quais os critérios usados para escolher esses lugares?

Ao traçarmos o roteiro, fomos pensando em cada detalhe. Como tudo começou, por onde os materiais impressos adventistas chegaram primeiro ao Brasil. Além disso, levamos em conta, também, onde ficam os rios em que foram realizados o segundo e o terceiro batismos adventistas no País. Sem falar na primeira Santa Ceia, na casa para onde os materiais foram enviados e distribuídos, a primeira igreja formalmente organizada. Incluímos, ainda, alguns lugares de importância turística de Santa Catarina, como Blumenau e Pomerode, a cidade mais alemã do Brasil, para contextualizarmos a história e, também, mostrarmos um pouco da beleza desse Estado rico e acolhedor.

Fale um pouco sobre o grupo que participou dessa primeira expedição. Qual foi o impacto da excursão sobre essas pessoas?

O grupo não poderia ser melhor. Pessoas amáveis, interessadas, felizes, que também sonhavam em conhecer lugares tão importantes na nossa história e compartilharam conosco todos esses momentos. Impossível não amar cada um dos participantes. À medida que íamos nos conhecendo, o carinho ia aumentando, porque, de fato, esse grupo foi especial. Ali criamos laços de amizade. Rimos juntos. Aprendemos juntos. Choramos juntos. Descobrimos que alguns estão passando por momentos difíceis, tentando a cura para feridas abertas, e aproveitaram a oportunidade para se divertir em uma grande família.

Havia também um casal lindo comemorando aniversário de casamento. Outros estavam ali para superar desafios, aliviar o estresse, sair da rotina. Mas todos, com certeza, tinham o desejo de pisar onde pioneiros corajosos pisaram há décadas; ouvir histórias, reavivar a fé e a coragem para seguir em frente. Com certeza, a expedição trouxe um impacto positivo em cada um dos participantes.

Por que você considera importante conhecer a história do adventismo?

É gostoso saber de onde viemos, não é mesmo? Conhecer o caminho que nossos antepassados trilharam, o que houve para chegarmos até aqui. Gosto de ouvir histórias. Não poderia ser diferente com a história do adventismo. Aqueles homens e aquelas mulheres destemidos e de fé passaram dificuldades e desafios que nem imaginamos no século em que vivemos. Mas passaram com coragem e fé, e graças a eles pude conhecer a mensagem adventista. Não é lindo? Como não conhecer um pouquinho da história desses pioneiros? Essa é também a história da minha igreja; a minha história.

Quais os planos futuros em relação a essas expedições?

Fiz essa expedição como experiência, pois não sabia como seria, se daria certo. Mas a minha felicidade em ver a alegria de todas aquelas pessoas, de perceber que a fé delas foi reavivada, de ter passado momentos maravilhosos ao lado desse grupo foi tanta que já sonho com outras expedições. Agora preciso verificar datas e começar a planejar, mas com certeza, até pelo número de pessoas que vêm pedindo para participar, outras expedições virão. Precisamos contar e reviver essa história, e precisamos passá-la também aos jovens. Cada viajante pode ser um replicador em sua casa, família, igreja. Essa história serve para assimilarmos de onde viemos e para nos fortalecer para seguirmos firmes até o fim – a volta do nosso amado Jesus.

Para mais informações, ligue ou escreva para (48) 99933 - 1849.