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Voluntárias confeccionam máscaras para proteção contra coronavírus em Campo Mourão

Incentivo do Ministério da Mulher auxilia necessitados do material diante de obrigatoriedade do uso do material em locais públicos.


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Nos últimos dias, com a intensificação do contágio gerado pelo novo coronavírus, as administrações públicas de várias cidades e estados passaram a tratar como obrigatório o uso de máscaras em caso de ser realmente necessário sair de casa. A grande demanda de pessoas que precisa do material fez com que uma série de pessoas passasse a confeccionar unidades por conta própria, na maioria dos casos, aproveitando para gerar renda em razão do próprio sustento. No entanto, há indivíduos que tem se mobilizado para produzir as máscaras como forma de solidariedade, como é o caso da Eni e da Fernanda.

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Funcionária pública em Cascavel, Eni Brizola está afastada do trabalho por ser parte do grupo de risco. Por este motivo, resolveu passar o período em Campo Mourão, na casa da filha, Fernanda.

“Pra quem está acostumada a estar em atividade todos os dias, é difícil ficar o tempo todo em casa”, conta. Foi então que, por meio de alguns incentivos criados pelo Ministério da Mulher, com ênfase em ajudar a comunidade, veio a ideia da confecção das máscaras e, ao mesmo tempo, evitar o ócio constante. “A nossa líder regional dessa área, Lucimar Damasceno, postou um incentivo em um grupo de WhatsApp que participo. Falei com uma irmã que mora em Rondonópolis e que é costureira. Ela me mandou um vídeo explicando como fazer e desde então estamos confeccionando”, lembra Eni.

Sua filha, Fernanda Mello, é professora da Escola Adventista. Em relação a costura, afirma não ter a habilidade da mãe e por isso também não possui uma máquina. Porém, nada disso a impediu de conseguir uma emprestada de uma pessoa que frequenta a igreja adventista da cidade e ajuda a mãe no desenvolvimento com tarefas menos complexas. “Compramos o tecido e minha mãe começou com a costura. São mais ou menos 55, 60 máscaras de algodão feitas por dia”, explica.

No último sábado (11), uma ação organizada pela igreja em Campo Mourão fez com que 150 destas máscaras produzidas fossem entregues aos hospitais da cidade, postos da polícia rodoviária e caminhoneiros. “Decidimos entregar inicialmente para estes grupos pois estes não podem parar e estão no contexto de maior vulnerabilidade”, explica Fernanda. A ação teve participação de alguns jovens e crianças da igreja, entre eles, integrantes dos clubes de Desbravadores e Aventureiros.

A ideia é prosseguir com a ação nas próximas semanas e agora com o reforço de mais duas voluntárias adventistas que também passaram a confeccionar as máscaras. Desta vez, o material deve acompanhar cestas básicas montadas a partir de arrecadações de fieis da igreja.

Vale lembrar que as máscaras tem sido entregues em uma espécie de kit, contendo também exemplares de livros missionários, o que justifica ainda mais a urgência em espalhar os materiais. “Estamos num contexto do mundo que não dá para perder oportunidades. Esses dias, ouvi o pastor Luís Gonçalves falando que ainda não é o fim, que o evangelho precisa ser pregado em todo mundo e acredito que podemos pregar de muitas maneiras”, enfatiza Fernanda.

Ao mesmo tempo em que apoia a mãe junto a costura, Fernanda precisou se reinventar como professora no período do isolamento social, já que as aulas presenciais estão suspensas, mas continuam no formato digital pelo programa E-class, criado pela rede de escolas adventistas. “Todos os dias, podemos entrar nas casas das famílias falando de Deus, orando com eles... Isso não seria possível se não estivéssemos nesse período de quarentena. A proporção é muito maior do que falar apenas aos alunos. Além disto, é impressionante que todo o contexto e período de Páscoa está contribuindo para essas ações. As pessoas estão mais sensíveis e com o coração aberto p/ receber amor”, reforça a professora.