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Mário Jorge Lima realiza seminário no Rio

A última composição de Mário Jorge Lima foi tema do último CD do grupo Novo Tom.


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Muitos amigos visitaram a IASD de Campo Grande para ouvir Lima.

Muitos amigos visitaram a IASD de Campo Grande para ouvir Lima.

Rio de Janeiro, RJ [ASN] Durante os dias 2 a 4 de outubro Mário Jorge Lima, orador, compositor e músico realizou o seminário com o tema ‘Maravilhosa Graça’, na Igreja Adventista do Sétimo Dia Central de Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro.

Mário Jorge Lima já compôs diversas músicas e letras em parceria com músicos adventistas. Sua última composição 'Justificado' é o tema do último CD do grupo Novo Tom. Uma parceria feita com o músico Lineu Soares, diretor do grupo.

Mário Jorge Lima começou seu tema de sábado com a ajuda das crianças.

Mário Jorge Lima começou seu tema de sábado com a ajuda das crianças.

Atualmente Lima se dedica à realização de seminários a respeito da graça de Jesus em igrejas no Brasil  e no exterior. Durante o último final de semana, esteve na Igreja Adventista de Campo Grande e, no sábado pela manhã, contou com a ajuda das crianças. Segundo ele o assunto precisa ser abordado em quatro sermões que duram o final de semana. Uma rotina que está fazendo parte de sua vida há alguns anos.

ASN: Qual a sua relação com a música?

Mário Jorge Lima: Eu sou um daqueles músicos da igreja que se considera abençoado por Deus por que na realidade eu nunca estudei música formalmente, nem piano, composição, ou regência e, no entanto, pela necessidade da igreja e com a bênção e graça de Deus, eu aprendi a tocar piano, fazer músicas, reger corais, quartetos e conjuntos a minha vida toda. Então a minha atuação sempre foi na área da música compondo e liderando grupos musicais.

Na parte da composição também foi algo extraordinário, eu comecei primeiro traduzindo músicas, por necessidades dos corais e grupos que eu dirigia. Eu pegava músicas americanas e traduzia. E por traduzir músicas um dia a Voz da Profecia (antigo programa de rádio composto por um orador e o quarteto Arautos do Rei) através do pianista Alexandre Reichert Filho, que se tornou meu amigo e me pediu para traduzir músicas para o quarteto. Então eu traduzi muitas músicase também fiz a composição de outras, entre elas ‘Paz’, muito conhecida na década de 80. Em função disso eu comecei a fazer letras próprias.

ASN: Você já foi membro da Igreja Adventista de Campo Grande?

Mário Jorge Lima: Na verdade não, mas minha ligação com a IASD de Campo Grande é muito afetiva. Minha mãe Mariazinha Lima foi obreira bíblica credenciada por 30 anos pela Associação Rio de Janeiro (ARJ), com sede na Rua do Matoso, e destes 30 anos pelo menos 20 ela passou nesta igreja. Fui batizado na IASD de Madureira aos 15 anos e depois de algum tempo passei a frequentar a Igreja Central do Rio, na Praça da Bandeira. Nos dois últimos anos em que morei no Rio, frequentei a IASD de Botafogo. Mas conheço muito bem a IASD de Campo Grande pois sempre visitava minha mãe nos fins de semana. Nesta época ela morava em Campo Grande. Por isso fiz muitos amigos aqui.

ASN: Você se considera um músico?

Mário Jorge Lima: A minha vocação é muito mais literária do que musical, eu sou uma pessoa muito ligada à poesia. Só que pelo fato de eu tocar piano as pessoas me chamam de pianista, maestro, mas a minha vocação é literária. Então muitas vezes eu fazia poemas que eu mesmo musicava ou dava para alguns amigos mais bem dotados musicalmente. Por isso eu tive o privilégio de fazer música com alguns dos maiores nomes da música cristã adventista do Brasil, como o Alexandre Reichert Filho, Williams Costa Júnior, Jader Santos, Flávio Santos, Lineu Soares, Silmar Correia, Cleyton Nunes, Rizi Matheus e com muita gente boa. Inclusive o último trabalho de porte que eu fiz foi a Cantata “Heróis da Fé”. Esta cantata foi fruto de um trabalho literário grande a respeito da doutrina da salvação que é um tema que me atrai e inclui os temas sobre a graça de Deus, o perdão de Deus, a culpa, a questão da obediência versus graça. Eu escrevi dezenove poemas e textos que interligavam esse poema.

Ficou como uma ópera e eu mostrei ao Lineu Soares, que é o diretor do grupo Novo Tom. Ele gostou muito e musicou toda a peça dando origem a essa ópera sacra chamada “Heróis da Fé”, que é uma visão sobre diversos aspectos da salvação a partir dos escritos bíblicos do apóstolo Paulo.

A última música que compus, também em parceria com Lineu Soares, foi ‘Justificado’, que é o tema do último CD do Novo Tom. No último CD temático do quarteto Arautos do Rei chamado ‘Tempo de Deus’ tenho duas músicas: ‘A Lei de Deus’ e ‘Sua Volta’. Foi um privilégio ter estes parceiros maravilhosos.

ASN: Você chegou a compor músicas completas: letra e melodia?

Mário Jorge Lima: Sim, na verdade compus para o grupo Prisma Brasil há uns 15 ou 20 anos atrás todas as músicas de um ‘LP’ completo. Talvez muitos nem conheçam mais este material, o ‘LP’. Regina Mota também gravou composições que eram letra e música minhas.

ASN: Como você começou a se identificar com a pregação da palavra?

Mário Jorge Lima: Em 1993 eu me mudei do Rio de Janeiro para São Paulo por necessidade de trabalho. Lá eu montei um grupo musical na Igreja Adventista de Moema e fiz um musical sobre a volta de Jesus com o Alexandre Reichert Filho e nós começamos a cantar. Depois deste trabalho eu dei uma parada com as atividades musicais.

Por volta de 2008 dois pastores da Associação Paulistana me convidaram para participar de uma série evangelística onde eu cuidaria da música. Já havia uma banda formada e eu deveria orientar os músicos e dirigir os momentos de louvor.

Durante estes momentos eu desfiava alguns detalhes sobre a graça de Deus e a falava das coisas que creio e estudei sobre a doutrina da graça, salvação e justificação pela fé. Ao final da programação alguns vinham tirar dúvidas e falar a respeito do assunto dito durante os louvores. Eles diziam: “Mário, no momento de louvor você falou algo sobre justificação pela fé, me explica isso melhor” e isso começou a crescer. Alguns procuravam também o pastor Benedito Muniz, orador do evangelismo, e ele falava comigo: “Mário, você tem que pregar!”. Mas eu dizia que ele era o pregador e eu cuidaria apenas do louvor. (risos)

Mas o pastor Benedito insistia dizendo que eu tinha que pregar, até que um dia ele me colocou numa saia justa. Estava marcado para ele pregar sábado na Igreja Central de São Caetano do Sul, SP, e na quinta-feira, antes da pregação, ele me ligou dizendo que precisaria viajar e eu teria que substituí-lo no sábado. Já estava tudo acertado com o pastor de São Caetano e eu tomei um susto. “Mas Muniz, eu nunca preguei! Como você faz uma coisa dessa comigo? Eu não tenho nenhum sermão pronto!” E ele me disse para alinhar algumas das coisas que eu falava nos momentos de louvor e eu teria certamente um sermão.

Então eu orei a Deus, falei com a minha esposa e resolvi aceitar o desafio. Montei o sermão, fui até lá e preguei. Depois disso eu não parei mais. As pessoas começaram a me chamar aqui, ali. Como esta doutrina da graça é empolgante, eu não parei mais. Por dois anos fizemos programas evangelísticos juntos, eu e o Muniz, em 13 igrejas diferentes em São Paulo. Eu continuava cuidando dos momentos de louvor e de vez em quando ele me dava espaço para pregar.

ASN: A partir de quando você sentiu o chamado para apenas pregar?

Mário Jorge Lima: Em 2010 eu montei a série com o título ‘Maravilhosa Graça’ que é uma apresentação da doutrina da graça, salvação e justificação pela fé; com temas numa linguagem didática de uma forma que as pessoas possam entender. E fiz uma série para final de semana, pois num sermão apenas não dá pra falar sobre esses assuntos. Dividido em quatro partes, começando na sexta à noite, sábado pela manhã e tarde e finalizando no domingo.

Um amigo meu de Maceió quando soube que eu tinha isso pronto pediu para que eu fosse até lá realizar o fim de semana com Deus para falar sobre a ‘Maravilhosa Graça’. E depois deste convite foram surgindo vários outros e a cada final de semana eu estava pregando este tema vez após outra nas igrejas. Depois montei outra série sobre a ‘Graça’, também uma sobre ‘Música e Adoração’ que é um tema que me pedem muito por causa dos debates polêmicos em torno da música, e a última série com o tema ‘Volta de Jesus’, algo que infelizmente não se prega muito em nossas igrejas, embora sejamos adventistas.

Mário Jorge Lima já realizou estes seminários em mais de oitenta Igrejas tanto no Brasil como no exterior. Segundo ele, esta experiência tem sido uma bênção principalmente para sua vida. [Equipe ASN, Fabiana Lopes e Márcia Cavalcante, fotos de Márcia Cavalcante]