Niterói, RJ ... [ASN] Os relatos históricos não são muito precisos, como em outras partes do país, mas é certo que a mensagem adventista chegou a região sudeste do Brasil primeiramente no estado do Espírito Santo, no final da década de 1890. Alemães colonizaram o estado, trazendo a agricultura do café e junto o adventismo, através do livro O Grande Conflito, de Ellen White.

Alguns registros de entrevistas com pioneiros da época informam que houve uma intensa e violenta reação contra os missionários, incluindo Alberto Stauffer, que evangelizava a região de Santa Maria de Jetibá, onde foi inaugurada a primeira igreja do estado.

Pouco tempo depois a mensagem chegou então região de Serra Pelada, e a igreja tinha famílias conhecidas como os Storch, Westphal, Zahn, Kloss, entre outros. No norte do estado, a chegada do adventismo conta com a travessia do Rio Doce, na região de Colatina, para a inauguração de uma nova igreja no município de Graça Aranha, formando fortes núcleos da Igreja em Baixo Guandu e Laranja da Terra.

Em 1919 foram enviados oficialmente os primeiros obreiros a Vitória, capital do estado, e, seis anos depois, foi aberta a Associação Rio Espírito Santo, abrangendo, além dos dois estados, parte da Bahia e de Minas Gerais.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, também foram os missionários da página impressa os primeiros a desembarcar, por volta de 1994. A igreja do Méier é a mais antiga, instituída no final de 1895, porém ainda sem sede própria.

Em 1913, a cidade de Niterói, onde hoje está instalada a sede da União Sudeste Brasileira, recebeu a primeira adventista, mas o primeiro templo só seria inaugurado duas décadas depois, em 1940, junto com uma escola adventista.

Na região norte do estado, a estratégia missionária teve a fotografia como atrativo, e, em Campos, o livro A vida de Jesus era a base do evangelismo.

Uma menina de 12 anos, que conhecera os adventistas em Conceição de Macabu, foi a responsável pelo estabelecimento da igreja em Itaboraí.

Minas Gerais

Foram dois colportores os primeiros missionários a chegarem ao estado de Minas Gerais, na região de Teófilo Otoni. Perto do início do século XX, quando a capital mineira foi transferida de Ouro Preto para Belo Horizonte, os colportores Germano Conrad e Emilio Froemming foram enviados para a região.

No caminho, eles passaram próximo de Juiz de Fora, no sul do estado, onde evangelizaram alguns metodistas. Não há registros da chegada destes dois missionários a nova capital, e, oficialmente, o livro Sevenrh-Day Adventist Church aponta a chegada da colportora norte-americana, Maria Kroeker e o esposo, o também colportor Jacob Kroeker a Belo Horizonte.

Em 1915 foi realizada a primeira Escola Sabatina na capital mineira, e, um ano depois foi fundada a Missão Minas Gerais, tendo como presidente Claurence Emerson Rentfro.

O espírito missionário dos voluntários que desbravavam o Brasil sobre o lombo de animais ou a pé motivava os novos conversos para a expansão. São constantes os relatos disso, como a história de Henrique Goebel e Antônio Teixeira, que decidiram doar um terreno para a construção de uma igreja na região de Juiz de Fora, por volta de 1917.

Porém, não havia dinheiro para a obra e, durante uma década, os cultos aconteceram na casa dos Goebel ou em salões alugados, até que, em 1928, foi inaugurado o primeiro templo, ato comemorado com o batismo de seis pessoas.

A chegada do adventismo ao norte de Minas, mais precisamente na região de Montes Claros, que hoje sedia a Missão Mineira Norte, tem a ver com a mudança do casal José e Cipriana Mendes para a capital, em busca de melhores condições financeiras para a família.

Era 1932, e na capital mineira acontecia uma série de conferências realizada pelo pastor Daniel Feder, e Cipriana encontrou um convite jogado no chão. Naquele mesmo ano ela foi batizada.

Com a saúde debilitada, por volta de 1944, ela e a família voltaram ao norte do estado, onde aproveitava para presentear os conhecidos com o livro O Grande Conflito. Domingos Mendes, que é o filho do casal, herdou o espírito missionário da mãe e é o responsável pela inauguração de várias igrejas na região.

A educação e saúde como ferramentas missionárias

Em 1913, 36 alunos começaram a ser atendidos na “Escola Paroquial” em Serra Pelada/ES, com o trabalho do professor Jacob Peterson.Em Belo Horizonte a ferramenta foram as aulas de inglês, ministradas pelos colportores pioneiros.

O crescimento do adventismo na região norte de Minas Gerais foi impulsionado pela obra médico-missionária desenvolvida por cerca de 20 anos a beira do Rio São Francisco.

Ações sociais comandadas pela ADRA (Agência Adventista de Desnvolvimento e Recursos Assistenciais) foram também o cartão de visita dos adventistas.

Veja a estatística atual da Igreja na Região 

Espírito Santo – Atualmente tem cerca de 560 igrejas e 49 mil membros, duas associações – Sul Espírito Santense e Espírito Santense

Minas Gerais – Atualmente tem cerca de mil igrejas e 75 mil membros, em quatro sedes administrativas: Associações Mineira Central, Mineira Sul e Mineira Leste e a Missão Mineira Norte.

Rio de Janeiro - Atualmente tem cerca de 380 igrejas e 58 mil membros, em três sedes administrativas: Associações Rio de Janeiro, Rio Sul e Rio Fluminense.

 

[Esquipe ASN, Francis Matos, com colaboração das equipes das Associações]