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Inclusão

Ex-acolhido da ADRA é aprovado em Universidade Federal da Bahia

“Era um jovem que se destacava pela prontidão, pelos desejos e anseios de perspectivas positivas para o futuro”


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Doriel Silva, de origem indígena, viveu um conflito após o outro, até se ver em situação de rua. Um menino abandonado e rejeitado, que lutou e persistiu até conseguir realizar seus sonhos. Durante muitos anos, entre idas e vindas, em situações que jamais imaginou viver, no pior estágio que passou, surgiu a esperança de dias melhores. Segundo o próprio Doriel, a influência que a ADRA trouxe para sua vida, mudou todo o rumo e o direcionou a conquistas que ele sabia que eram possíveis. “Quando fui acolhido pela ADRA no ano de 2017, achei que seria somente um abrigo para dormir, mas foi muito mais que isso, encontrei um universo de oportunidades”, relatou.

 

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Luzidete Souza, que na época coordenava uma das unidades de acolhimento a moradores de rua da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), no bairro Garcia, em Salvador, BA, contou que é difícil lembrar da trajetória de cada acolhido, mas a história de Doriel marcou bastante “Ele foi um caso que se destacou de todos os outros, pela força de vontade e desejo de superação” comentou. O jovem, que apresentava um comportamento diferenciado na unidade, não apresentava ser usuário de substância psicoativas e tinha boa comunicação, segundo relato dos coordenadores do projeto. A vantagem de ter concluído o ensino fundamental e o desejo de retomar os estudos, trouxe a ele diversas oportunidades. Luzidete contou ainda que ele era uma pessoa que trazia fortes perspectivas para o futuro.

Em 2017 recebendo certificado de um dos cursos profissionalizantes que participou. (Foto: Colaboração)

No período de 6 meses em que ficou acolhido no abrigo de população em situação de rua da ADRA, em parceria com a Secretária de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (SEMPRE), conseguiu realizar cursos profissionalizantes, a exemplo do curso de administrador de condomínios. Refez toda documentação para ingressar no mercado de trabalho, foi contemplado com auxílio moradia, e por conseguinte foi desligado da unidade de acolhimento e encaminhado para o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) no bairro da Federação na capital baiana.

“Para nossa felicidade e alegria ele aceitou ser trabalhado pelo CRAS e através das orientações e sensibilização, ele retomou de fato a conclusão do ensino médio, e com os incentivos se preparou para o vestibular da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e para nossa surpresa e alegria ele foi aprovado no curso de licenciatura em História”, disse a coordenadora.

A psicóloga que o acompanhou no período que esteve no abrigo, o homenageou pela aprovação, em sua rede social. (Foto: Internet)

Além de conquistar sua independência financeira, o ex-acolhido foi acompanhado por profissionais que o ajudaram a superar os traumas vividos em sua infância e adolescência. Hoje Doriel constituiu sua própria família, e agora será estudante universitário na mais importante universidade pública da Bahia.

Quando perguntado sobre o que a ADRA significa para ele, respondeu:

“A gente entende que esse cuidado que os profissionais que trabalham na ADRA têm conosco, nos incentiva e faz a gente acordar para realidade. As oportunidades que eles oferecem, nos dão uma condição melhor e nos despertam para sonhos maiores. Foi uma parte muito edificante na minha vida, da qual me incentivou mais a lutar e não parar de estudar. Saber que estava no caminho certo me fez dar passos enormes. Agradeço a Deus por esse acolhimento, que me deu esse pensamento positivo de correr atrás dos meus sonhos e oportunidades”