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Desbravadores ciclistas atravessam metade da Bolívia e do Brasil

Dupla viajou mais de dois mil quilômetros em 16 dias para chegar ao V Campori Sul-Americano.


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Ciclistas a poucos metros de chegar à meta (Foto: Gustavo Leighton)

As rodas giravam e giravam e os pés não deixavam de pedalar. Cada metro, cada quilômetro e cada cidade percorrida os aproximava da vitória e da conquista de um sonho que nasceu há cinco anos.

A melhor aventura havia começado. Wilmar Villana e o pastor Amando Pardo fizeram de suas bicicletas suas aliadas para atravessar 2.273 quilômetros, de Cochabamba, Bolívia, para chegar ao Parque do Peão, em Barretos, no Brasil.

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“No último Campori, surgiu o sonho em mim de chegar ao V Campori Sul-Americano, mas de bicicleta. Quando contei para minha família sobre meu plano, eles disseram que eu havia enlouquecido e, se pudesse, eu precisava de outro louco. Então, eu encontrei esse louco”, comenta entre risos o pastor Amando Pardo.

“Minha família me apoiou, mas minha mãe ficou preocupada. Não foi tão fácil aceitar o convite do pastor e viajar de bicicleta da Bolívia, mas separei meu tempo, meu dinheiro e minha bicicleta para viajar ao Brasil”, destaca Wilmar Villana, ciclista acompanhante do pastor Pardo.

Estratégia

Após nove meses de planejamento, eles procuraram aliados para começar a jornada: um carro para acompanhá-los e dois motoristas (para Bolívia e Brasil) e $1.500 dólares americanos cada um para as despesas da viagem.

Com tudo isso, os 16 dias de percurso começaram. Eles pedalaram com sol e com frio, em pistas asfaltadas e na areia, ao entardecer e amanhecer, dormindo em hotéis ou em igrejas. “O plano era pedalar 150 quilômetros todos os dias, descansar aos sábados na igreja e separar um dia depois de mil quilômetros para fazer uma manutenção nas bicicletas”, afirma.

Wilmar Villana e o pastor Amando Pardo pisam no chão do V Campori Sul-Americano de Desbravadores (Foto: Gustavo Leighton)

Eles se conheceram há 35 anos no primeiro Campori Sul-Americano de Desbravadores, evento que reuniu apenas 5.200 participantes. Hoje, em 2019, o Campori com com cerca de 100 mil. “Naquela época eu vim com responsabilidades no clube. Porém, agora eu venho para desfrutar de outra perspectiva”, complementa o pastor Pardo, que é aposentado da Igreja Adventista.

Enquanto isso, Villana mostra seu entusiasmo de se encontrar com seu clube de Desbravadores. “Eu os vi passando no ônibus enquanto eu estava andando de bicicleta. Agora eu quero vê-los e aproveitar este Campori juntos”, destaca.

Os dois ciclistas fizeram sua entrada de vitória no Parque do Peão, em Barretos, no dia 15 de janeiro, às 17h, carregando a bandeira da Bolívia. “Foi um desafio muito difícil, mas valeu a pena e acho que o preço já está pago”, reflete o pastor Amando Pardo com um sorriso de satisfação.

Veja mais sobre a chegada (em espanhol):