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Aos 102 anos, mulher demonstra publicamente seu desejo de seguir a Cristo

Lorena Marafigo estudou a Bíblia e aceitou a mensagem adventista


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Por Daniel Gonçalves

Lorena ainda no tanque batismal

Em 1915, o mundo sofria com a Primeira Guerra Mundial. Albert Einstein estava em pleno desenvolvimento da teoria da relatividade. A escritora Ellen G. White faleceria no dia 16 de julho. A Igreja Adventista na América do Sul se estruturava com apenas 88 congregações e 4.903 membros. Era fundado também neste ano o Colégio Adventista Brasileiro, hoje Centro Universitário Adventista de São Paulo. E nascia no dia 8 de maio Lorena Furtado de Marafigo.

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Em seus 102 anos de vida, Lorena ainda não firmado um real compromisso com Deus. “Sempre fui de outra denominação religiosa, mas nunca busquei muito a Bíblia”, comenta, em poucas palavras. Nascida em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, logo criança seus pais decidiram voltar para São Joaquim, em Santa Catarina, depois de tentarem tocar a vida no centro-oeste brasileiro. Passou toda a sua vida na serra catarinense e não constituiu família.

Por isso, há sete anos Celi Aparecida da Silva, uma adventista do sétimo dia, a tem auxiliado em seus cuidados como ajudadora. Mas, Celi desejava não apenas auxiliar a parte física da senhora, mas também a espiritual. “Aos poucos, a gente também foi falando sobre as doutrinas da Igreja. A dona Lorena também tem TV Novo Tempo em sua casa, e isso a fez aprender o evangelho de maneira ampla”, explica Celi.

Um novo passo

Lorena foi aprendendo cada dia mais. Diante disso, o pastor Jair Machado perguntou se ela não desejaria ser batizada. A sua resposta foi: “Mas com minha idade eu posso me batizar ainda?”, questionou a senhora. O pastor não teve dúvidas em responder sim. “Tive o cuidado de perceber sua lucidez e a firme decisão em aceitar a mensagem, apesar da idade avançada. Foi uma decisão individual”, esclarece Machado.

Entretanto, logo depois a saúde de Lorena se agravou. Ela foi hospitalizada e o pastor foi fazer a unção. “Colocamos a vida dela nas mãos de Deus. Seja para o descanso ou para o restabelecimento da saúde”, lembra.

Ela se recuperou e pôde, no dia 21 de março, ser batizada. “As dificuldades de saúde não foram problema para dizer publicamente sim para Jesus”, acrescenta a senhora.

Seu batismo ocorreu no período da tarde, devido ao clima. “Tivemos o cuidado de realizar o batismo em um dia quente no período da tarde para não termos nenhuma complicação. É uma senhora de 102 anos, e como moramos na serra, precisávamos aproveitar a oportunidade do calor da última quarta”, comenta Jair. O recado final de Lorena é um chamado: “Não [é] preciso chegar aos 102 anos para aceitar essa mensagem”, conclui a centenária.