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Missionária cria projeto para abraçar comunidade vulnerável em Camaquã

Desde 2019, o projeto Promovidas é realizado de segunda a sábado, oferecendo ações diferentes em cada dia.


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Mara (segunda pessoa da esquerda para direita) fundou o projeto Promovidas com o intuito de mudar a vida de todos ao seu alcance.

A mais de 100 quilômetros da capital gaúcha, o município de Camaquã é o mais antigo do Rio Grande do Sul; é também o local onde se encontra um dos maiores números de famílias vulneráveis na região, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mara Regina Dias viajou do Mato Grosso à pequena cidade localizada no Rio Grande do Sul com um desejo e propósito de mudar a vida das comunidades vulneráveis, não importava onde estava. Foi assim que nasceu o projeto Promovidas em 2019.

O Promovidas funciona todos os dias da semana, com cada dia dedicado a uma ação específica. Nas segundas-feiras, o assunto é economia, e a equipe ensina aos participantes a multiplicar produtos de limpeza e a respeito de economia doméstica. Terça-feira é dia de artesanatos e costuras. Na quarta, a equipe prepara comida e distribui janta para as famílias. As quintas-feiras são separadas para curso de beleza durante o dia, e à noite, visitas e trabalhos evangelísticos com as famílias vulneráveis. A agenda de sexta é dedicada aos moradores de rua, e a equipe faz marmitas para o almoço. Aos sábados, a equipe de Mara fecha a semana com visitas ao asilo e albergue da cidade. Um brechó solidário também faz parte do projeto e, este ano, também haverá tratamentos naturais e cursos para renda extra.

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A igreja adventista do local ajuda com doações e mão de obra no projeto durante a semana.

A equipe do Promovidas é formada por voluntários da comunidade e da igreja adventista local. Ao total, são dez pessoas fixas que realizam o trabalho todos os dias, no entanto, há outros voluntários que também somam aos esforços da equipe em alguns dias da semana quando podem. Todo o projeto conta com doações da igreja e do público. Para Mara, o maior doador é quem ela chama de “milionário”, “Aquele que é dono da prata e do ouro”, Deus. “Deus apoia todas as minhas ideias”, fala Mara.

Mara faz parte da Igreja Adventista desde os 14 anos de idade. A mensagem adventista chegou a ela através de sua tia e avó. A partir deste momento, Mara decidiu que seria missionária. Ela começou por seu irmão, sua mãe e seus amigos. No entanto, realmente se encontrou quando começou a ajudar dependentes químicos, pessoas carentes e presos. 

O brechó solidário também faz parte do projeto e este funciona todos os dias na sede.

“Vi que esta era minha missão; o que realmente fazia minha vida ter sentido. Desde então, isso tem sido meu estilo de vida. Para mim é tudo muito natural a forma como as coisas vão acontecendo e eu vou abraçando”, diz Mara.

Falar de si mesma e dos projetos que tem feito, não é natural para a missionária. Sua alegria vem ao falar de tudo que Deus faz e fez por todos ela. Ao retribuir o amor que Deus deu a ela, Mara convive com as comunidades carentes diariamente e se propôs a ir além do projeto criado. Ela se faz presente e disponível às famílias com suas visitas e doações também. Mara já ajudou a construir casas, mobiliar imóveis, pagar passagens, remédios, realizar faxinas e fornecer transporte.

“Eu sempre quero fazer mais, pois sempre acho que faço muito pouco diante do que Jesus fez por mim”, conclui.