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Três pessoas voltam para Deus durante I Encontro de líderes no Ipae

Três batismos aconteceram durante o I Treinamento para líderes de 2023 na região Serrana.


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Keila estava depressiva, sem perspectiva de vida, mas encontrou novo sentido voltando para Deus. (Foto: Laudemar Silva)

O Encontro reuniu mais de 700 líderes da região Serrana do Rio de Janeiro, que abrange: Araras, Areal, Petrópolis, Ipae, Três Rios e Teresópolis. Antes da liderança ser dividida em salas, três batismos fecharam a primeira parte da programação.

“Secretaria não é só papel, é resgate!”, pronunciou o Secretário da Associação Rio de Janeiro, pastor Fernando Júnior, durante um dos três batismos que aconteceram na Igreja Adventista do Ipae. Histórias impactantes com relatos de sofrimento, superação e felicidade pelo Reencontro com Deus.

Da depressão à esperança

Keila Pereira de Souza (46) é mãe solo do Jordan Oliveira P. de Souza, que completará 10 anos no próximo dia 22 de fevereiro. Ela conheceu a Igreja Adventista ainda criança, quando o pai — Elias de Souza — que fumava e bebia, abandonou os vícios ao fazer o curso ‘Como deixar de Fumar’, sendo batizado em maio de 1985. Sua mãe, Maria Pereira de Souza, fez estudos bíblicos e juntou-se ao esposo no ano seguinte.

Keila foi batizada aos 12 anos em outra denominação, mas acabou se afastando. Mesmo assim, o sábado sempre foi um tema que chamou sua atenção. Entre idas e vindas, Keila foi batizada na Igreja Adventista duas vezes, mas muitas coisas aconteceram e ela acabou se afastando novamente de Deus.

Em 2011, uma enchente levou sua casa em Teresópolis. Seu companheiro, Claudecir Oliveira, foi atropelado em 2016, vindo a óbito imediatamente. A partir daí, ela cuidava do filho Jordan sozinha. Neste período, o pai levou um tombo e os médicos demoraram para descobrir um aneurisma cerebral, por isso, em pouco tempo faleceu. Alguns anos depois, sua mãe descobriu um câncer e viveu pouco menos de 30 dias.

Diante de tantas perdas e sofrimento, Keila ficou depressiva e ansiosa. Desempregada, em muitos momentos, entrava em desespero e afundava cada vez mais na depressão. Até que um dia, a amiga Vânia Leira comentou que estava estudando a Bíblia com a Rádio Novo Tempo de Teresópolis. Keila ficou animada e resolveu pedir um estudo também.

Keila com Jordan, seu filho. (Foto: arquivo pessoal)

Há seis meses, enquanto arrumava o filho para retornarem à igreja num sábado pela manhã, Keila perguntou ao Jordan por que gostaria de ir ao culto. Ele disse: “não aguento mais te ver sofrer tanto, mãe!”. Keila fica emocionada ao relembrar as palavras do filho, que já quer participar do Clube de Desbravadores e do coral infantil.

“Longe de Deus a vida realmente não tem sentido algum. Estou muito feliz, em paz, me sentindo segura e amparada agora! Minha igreja é minha casa, a Casa do meu Pai!”, afirma Keila.

Saudade de tocar e cantar

Quando criança, Luan Agassis Weinem (34) acompanhava a mãe, Jane Simone A. Weinem, para a Igreja Adventista de Mosela, em Petrópolis. Seu ministério favorito era a música, tocava teclado e participava de quartetos.

Porém, há três anos, sentiu sua fé enfraquecida. Durante um ano inteiro, não tocou ou cantou e após este tempo, sentiu falta de participar nos louvores, como sempre fazia. Em sua igreja (Mosela), amigos de um grupo de oração, os ‘Guerreiros de Oração’, insistiram com Deus pelo seu retorno.

Sua mãe também o aconselhava e sempre foi seu exemplo de fé em Deus. Aos poucos, amigos da Igreja Adventista de Nogueira insistiram para que ele voltasse a participar nos louvores. Luan voltou a frequentar a igreja, desta vez em Nogueira, e uma música de Paulo Cesar Baruk foi impactante neste momento.

“A música ‘Na casa’ parece que foi feita para mim, principalmente o trecho que diz: ‘é tão bom saber que há lugar aqui’ — fez total sentido na minha vida. Agradeço a Deus por todos que me ajudaram a voltar para a Casa do Pai: meus amigos de Nogueira, os Guerreiros de Oração de Mosela e minha amada mãe, meu exemplo de vida e cristianismo verdadeiro. Também agradeço ao pastor Wesley que me deu incentivo e apoio neste retorno. Deus realmente me ama demais!”, finaliza Luan.

O acolhimento da igreja

Isaías Ribeiro (54) conheceu a Igreja Adventista há 25 anos. Durante o namoro com sua atual esposa, Elisabete Moreira Ramos Ribeiro, ele a apresentou à igreja e ela também foi batizada. As filhas Isamara Ramos Ribeiro (23) e Lara Ramos Ribeiro (16) nasceram em lar cristão.

Isaías foi batizado pelo pastor Paulo Venâncio. (Foto: Ricardo Oliveira)

Ele trabalhou como comerciante por 16 anos e atualmente é motorista de caminhão. Sempre foi muito atuante na igreja, sendo um dos líderes na Igreja Adventista Central de Três Rios. Porém, no ano passado, as amizades de trabalho o influenciaram a se envolver com a bebida, que começou a tomar conta de sua vida.

Isaías começou há 7 meses um tratamento. A esposa, as filhas e todos os amigos da igreja o ajudaram neste processo. A seu pedido, ele deixou suas funções e no mês passado pediu ao pastor Paulo Venâncio seu rebatismo.

Na cerimônia, suas filhas cantaram a música “Eu me rendo” e a emoção tomou conta de todos os presentes. “Fiquei muito feliz por fazer parte de um momento tão especial louvando a Deus, e muito emocionada por ter o prazer de ver meu pai retornando aos caminhos do Senhor”, fala Isamara, a filha mais velha.

“A igreja de fato cuidou do Isaías, afinal, entendemos que somos uma família e precisamos cuidar uns dos outros. Isaías sempre foi um grande mobilizador na igreja através da sua liderança e estamos muito felizes por seu retorno para Deus”, reitera o pastor Paulo Venâncio, que cuida do distrito de Três Rios I.

“Eu nunca me afastei da igreja, ao contrário, senti o carinho dos irmãos comigo durante todo o processo. Sinto como Deus tem amor por mim através das pessoas ao meu redor e verdadeiramente, eu me rendo a Deus de todo o meu coração”, diz Isaías.