Outubro Rosa: “Perdi minha mãe, mas o câncer de mama não vai me matar”
Oito meses após a morte da mãe, Edileuza descobriu que também estava com câncer, mas sua fé fez toda a diferença
Imperatriz, MA... [ASN] Depois de haver sepultado a mãe, vítima de câncer de mama, a notícia de que também estava com a mesma doença veio como uma bomba para a microempresária Edileuza Chaves da Silva, de 54 anos. Ela havia cuidado da mãe até sua morte, mas jamais imaginava receber o mesmo diagnóstico oito meses depois.
Edileuza fazia seus exames regularmente, até que um dia, durante o autoexame ela notou algo diferente o que a levou a antecipar sua ida ao ginecologista: “comecei a sentir pontadas no seio esquerdo, era um pontinho, algo estranho”, relembra; foi aí que seu médico lhe recomendou a um oncologista, especialmente porque ela já havia passado dos 50 anos.
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Pouco tempo depois, os exames comprovaram a suspeita, era câncer de mama, porém Edileuza procurou manter a calma, mesmo diante das lágrimas enquanto lia aqueles exames que já conhecia bem. A reação dos três filhos e do esposo foi de tristeza e desespero, mas a microempresária relata que a fé em Deus a ajudou a se acalmar e também a tranquilizar os familiares e amigos: "Perdi minha mãe, mas o câncer de mama não vai me matar", propôs.
Sempre ativa em sua congregação, a microempresária, afirmou que a doença a aproximou ainda mais de Deus. Ela conta que no dia em que soube que iniciaria a quimioterapia, foi escolhida pela igreja para ser líder do Ministério da Mulher para o ano seguinte: “Fiquei pensando: eles não sabem ou é Deus que não quer que eu pare de trabalhar para Ele”, pensou. Edileuza contou com o apoio da igreja local, que intercedia por ela semanalmente.
Ela entende ainda que as dezenas de mensagens de apoio e conforto que recebia foram fundamentais para que seu tratamento desse certo; também reforçou o regime de alimentação natural e saudável, como orienta a Bíblia, causando espanto nos médicos que se impressionavam com suas condições físicas durante as avaliações.
“As pessoas olhavam pra mim e se perguntavam por que eu estava de lenço, quando eu respondia que estava com câncer de mama e em tratamento, elas se assustavam. Eu era diferente porque estava com fé, não demostrava tristeza e me alimentava bem”, confidenciou.
Ainda segundo a microempresária, o que mais lhe marcou foi o dia da cirurgia da retirada da mama: “Ouvi minha médica chamando e acordei da cirurgia, ela disse que já havia acabado e estava tudo bem, depois ouvi relatos de que eu acordei sorrindo, serena e tranquila e aquilo havia impressionado muito a equipe médica”, afirmou.
Após a cirurgia, Edileuza teve a oportunidade de confortar muitas mulheres que também estavam em tratamento, e o que ela mais dizia a elas era: “Tenha fé, vai dar tudo certo”.
Já se passaram quase três ano desde que tudo aconteceu e Edileuza está curada. Tudo aquilo que os médicos lhes diziam para evitar comer como, por exemplo, carne vermelha, refrigerante, açúcar e embutidos, já não fazia parte de seu cardápio e nunca mais entrará, porque ela entende que esses alimentos são prejudiciais à saúde.
A microempresária continua fazendo exames periódicos e deixa um conselho relevante, especialmente às mulheres: “Faça o autoexame, não deixe sua saúde para depois, caso vocês esteja em tratamento, tenha fé, não desanime, confie em Deus que no final vai dar tudo certo”, finalizou. [Equipe ASN, Simone Joe]