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Em defesa da identidade adventista

Entenda cinco preocupações que precisam ser observadas para que a Igreja fortaleça sua missão de conduzir pessoas a Cristo.


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Uma fé sólida, baseada na Bíblia, protege contra influências danosas à vida cristã (Foto: Shutterstock)

Pelo menos uma hora das reuniões da Comissão Diretiva Plenária foi dedicada a reafirmar a identidade da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O reitor do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia (Salt), doutor Adolfo Suárez, apresentou algumas preocupações atuais em relação a ameaças à questão.

A argumentação de Suárez é justificada pela percepção de que o adventismo não pode perder as características que historicamente sempre o definiram. Por isso, ele destacou que, mesmo após 156 anos desde que foi organizada, a Igreja Adventista do Sétimo Dia precisa ratificar suas crenças. “Há uma preocupação que certamente deveria incomodar a todos nós: a perda ou diluição da identidade adventista em meio à cultura religiosa e secular atuais”, comentou.

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O pastor Erton Köhler, presidente da denominação para oito países sul-americanos, sublinhou que as observações são importantes para a reflexão da liderança da Igreja.

Os principais pontos ressaltados por Adolfo Suárez foram:

Suárez pediu aos participantes da reunião que fizessem uma análise de cada um dos tópicos (Foto: Gustavo Leighton)

Cuidados com autores e leituras

Para ­ele, as leituras e autores seculares e evangélicos podem ser utilizados em pesquisas para elaboração de materiais, mas não podem ser a base para fundamentação teológica da Igreja Adventista. “Se a Bíblia, os escritos de Ellen White e obras adventistas de referência ocupam um lugar de menor importância, nossa teologia está em problemas e, também, o trabalho pastoral”, ressaltou.

Consistência bíblica das mensagens nos púlpitos das igrejas

A preocupação levantada pelo reitor é quanto à crescente tendência de enfraquecimento da mensagem bíblica como uma verdade absoluta. “Infelizmente, em muitos púlpitos, a mensagem adventista deixou de ser uma declaração e se tornou uma proposição. Deixou de ser uma revelação e tornou-se um aconselhamento. Deixou de ser um ‘assim diz o Senhor’ e se tornou um ‘eu acho que, eu penso que’”, avaliou Suárez.

Uso de termos seculares e humanistas pelos adventistas

O teólogo destacou a necessidade de cuidado com termos seculares e humanistas para expressar atividades e ideias supostamente bíblicas. Ele esclareceu que há preocupações a respeito de expressões e conceitos relacionados, por exemplo, a ideias de coach espiritual e mentoria como sinônimo de discipulado. Suárez apresentou uma pesquisa que aponta a origem dos termos. E assegurou que não há base bíblica para associá-los a atividades desenvolvidas pela Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Verdade bíblica x cultura e conhecimento humanos

Outra preocupação apresentada durante a Comissão Diretiva Plenária foi quanto à relação entre verdade bíblica e cultura, e conhecimentos humanos. Na visão de Suárez, “isto implica que não devemos permitir que a cultura e o conhecimento humano moldem nossas crenças; não devemos permitir que os estudos acadêmicos formatem nossos conceitos e práticas eclesiásticas. Não devemos entronizar os especialistas, e, sim, entronizar a Escritura como a referência definitiva de nossas crenças e práticas”, salientou.

Fortalecimento da ideia da Igreja Adventista como remanescente

A Igreja Adventista do Sétimo Dia deve agir sempre, em contato com os diferentes públicos, como remanescente de Deus. Na ótica do reitor, a identidade, ou seja, o conjunto de valores e crenças adventistas, não pode ser escondida e nem minimizada em função de diferentes abordagens para alcançar públicos diferenciados.