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Refeições em família ajudam a reforçar laços, sublinha especialista

Refeições em família ajudam a reforçar laços, sublinha especialista

Prática também contribui com o desenvolvimento educacional, social e espiritual dos filhos.


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Em sua palestra, Patrícia abordou diversas passagens do Antigo e Novo Testamento explicando a importância que as refeições têm na Bíblia (Foto: Paulo Araújo)

De acordo com um estudo realizado pela instituição inglesa Literacy Trust, fazer refeições à mesa e provocar o diálogo durante esses momentos são dois elementos que contribuem para o preparo de filhos mais confiantes. Para chegar a esse resultado, a investigação contou com a participação de 34 mil crianças e adolescentes. Os benefícios dessa prática vão desde pessoas mais aptas a conversar e argumentar na escola até o desenvolvimento do sentimento de segurança para falar em público ou fazer apresentações na classe.

Patrícia Oliveira Santos, decoradora e palestrante, sabe muito bem disso. Após ler o livro A Experiência da Mesa, da norte-americana Devi Titus, ela mudou radicalmente a rotina das refeições de sua família, que passou a ocorrer de forma mais “calma”, com uma mesa previamente preparada com os melhores artigos da casa e convidando Jesus a participar do momento.

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Hoje, com uma ampla experiência na bagagem, ela fala sobre o tema em diversas regiões do País. “Vejo esse ministério como um presente de Deus”, explica. “Fico feliz ao ver que algo que começou em minha casa tem impactado de forma positiva pessoas de famílias e culturas tão diferentes da minha. Creio que as famílias são a estrutura da sociedade, e uma família forte se forma à mesa. Na mesa você se alimenta não apenas fisicamente, mas emocionalmente e espiritualmente. Ali você cria vínculos, recupera laços e abençoa. É um local de encontro com Cristo, o pão da vida. Isso é muito importante.”

Mulheres abençoando mulheres

E quem ouviu sobre o tema na manhã desta segunda-feira, 8, foi o grupo de cerca de 100 mulheres que compareceu ao anfiteatro da Escola Adventista de Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Este público composto por funcionárias, esposas de presbíteros e pastores de outras denominações religiosas ficou surpreso ao conhecer sobre o assunto.

Participantes receberam convites através de convites de esposas de pastores adventistas, filhos que estudam na escola, entre outros. (Foto: Paulo Araújo)

“Este programa fez toda a diferença pra mim, me despertou, pois em meio às nossas rotinas corridas, esquecemos da importância de passar tempo com a nossa família”, conta Rozelinda Cunha de Oliveira Silva, esposa do pastor da Igreja Metodista Wesleyana, em Engenho Velho, Itaboraí. “Algo que me chamou a atenção é que a mesa nos proporciona o “olho no olho”. Isso a gente não encontra nas mensagens de WhatsApp ou de outras formas, e às vezes demoramos para perceber”, salienta.

Sua cunhada, a advogada Simone Souza, também gostou do que ouviu e já decidiu que vai começar a colocar em prática. “Tudo isso nos traz a conscientização da importância de trazer Cristo para o centro da família. Por que não colocar Jesus à mesa? Muitas vezes, esquecemos de chamá-lo a se alimentar conosco, sendo que Ele é o próprio pão da vida. Muitas vezes, preparei o jantar para minha filha e subi para o escritório. Agora sei o quanto esses 10 ou 15 minutos fazem a diferença. Pretendo começar a comer com ela e chamar Jesus a estar à mesa conosco”, relata.

Segundo Raquel Souza, líder do Ministério da Mulher na Região Fluminense do Rio de Janeiro e organizadora do evento, em parceria com a Educação Adventista, o objetivo final é estreitar laços e abençoar lares. “Todas queremos abençoar famílias e apresentar Jesus como o convidado de honra em nossa casa. Estas mulheres são líderes, possuem um ministério e podem passar este tema adiante. É preciso ter este contato e este vínculo de amizade que se cria à mesa. Não importa a denominação, nós temos o objetivo de salvar nossa família e as famílias da sociedade ao nosso redor”, sintetiza.

Elas ainda puderam sentar-se à mesa e compartilhar experiências umas com as outras, reforçando a tese de que essa é uma oportunidade para colocar o amor em prática, construir e reparar laços.

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