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Jovem viaja 2,7 mil km para viver experiência missionária

Viviane Silva saiu da Paraíba para participar do projeto na cidade de São Paulo


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Por Michelle Martins

Voluntária do Um Ano em Missão, Viviane Silva deixou carreira e a família para se dedicar ao projeto

Enfrentar a vida, ser independente e lidar com a saudade. Viviane Silva, de 26 anos, sabe como é o desafio de deixar a casa dos pais, já que fez isso pela segunda vez para se dedicar ao trabalho missionário. Por meio das redes sociais, um colega a convidou para participar do projeto Um Ano em Missão na Grande São Paulo, a 2.700 quilômetros de distância da Paraíba, sua terra natal.

A primeira em que Viviane saiu de casa foi para estudar. “Eu passei seis anos fora, e quando me formei, voltei para a casa. Para os meus pais foi a melhor coisa", pontua.

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Em 2017, a jovem concluiu o curso de Odontologia e logo entrou no mercado de trabalho. Porém, o convite colocou “Vivi” - como é chamada pelos amigos – novamente na condição de ter que escolher entre ficar e sair da casa dos pais.

“Estava voltando para casa, e aí falar para eles que eu ia sair para um lugar mais longe, que eu não iria vê-los durante um ano, tive que conversar com eles. Orei muito a Deus, conversei com várias pessoas e decidi vir”, conta.

A saída da Viviane teve uma razão: ela faz parte do primeiro grupo, composto por 11 jovens, a se dedicar ao voluntariado, serviço social e plantio de templos adventistas nas regiões Norte e Leste da cidade de São Paulo.

De acordo com o diretor do Ministério Jovem na localidade, Fabrício Leão, o grupo vai atuar na Vila Ré, onde há um projeto para a formação de um novo templo. Eles contarão com o auxílio de 50 membros da igreja adventista do Jardim Coimbra.

Grupo de voluntários e diretor do Ministério Jovem da Igreja Adventista para as regiões Norte e Leste de São Paulo (SP)

Preparo

A equipe passou por um treinamento na sede administrativa da Igreja Adventista para o Leste da cidade de São Paulo. “Eles estão na parte de treinamento. Agora vão participar do levantamento do que é o bairro e descobrir sua necessidade. Vão criar os projetos, que serão feitos de acordo com as habilidades que eles têm, para suprir as necessidades da comunidade. Então, a princípio, a parte mais importante é não só se estabelecer no bairro que vai ter a igreja, mas saber o que ele precisa, que planos existem lá, para ser a resposta que o bairro necessita”, esclarece Leão.

O grupo conta com diferentes profissionais que trabalharão voluntariamente ao longo de um ano. “Quando aceitei vir, eu tinha, sim, o desejo de ajudar as pessoas com o que eu sei fazer, com a minha profissão. De poder ajudar as pessoas, de poder contribuir de alguma forma, já que Deus me ajudou durante esse tempo todo, me fez conseguir passar no vestibular, me manteve por seis anos fora, eu queria poder retribuir. Sempre sonhei em fazer trabalho voluntário. Estou aprendendo muito e estou crescendo espiritualmente, mas também espero levar muitas pessoas para Cristo”, conta Viviane.

Viviane e Renê após treinamento do Um Ano em Missão

Na mesma equipe está Renê Carvalho, de 22 anos, que mora na capital paulista. Ele trancou o curso de Técnico em Edificações para participar. O jovem conheceu a iniciativa por meio de outro projeto, a Missão Calebe, e decidiu ser voluntário para poder crescer espiritualmente.

“Na Missão Calebe, em 18 dias, eu já me senti muito mais perto de Deus, e sentir essa proximidade é uma coisa que nada paga. E se em 18 dias eu senti muito Deus na minha vida, imagine em um ano. O outro ponto é fazer a vontade de Deus, porque é a nossa missão, a missão que Cristo passou para nós. Nós devemos salvar e amar uns aos outros”, sublinha.

Segundo Leão, esse é o maior projeto da Igreja envolvendo jovens e que os inspira ao voluntariado. São mais de mil voluntários na América do Sul. “O foco é ser um projeto de inspiração, que os jovens sejam, com sua própria vida, a inspiração para os demais. Não se envolvendo apenas um ano em missão, mas ter uma vida em missão. Um jovem envolvido em um projeto como esse, participando de forma tão imersa, não conseguimos mensurar como ele vai ser daqui alguns anos, mas sabemos que é um líder com potencial para cuidar da igreja por décadas. Não vão contar a história de outros, mas vão falar da experiência deles”, reforça.